Petrobras não vende participação no pré e pós-sal “de jeito nenhum”

Jornal GGN – O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, deu entrevista ao jornal Valor Econômico e disse, entre outras coisas, que a estatal vai rever seu plano de negócios para este e os próximos anos e cortar investimentos, vender ativos, e até abrir o capital de negócios.

“A capacidade de execução dos nossos investimentos estará atrelada à capacidade de caixa da empresa. Isso para nós é regra básica. É isso o que vai nortear o plano de investimento”, disse. Mas garantiu que o corte não vai ser drástico “A Petrobras teve um plano massivo de investimento nos últimos anos, inclusive, já começou a capturar os resultados desses investimentos. Agora, ela não tem uma necessidade tão forte de investimento como a que vinha realizando”.

Bendine diz que de jeito nenhum será vendida a participação da Petrobras nos blocos de exploração do pré-sal e pós-sal. “A grande geração de valor para a Petrobras é o aumento de sua produção. Existe um plano tipo de ativo. O aumento da exploração é o core da empresa, é o que dá resultado. Vou entregar o ouro?”.

A entrevista é algo tranquilizadora. O presidente tem noção da dimensão do desafio, mas não parece disposto a ceder à pressão. À primeira vista, a nomeação de Dilma foi acertada.

Bendine diz que vai cortar investimentos

Por Cristiano Romero

Do Valor Econômico

Endividada e envolvida num dos maiores escândalos da história do país, a Petrobras vai rever seu plano de negócios para este e os próximos anos. Em entrevista antecipada ontem pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, o novo presidente da estatal, Aldemir Bendine, informou que a empresa vai cortar investimentos, vender ativos e possivelmente, assim que “o diálogo com investidores e o mercado for restabelecido”, abrir o capital de negócios onde a empresa hoje é a única acionista e voltar a fazer captações no exterior – uma nova capitalização, entretanto, está descartada.

Para o quinquênio 2014-2018, o plano era investir US$ 206,8 bilhões, com projeção para produzir 4,2 milhões de barris por dia em 2020 – hoje, produz 2,034 milhões de barris (média de 2014). Esses números vão mudar.

“A capacidade de execução dos nossos investimentos estará atrelada à capacidade de caixa da empresa. Isso para nós é regra básica. É isso o que vai nortear o plano de investimento”, revelou Bendine. “[O corte] não vai ser algo drástico porque a Petrobras teve um plano massivo de investimento nos últimos anos, inclusive, já começou a capturar os resultados desses investimentos. Agora, ela não tem uma necessidade tão forte de investimento como a que vinha realizando.”

No plano de desinvestimento, há o que pode ser feito e o que não se pretende fazer de forma alguma. Por exemplo: a venda de participação da estatal em blocos de exploração da camada pré-sal e mesmo da camada pós-sal está descartada.

“A grande geração de valor para a Petrobras é o aumento de sua produção. Existe um plano tipo de ativo. O aumento da exploração é o ‘core’ [coração] da empresa, é o que dá resultado”, esclareceu. “Vou entregar o ouro?”, indagou o executivo, que assumiu o cargo há menos de uma semana.

O foco na exploração de petróleo fez com que a Petrobras desistisse de investimentos em refinarias, como a Premium I, no Maranhão, e a Premium II, no Ceará, ambas parte de um projeto com conotação mais política do que empresarial. “Nesse tipo de ativo vamos desinvestir”, avisou Bendine, sem demonstrar preocupação com a repercussão política da decisão, antecipada em parte por sua antecessora no cargo, Graça Foster. “A presidente Dilma Rousseff me deu autonomia para agir.”

Bendine não vê riscos na redefinição das prioridades da maior empresa do país. “A Petrobras não vai parar; vai continuar firme, não vai dar marcha à ré; tem um papel fundamental no equilíbrio dessa cadeia, que é a mais importante do PIB brasileiro, mas ela vai ter que trabalhar dentro da realidade do caixa, daquilo que possa realizar.”

Em sua gestão, entre 2009 e 2015, no comando do Banco do Brasil (BB), uma sociedade anônima de capital aberto como a Petrobras, Bendine procurou fazer parcerias com o capital privado para gerar valor e, assim, melhorar a estrutura de capital do banco. Foi por causa dessa estratégia que surgiram duas gigantes no mercado brasileiro: a Cielo, uma parceria na área de cartões de crédito com o Bradesco, e a Brasil Seguridade, cujo o IPO (sigla inglês para oferta pública inicial) foi um dos maiores da história do país.

Nos dois casos, o BB continuou sendo o maior acionista, mas as empresas se tornaram privadas, com todas as vantagens que isso representa em relação à gestão de uma empresa estatal. Na Petrobras, há vários ativos onde seria possível estabelecer um modelo de parceria como os do BB. A BR Distribuidora seria um exemplo, mas Bendine preferiu não confirmar os rumores de que já existem planos para um possível IPO da empresa.

“Se a Petrobras conseguir restabelecer o diálogo com os investidores e com o mercado, há até a possibilidade de pegar determinados ativos e fazer uma abertura de capital. São alternativas”, informou.

A avaliação que se faz dentro da estatal é que há várias possibilidades em estudo. O problema é o ritmo das discussões. “Aqui tem muita coisa, mas está ainda em pedra bruta. Precisa ser lapidada”, comentou uma fonte bem informada. “Tem coisas sendo feitas, mas achamos que isso pode ser feito de forma mais rápida. Faltam aqui a malícia e as nuances do mercado financeiro.”

A Petrobras vive, desde o ano passado, uma espécie de inferno astral. Sua dívida bruta é uma das maiores do setor corporativo no mundo – R$ 331,7 bilhões (em setembro de 2014). O mercado já vinha de mau humor com seu desempenho desde a mega-capitalização de 2010, e a situação só piorou após as revelações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. A combinação de dívida elevada com os efeitos das investigações policiais fizeram o mercado levantar dúvidas sobre a capacidade da empresa de manter seu grau de investimento.

Bendine assegura que, apesar do excesso de alavancagem e da volatilidade do dólar, que impacta 70% da dívida, a empresa não tem problemas de caixa. Ele acredita, ainda, que as ações que vai implantar, com a nova diretoria, reduzirão a dívida até o fim do ano. “Isso só não ocorreria se eu e o Ivan [Monteiro, diretor financeiro e de relações com o mercado, outro egresso do Banco do Brasil] ficássemos aqui olhando, sem fazer nada”, brincou.

A revisão do plano de negócios é apenas uma das três “missões imediatas” de Bendine para enfrentar a situação neste momento. As outras são “dar ao mercado, no menor espaço de tempo possível e com segurança, os números corretos da companhia em 2014, auditados” e ” fazer profundas mudanças” nos padrões de governança da empresa.

A publicação do balanço auditado é crucial, na visão de Bendine, “para que a vida continue” a partir daí. O risco que a estatal corre neste momento é perder o prazo: se o balanço auditado não for publicado até junho, credores poderão exigir a antecipação do vencimento de dívidas da empresa.

Nessa linha, o anúncio, pela diretoria anterior da estatal, de que haveria R$ 88,6 bilhões em ativos superavaliados no balanço do terceiro trimestre de 2014 não ajuda. Há a crença, dentro da Petrobras e mesmo para Bendine, de que o número foi calculado com metodologia errada. O valor estaria bastante inflado. O problema é que, quando for corrigido pela nova diretoria, enfrentará questionamentos do mercado, que pode acusar Bendine de estar a serviço de uma operação política para minimizar os danos do escândalo de corrupção que atingiu a Petrobras.

“Houve uma confusão em relação a números divulgados porque simplesmente se pegou uma variação de fluxo de caixa sobre alguns ativos. E nas métricas que estavam sendo adotadas, a metodologia não era a mais adequada, inclusive, foi o que se confirmou para nós por outras fontes que consultamos”, ponderou. “Houve erros nos testes de imparidade [para avaliar se o valor de um ativo é inferior ao seu valor escriturado].”

Para Bendine, os R$ 88,6 bilhões são “um número um pouco aleatório”. “Não diz praticamente nada”, sustentou. A baixa de ativos que a nova diretoria fará no balanço, já levando em conta os desvios descobertos por investigações da Polícia Federal no âmbito operação Lava-Jato, será “realista”. “Sem dúvida, será um número bastante inferior a esses R$ 88,6 bilhões”, disse Bendine.

O novo presidente da Petrobras assegurou que é “absurdo” dizer que o processo de corrupção na Petrobras gerou todo esse prejuízo. “Vai ser difícil ter essa percepção de qual é o valor que um processo de má-conduta pode ter influenciado numa baixa de ativo. Pode ser que, talvez, nós nunca enxerguemos exatamente o que é.”

Segundo Bendine, o balanço auditado do terceiro trimestre de 2014 será publicado “bem antes de junho”, quando vence o prazo que dá direito aos credores de exigir a aceleração do vencimento de seus créditos junto à Petrobras. “O mercado vai entender o que vamos fazer”, aposta o executivo.

Bendine explicou que, no balanço, a Petrobras fará provisão dos prejuízos provocados pelo caso de corrupção envolvendo a estatal. Esclareceu que as investigações estão em curso e que ainda levará tempo para se saber exatamente o volume desviado e os danos causados à empresa. O que for feito agora, do ponto de vista de estimativa de perda, será para fazer frente a futuras penalidades.

“Com base na delação do primeiro diretor [Paulo Roberto Costa], de que havia comissão de 3% sobre todos os contratos feitos no período X, o que a empresa olhou? Quantos contratos foram feitos com as empresas arroladas: foram milhões de contratos. Vamos jogar 3% em cima disso e fazer um provisionamento”, explicou Bendine, acrescentando que isso levaria a uma provisão de cerca de R$ 4 bilhões (3% sobre contratos no total de R$ 128 bilhões). “Tem esse cálculo. Pode ser, inclusive, uma métrica para ser jogada no balanço. Isso não tem nada a ver com teste de imparidade.”

No BB, um banco estatal sujeito, como todos os outros, a ingerência política, Bendine ajudou a dar à instituição o grau máximo de governança existente na bolsa brasileira, o que lhe permitiu fazer parte do Novo Mercado. À frente da Petrobras, ele pretende mudar radicalmente a governança. Uma das ideias é descentralizar “alçadas de decisão”, aproveitar as sinergias existentes entre as diretorias e permitir que decisões colegiadas sejam tomadas a partir de agora.

“Vamos criar comitês que tenham capacidade de tomar decisões”, informou. “É possível, por exemplo, que algumas operações de crédito não precisem passar por inúmeras instâncias até chegar à diretoria”, acrescentou.

A área de engenharia da Petrobras não preocupa Bendine. Segundo ele, a estatal brasileira é a empresa mais premiada da Offshore Technology Conference (OTC). “O maior ativo da Petrobras é o seu quadro de colaboradores”, elogiou. “O que a Petrobras precisa neste momento é de gestão e de uma abordagem financeira.”

O novo presidente da estatal assegurou que as nomeações de sua gestão não atenderão a critérios políticos. “Só sei trabalhar com técnicos”, assegurou. “Foi assim no Banco do Brasil e será assim aqui.” Ele revelou também que as mudanças no conselho de administração da estatal devem ocorrer antes da reunião de abril.

Redação

38 Comentários

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  1. “A capacidade de execução dos

    “A capacidade de execução dos nossos investimentos estará atrelada à capacidade de caixa da empresa. Isso para nós é regra básica. É isso o que vai nortear o plano de investimento”,

     

    E muitos comentaristas aqui insistem em não ver problema algum nos 3 anos em que a empresa importou e vendeu derivados com prejuizo. Não percebem que afetou a capacidade de investimento da empresa. Não percebem que afetou a credibilidade da empresa e que agravou ainda mais a atual situação, que tem petroleo barato e lava jato.

     

    1. A pleno vapor

      Daniel,

      Com todas as suas observações, das quais sempre discordei, ainda assim a empresa é, no dia de hoje, a maior petroleira privada do mundo vom seus 2,3 milhões de barris diários, só ficando atrás das estatais, e mesmo algumas destas serão ultrapassadas quando, noves fora o resto, Franco e Libra estiverem a pleno vapor.

      A credibilidade da empresa só tem sido atacada, e como tem sido atacada, por lesapátrias alinhados ao mundo exterior, porque no mundo inteiro a imagem da Petrobras é outra.

      Recentemente teve o rating rebaixado pelas mesmas empresas que davam triplo AAA para as duas empresas imobiliárias dos USA. Somente aqui, e mesmo assim quando interessa, as tres agências de risco americanas são levadas a sério.

      Seria ótimo que alguma empresa avaliasse os prejuízos que o juiz poodle causará à Petrobras e ao país, será certamente um valor bem maior que o apurado na Lava Jato em relação às fraudes.

      Um abraço 

      1. Caro Alfredo, obrigado pelo

        Caro Alfredo, obrigado pelo retorno, alguns pontos a comentar.

        – A avaliação sobre uma petroleira- ou qualquer outra empresa – nunca se dá exclusivamente por sua produção. É preciso avaliar lucro, rentabilidade, margens, endividamento, custo da dívida, etc….Nesses quesitos todos a Petrobrás vem apresentando acentuada piora de 4, 5 anos para cá. Isso precisa ser revertido o quanto antes.

        – Tudo afeta a credibiildade, de forma que penso que voce tem razão apenas em parte. Esse prejuizo nos derivados que o Govenro impós a ela também afeta, de alguma forma, a credibilidade para pior.

        – As agencias de risco tem sim seus problemas mas ainda são o melhor parametro para  concessão de crédito, principalmente internacional. Apenas empresas que não necessitam de crédito poderiam então, com razão, dar uma banana às agencias de rating. Só que este não é o caso da Petrobras, muito ao contrário ela está com uma das maiores dívidas do mundo e a dívida está alta mesmo em relação ao seu próprio patrimonio e lucro liquido. E talvez o principal problema: essa dívida vem auemntando significativamente nos úlitmos anos. Ela atua no mercado internacional, nos EUA, na Bovespa, etc…ela está sim sujeita aos parametros destas agencias, ainda que elas também possam errar.

        – Com relação ao último paragrafo concordo plenamente. Por isso mesmo que o Governo deveria agir em várias frentes para tentar minorar este problema, que afeta não só a Petrobras, como também toda s sua cadeia de fornecedores e o País. Deveria agir na questão jurídica, com a AGU atuando junto ao CNJ e ao STF, na questão da comunicação, conversndo com a sociedade, se defendendo e explicando que a empresa tem que ser preservado e também atuando nos bastidores, visto que o Gvoerno tem indicações ao STF e ao MP. Como o Governo está quieto ele também passa a ser parte do problema.

        Um abraço.

        1. Dívida da Petrobrás…

          Sua dívida é da queda do valor das ações. No meu ver por causa de especuladores internacionais. Pode vir até o Presidente do planeta Órion que não faz as ações subirem.

          Quero ver a  avaliação do custo de produção e preço de venda do petróleo.

          Ainda acho que o governo deveria ter mantido o preço dos combustíveis.

           

          1. Nâo tem nada a ver uma coisa

            Nâo tem nada a ver uma coisa com a outra.

            A dívida é de recursos que ela pegou emprestado e tem que honrar.

            A quesda no valor das ações é outra coisa. E não é causada apenas por especulação. As ações cairam de valor porque a empresa piorou seus fundamentos nos últimos anos. Especulaçãoes podem aprofundar movimentos mas não criá-los.

        2. O balanço … ah o balanço! …

          “É preciso avaliar lucro, rentabilidade, margens, endividamento, custo da dívida, etc.”

          A Petrobrás sempre deu bons lucros;

          Falar de rentabilidade é vago, depende de qual estaremos falando, mas é uma empresa frequentemente premiada internacionalmente por sua produtividade e rentabilidade economico-operacional.

          Margens. Ela as pratica, salvo temporariamente nos combustíveis, já ajustados, de forma a (a) assegurar lucros; (b) atender aos seus acionistas, dos quais o controlador é a União; (c) atender aos seus objetivos estratégicos, que transcendem a simples geração de lucros, mas contribuir para o desenvolvimento da nação, que a fundou e controla.

          Endividamento. Não é um endividamento operacional (acumulação de prejuízos), mas de investimento, expansão da produção e do porte da empresa. Parece difícil a alguns compreender que uma empresa que precisa investir uns 300 bilhões nos próximos 4 anos não tenha endividamento. E que boa parte deste volume nem foi obtido com endividamento, mas com capitalização no mercado.

          Custo da dívida: “agencias de risco tem sim seus problemas mas ainda são o melhor parametro …”. 

          Não, colega, elas não são o “melhor”, apenas (ainda) o “mais influente e poderoso”. Isto transcende contabilidade e economia, vai para a política (interesses). Elas são capazes de aumentar o custo ou proteger empresas até a véspera de sua falências.

          A Bolsa de Valores é movida a muito mais do que balanços, apenas uma das muitas variáveis para determinar valor em ações. Economia, além da matemática que a mede, é a junção de necessidades, desejos e emoções (confiança, medo, pânico, regozijo, realização, ganância). Os mais espertos ficam apenas à espreita das oportunidades. 

          Eu diria que ba parte dos investidores analisa muito mais o comportamento do própio mercado (financeiro) do que o balanço das empresas. Poucos fazem isso e os que o fazem, apenas como um dos muitos elementos para suas decisões de investimento (geralmente maciços). Um deles é, por ex. Warren Buffet, cuja Hathaway Berkshire, sua empresa “emocional”, foi alvo de seus investimentos quase falida (balanço nota zero).

          Enfim, imaginar que o mercado financeiro, ainda mais com as sofisticadíssimas ferramentas que usam até derivadas matemáticas para analisar seu próprio comportamento, independentemente de balanços ou mesmo riscos reais (tratam-nos estatisticamente) dedica-se a debriçar-se em balanços é ater-se a textos acadêmicos.

          E com tudo isso, a Petrobrás (a menos de (a) novo cenário de preços) e (b) efeitos fabricados de crises artificiais, que sim podem afetá-la criminosamente) tem o perfil contábil-financeiro de uma empresa que faz o maior investimento contemporâneo em produção (numa área nova, que nenhuma concorrente no mundo faz).

          Precisa de ajustes? Claro!

          Qual a empresa que não precisa, dentro de um mercado e cenários cada vez mais mutantes?

          1. Nâo tem nada de vago.

            Nâo tem nada de vago. Rentabilidade é um número concreto, pode ser LL/PL , por exemplo. E vem caindo.

            As margens também vem caindo..

            O endividamente vem subindo, independente para o que seja o dinheiro ora. E o custo da dívida é sempre importante. Ora, se a dívida é alta, a margem é baixa, é óbvio que a tendencia futura seja sobrar menos dinheiro na empresa, qual a dificuldade em se entender isso ?

            É isso que voces não conseguem entender ou realmente não tem a mais vaga ideia de analise de empresas. Tem que comparar a empresa com ela própria para avaliar se a tendencia é de melhora ou piora.

            Se a empresa vem piorando em todos esses quesitos é óbvio que a expectativa sobre ela piora, é óbvio que as ações caem de preço. 

            Ao final voce misturou e confundiu tudo. A Berkishire Heatway era inicialmente uma empresa de móveis que o WB comprou, nada a ver com a empresa atual, que é de investimentos em outras empresas.

          2. “um numero concreto” … “pode ser” … por exemplo” …

            Vc está se perdendo nas palavras: Se “pode ser,” também pode “não ser”, ou pode “ser outra”. Portanto, “concretamente”, estamos discutindo possibilidades de uso do termo, conforme seu próprio “pode ser, por exemplo”.

            Vc mesmo citou uma das “rentabildades”, existem outras e nenhuma empresa é campeã em todas elas, até porque os cenários, as prioridades e abordagens mudam com o tempo (como deve ser). Uma hora investir, outra colher, outra recolher, etc. Uma hora prioriza cutos, outra volume, outra preço, outra qualidade, outra risco, outra solidez, etc.

            Eu imagino que vc trabalhe com alguma atividade de análise financeira de empresas ou investimentos. Talvez daí vc sobrevalorize (e eu não estou depreciando) esta VARIÁVEL de análise empresarial, que está LONGE de ser a única ou de SEMPRE ter (as vezes tem) o PESO que vc está dando ao “balanço” (o que não significa dizer não ter valor).

            Principalmente no mercado financeiro, onde há uma imensa variedade de “modas”, algumas incompreensíveis e até inexplicáveis pelos seus próprios aplicadores, como muitos derivativos. Leia “Den of Thieves”, um relato real da época em que empresas gigantes como IBM, Philip Morris e outras tantas eram colocadas de joelhos, junto com seus boards e executivos, por “meras” manobras de Bolsa (NY, LA, Tokio e Londres) e as famosas aquisições hostis e quetais.

            Faziam mas dinheiro em um dia do que muita empresa boa produz por ano!

            E a última coisa que este pessoal olhava de verdade … era o “balanço”.

          3. O problema é que voce não tem

            O problema é que voce não tem conhecimento do conceito. Isso fica claro, por isso o excesso de diversionismo, a mudança de assunto e abordagem a cada comentário e o excesso de verborragismo totalmente inútil.

            Rentabilidade é um conceito. Quanto o capital da empresa gera ?  Isso é rentabilidade. Quanto a empresa gera de lucro líquido em relação ao que ela investe ? Isso é rentabilidade.

            Em todos os casos ela vem piorando e a rentabilidade vem caindo, são dados objetivos.

            O assunto aqui não é bolsa de valores, mas é evidente que todo investidor sério olha, analise, estuda e dá muita atenção ao balanço das empresas. Existem também outras análises como o setor e o tipo de empresa. Por exemplo setor aéreo o pessoal não gosta, mesmo que a empresa seja aparentemente boa, como a Embraer ou a Tam, que ja foi um dia boa.

            Vamos aguardar os próximos números da Petro, torçamos para que o caixa melhore, o lucro melhore, a dívida fique bem e ela recupere sua capacidade de investimento.

          4. (Des)qualificar não é seu forte, o que é(ra?) um ponto positivo

            Brincadeira vc supor que rentabilidade é um “conceito” que uma pessoa que já discorreu sobre diversos itens de desempenho que vc mesmo colocou “não possa compreender”. É uma tosca petulância “verborrágica”, outra desqualificação que vc coloca sem contra-argumentação. Não é do seu habitual estilo, devo dizer.

            Como já disse, sua ilação inócua sobre “acompanhar mercado”, metaforicamente, seria como dizer que um veterinário equino não entende de cavalos porque não acompanha corridas no Jockey Club. Vc pode ser melhor…

            Para ser sintético, e não “diversionista e verborrágico”, já que queres concentrar a discussão em pontos selecionados por vc, o que disse é que rentabilidade se aplica a várias coisas, não a uma só, como o seu solitário (embora relevante) LL/PL, que é apenas um tipo de rentabilidade a ser avaliada numa empresa.

            É como se tornou comum (e maroto) falar de “mercado”, insinuando que é o todo e não apenas o “financeiro”.

            O ponto em discussão, que vc se nega a considerar (e que não é o “misterioso e sofisticado conceito” de rentabilidade) é que: empresas de controle público tem objetivos estratégicos diferentes (mais complexos e políticos, não apenas financeiros) dos de empresas puramente privadas.

            E decisões que causam prejuízos setoriais em uma empresa (mesmo privadas) podem ter justificativas estratégicas mais amplas. Portanto (a) não estou afirmando que “não dão prejuízos”, apenas que são decisões estratégicas conscientes e (b) investimentos podem ter várias fontes diferentes além de caixa, (raro): crédito, capitalização, venda de ativos, fusões, desativações, trocas de investimentos, etc. A propria geração futura de caixa para retorno pode estar atrelada ao resultado do próprio investimento, feito com ou sem caixa presente (corrente). Riscos x segurança (ou conforto). Questão decisória e não mandatória.

            No caso do novo presidente, ele tomou a decisão (dentre muitas possíveis) de investir de acordo com o caixa. Momento de reduzir o nível de risco. Mas eminentemente porque o cenário mundial (preço do petróleo) e já há efeitos da nefanda Lava-jato na capacidade de atendimento dos fornecedores aos múltiplos e gigantes projetos de investimentos.

            Enfim, o ponto é: vc quer avaliar uma questão poliico-estratégica como meramente técnica.

            De um pedaço do todo.

             

        3. Fundamentos

          Daniel,

          Não existe problema com os fundamentos da empresa, todos os que você citou estão alinhados com os das outras grandes petroleiras com ação em bolsa de valores. 

          O valor final de extração é mais baixo que a maioria das outras, em torno de U$ 40 para o pré-sal, na casa dos U$ 20 para o pós-sal, a dívida atual não oferece qualquer problema para uma empresa que fatura mais que U$ 100 milhões/dia.

          Quanto às agências de risco, não cabe discussão, funcionam de acordo com o interesse e sob ingerência de Wall St.

          Sobre o final, DRousseff tem se mantido “republicana”, logo, neste caso Lava Jato permanecerá. Cabe ao Judiciário e OAB avançar sobre a guantanamo da PF paranaense. Se tivesse ministro da Justiça, ele teria que se mexer. 

           

          1. Os fundamentos vem piorando

            Os fundamentos vem piorando com relação a ela mesmo, no passado. Em 5 anos, só vêm piorando. Uma hora isso tem que cessar. É por esse motivo principal que a cotação em bolsa vem caindo.

          2. Nenhuma surpresa

            Daniel,

            Se os fundamentos pioraram nos últimos 5 anos, nenhuma surpresa.

            Foi justamente quando começou a necessidade de $$$ para enfrentar o pré-sal. E dívida total que, aos U$ 50 de hoje, equivale a cerca de 3 anos de ganho bruto anual, vamos e venhamos, é situação prá lá de comum no caso de grandes multinacionais. 

            Com o barril na cotação de um ano atrás e também de alguns anos, seriam necessários uns 18 meses prá zerar, ou seja, o tal argumento da dívida monstruosa era uma verdadeira piada .

            Na bolsa o fenômeno é outro, o de sempre. Poucas lagartixas e muitos tubarões com ON e PN dentro do saco. Se a 19,00 já era barato, a 9,00 é de fazer gargalhar, e ainda tem os dividendos. Basta fazer conta de matemática elementar.

            Um abraço

          3. Mas o que o ganho bruto tem a

            Mas o que o ganho bruto tem a ver com o pagamento de dívidas ?

            Voce jamais pode usar o ganho bruto para se pagar uma dívida, Alfredo, isso não existe. E as despesas recorrentes, serão sanadas com o que ?

            É preciso olhar para o EBITDA, que é muito menos que o ganho bruto. OU então para o LL.

            Não tenho o valor do EBITDA aqui, mas se o LL for de 20 bi, ela precisará de 15 anos para pagar toda a dívida, sem contar os juros, então na verdade precisaria de mais tempo ainda.

            Mas voce tocou num ponto interessante, a empresa precisou de muita grana para tocar o pré-sal e ai vem o Governo Dilma e deixa ela perdendo uma enormidade com derivados, ai a principal barbeiragem do Governo. E que agora, deveria resolver.

          4. Barbeiragem

            Daniel,

            O parâmetro que utilizei é um dos que são normalmente aceitos.

            O $$ bruto anual nas atuais condições de mercado, U$50/barril, é de 100 bi de reais com tendência ao crescimento.

            Sobre a barbeiragem, desconheço, pois a gasolina custava em torno de 2,60 no início de 2011 e hoje, 4 anos depois, está a 3,70, mais de 42 % no período, não sei onde está a perda. 

          5. A Petrobrás ficou uns 3 anos

            A Petrobrás ficou uns 3 anos com prejuizo na importação de derivados, gasolina e diesel, ela comprava por um preço nos EUA e vendia aqui por um valor abaixo. Realmente agora isso se inverteu, mas ainda muito longo de sanar estes 3 anos de prejuizo nestes produtos.

            O valor nos postos não tem nada a ver. A Petrobras não é varejista de derivados de Petróleo, sem contar os vários impostos na cadeia produtiva. Esse último aumento que houve, na ordem de 10% nos postos, foi porque o Governo aumentou PIS e COFINS dos combustíveis, a Petrobrás não ganhou nada com isso.

            Realmente não entendo a estratégia diversionista nos comentários. Comparam parametros que nada tem a ver.

            O que tem a ver ganho bruto com pagamento de dívida ? E se a empresa tem gastos recorrentes muito altos, ela pode ter até prejuizo e nem conseguir pagar o serviço de uma dívida, independente de “ganhos brutos”.

    2. Mas que insistência na mesma tecla!

      Daniel, vou tentar mais uma vez ajudá-lo a descolar desta tecla monocórdica.

      1) Não falseie argumentos alheios contrários aos seus, Vc é um dos comentaristas mais ponderados por aqui. Não é verdade que as pessoas (eu mesmo) não vêem “problema algum” no subsídio parcial de um setor de negócios da empresa, o de combustíveis. É óbvio que se ganhou menos em vez de ganhar mais, isto é um “problema” (interno da empresa). Uma decisão estratégica (consciente) dentre muitas possíveis.

      2) É óbvio que qualquer um percebe que isto “afetou o caixa” da empresa. Mas não confunda caixa com “capacidade de investimento”, pois não necessariamnte este “caixa” seria usado em investimentos. Note que na Sabesp, Eletropaulo, Vivo e outras tantas privatarizadas, o “caixa” foi apenas alimentar os lucros (dividendos) dos acionistas e os investimentos ficaram a ver navios, no volume morto, nos apagões diários e explosões de bueiros, na área de sombra do celular, ou como queira vc descrever.

      3) O ponto que vc não quer olhar é que a empresa foi fundada como um recurso estratégico para o desenvolvimento do país e não como uma empresa feita para obter o maior lucro possível, como privadas quaisquer. Esta é a diferença maior entre uma empresa estatal, mista ou pura e uma privada. A União (o Estado) não tem como função “viver de negócios”, mas manter e melhorar a nação. A maximização não é de “lucros”, mas de contribuição à sociedade.

      4) Como algumas de suas empresas com propósito de desenvolver e ajudar o país dão também ótimos lucros, quem quiser se beneficiar como sócio pode entrar e tirar sua casquinha. Como todo sócio de qualquer empresa, entra colocando capital, para usufruir dos lucros. Consciente dos objetivos da empresa, que não é uma mera fermentadora de lucros ou corretora de valores de participações. Note que desde SEMPRE, a antiga Vale e a Petrobrás (dentre outras) foram “blue chips” na Bolsa, mesmo em tempos em que eram iniciantes. Porque eram seguras e sempre deram dividendos (não por ex. como uma Amazon com ações valorizando durante seguidos prejuízos anuais).

      5) Portanto, entendendo-a (a PB) como um dos recursos do arsenal da União (sua controladora e fundadora) para ajudar e desenvolver o país, a perda parcial dentro da empresa (que nunca impediu gordos lucros) é enormemente compensada pelos benefícios dados ao país no custo geral de quase todo o PIB. Imagine a União como uma “holding” e a Petrobrás como uma controlada, estamos falando de melhorar o resultado de quase 5 trilhões anuais (PIB da “holding”) em detrimento parcial de uma controlada de uns 250 bilhões anuais.

      6) Eu que não sou nem privatista nem estatista: DEPENDE, afirmo que o Estado não é um “empresário” buscando meramente lucros, mas desenvolvimento à sua sociedade (com lucros, melhor ainda!). Já o empresário privado sempre será mais “eficiente” na maximixação dos lucros, pois este é o seu principal objetivo e não porque seja necessariamente mais competente (vide Sabesp, etc.). Na maioria dos casos privados, a sociedade é pouco beneficiada (basicamente impostos, que as contabilidades e jurídicos tentam não pagar, vide Vale) ou mesmo negativamente beneficiada (Sabesp, Eletropaulo, Vivo, Oi, etc.).

      7) Portanto, vc está sendo simplista, privilegiando a visão de empresa (que nunca deixou de ser lucrativa), em detrimento da visão de país. Mais preocupado com 250 bi do que 5 tri. Olhando 80 mil contra 200 milhões.

      Repense sua visão e vc perceberá que “estar certo” … pode significar equivocado!

      1. Nâo necessariamente seria

        Nâo necessariamente seria usado, mas é óbvio que PODERIA SER usado ora, qual a dificuldade em entender isso ?

        Voce não acompanha o mercado, isso fica claro. A Petro nunca foi de pagar muitos proventos, não é do feitio dela faezer isso e nunca foi. JUstamente porque é uma empresa que sempre precisa investir muito. É óbvio que por tudo isso o caixa menor afeta a capacidade de investimento.

        Ora, uma conta de padaria para ti. Os lucros anuais são da ordem de 20 bi, nos ultimos 3 anos, 60 bi por ai. O prejuizo com a venda de derivados nos últimos 3 anos foi também dessa mesma ordem, em torno de 60 bi, alguns dizem que foi até mais. Ora, tenha paciencia, e vc vem me dizer que isso não afetou investimentos ? E esses 60 bi eram todo caixa, diferente do lucro liquido que nao é todo caixa.

        Ademais, voce não compreendeu o que o Bendine falou, que a capacidade de investimento depende da capacidade de se gerar caixa ?

        A empresa está cortando investimentos justamente porque, pelo menos um dos motivos, é que esse dinheiro a menos no caixa está fazendo falta agora, ora.

        1. Dizer para “entender” aquilo que eu mesmo falei, não vale…

          A dificuldade não é essa, mas vc entender que a Petrobrás não é uma empresa comum de mercado, mas uma empresa com compromisso estratégico para um país.

          Quando diz que não acompanho “mercado” (é bom que vc se habitue a colocar o “financeiro” como sufixo aí, pois mercado é muito mais do que este nicho de menos pessoas e enormes volumes de grana, parte produtiva, e parte destrutiva), vc está certíssimo, pois quanto menos a economia real depender disto, melhor para a sociedade humana. Muito antes de avaliar subidas e descidas de “mercado” (financeiro), há milhões de coisas mais relevantes para tal.

          Mas isto é outra discussão…

          De resto, sinto uma certa arrogância que não lhe é não peculiar, como “dificil entender isso”, “conta de padaria para ti”, “tenha paciência”, etc. O fato é que quando falta argumetação, começa a sobrar emoção…

          Nunca disse que “menos caixa não afeta capacidade de qualquer coisa (não só investimento, mas pagamento, lucro, giro, etc.). Vc é que insiste em atribuir isto a quem apenas discorda da ênfase que vc dá à uma simples decisão (dentre muitas alternativas) de subsidiar uma parte do negócio da empresa por razões estratégicas que lhe cabem. 

          Pior, atribui a esta decisão uma “crítica” situação da empresa que, na verdade não é uma coisa nem outra.

          (aliás espero que vc não esteja afirmando que seus prejuízos de 60 bi na operação combustível zerem o lucro e não os pudesse dobrar de 60 para 120, afinal conta de padaria é conta de padaria, né?).

          Vc está apelando para dscutir pontos específicos como rentabilidade que é m termo muito mais amplo do que apenas o seu emprego em LL/PL, que é meramente um de seus empregos, foi isso que deixei claro.

          Mas está se esquivando do ponto primordial que é sair das raizes da grama e subir para olhar a floresta: vou repetir: 

          80 mil pessoas em 250 bi (por aí) ano vs 200 milhões de pessoas em 5 trilhões (idem)?

          Ou vc vai ficar lamentando o resto da vida por ex. que queimaram um vagão para que a locomotiva pudesse manter a viagem até o próximo posto de lenha?

          Toda decisão pode ser avaliada de muitos ângulos, O melhor é o que traz a melhor resultante estratégica.

          Soma vetorial, raramente uma mera soma algébrica.

           

          1. É até comovente,. escreve um

            É até comovente,. escreve um tratado para defender o indefensável.

            E ainda coloca de forma demagógica.

            Ora, camarada, quem compra carro não é miserável e tem que ter recurso para pagar o combustivel. Nâo precisa de subsídio. Vai então dizer para quem está perdendo o emprego agora, por descontinuidade de investimentos da Petrobrás, que não interessa, que ele ficou 3 anos pagando gasolina mais barata, então uma coisa compensa a outra. Tenha paciencia né.

            A Petrobrás está cortando investimentos, vai afetar toda a cadeia produtiva no País, vai afetar empregos, isso sim é perda social, ja segurar preços de combustíveis não gera ganho social algum, apenas distorção no mercado e perdas para a empresa, que foi o que ocorreu.

            A empresa é de todos os brasileiros, ela sendo forte ajuda a todos, ela influi muito mais no PIB, na geração de empregos e de renda tendo capacidade de investimentos do que subsídiando preço de combustível.

            E outra: gastos recorrentes como pagamento de salário por exemplo, são gastos definidos e que NÂO PODEM ser cortados, ainda mais em empresa pública, então é evidente, que um caixa menor terão que haver cortes em investimenots e um caixa maior, há possibiidade de se investir muito mais. . O seu argumento só corrobora ainda mais a minha tese.

          2. Fico feliz por comovê-lo, mas a discussão é outra

            Assim como na sua visão limitada ao contexto de 250 bi e 80 mil pessoas ao invés de 5 tri e 200 milhões de pessoas, vc limita o combustível ao “camarada que pode comprar carro” (embora haja neste grupo o encanador da Brasilia 1970 enferrujada, mas isso também não é relevante na discussão).

            Esqueceu mais uma vez de ampliar o contexto, que não é o mero “encher o tanque” para o passeio de fim de semana, mas o custo nos produtos do frete rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial, aéreo, do transporte público, industrial …

            Esqueceu o custo da geração contingencial de energia termelétrica (perto da metade nestes tempos secos) não só na sua conta “de luz”, mas, novamente, no custo industrial (e comercial) dos produtos.

            Esqueceu o custo dos produtos e embalagens plásticas, remédios, alimentos, borracha, óleos, cosméticos e outros industrializados que usam petroquímicos. Para vc tudo não passa de um demagógico “tanquinho de fim de semana…”

            Como vc insiste em não perceber, não é uma discussão técnica (e fácil) de caixa temporariamente menor, mas político-estratégica de um país que “insiste” (desde os anos 1950) em poder usar uma empresa fundada por ele e sob seu controle, poder usá-la (mantendo sua lucratividade) de forma estratégica e não apenas contábil-financeira.

            Um dia vc vai acordar e dizer: “Puxa, agora entendi!”.

  2. Apoiado. E se os acionistas

    Apoiado. E se os acionistas privados da Petrobras estão insatisfeitos, o governo brasileiro deve recomprar as ações da companhia pelo preço de mercado. Foda-se a oposição e a imprensa, nenhum traidor tem o direito de dar aos gringos o que é do povo brasileiro.

  3. pelo menos bendine já

    pelo menos bendine já desbloqueou o ímpeto da grande mídia

    golpista e conseguiu uma brecha no valor para explicitar

    questões da empresa, sem intermediários ou invenções canibalescas

    e catastrofistas montadas  cotidianamente contra a petrobrás….

  4. A matéria está equivocada ou

    A matéria está equivocada ou forçando a barra.

    Jamais será decisão de um Presidente executivo de empresas essa de “vender blocos”, ou seja, isso é decisão estratégida da companhia, que só pode ser tomada pelo controlador, que é o Governo Federal.

    Quem defino os rumos da empresa, quem faz a estratégia de negócios é o Controlador, através do coonselho de administração. Ao presidente executivo cabe a gestão do dia-a-dia e a execução dos rumos definidos pelo Controlador.

    É assim que funciona e deve funcionar em todo o capitalismo moderno.

     

    1. Recado dado …

      Daniel, acredito que o Presidente neste momento é porta-voz do Controlador e esta mandando o recado, conforme a missão que recebeu.  Formalmente e de direito, não é ele que decide, mas está externando a posição de quem decide.

  5. Bendine nao disse que   nao

    Bendine nao disse que   nao entregaria  a participaçao do pre-sal.  sabe o que  vai a contecer  depois  dessa  entrevista dele: VAI  CHOVER   DENUNCIAS CONTRA ELE.  pode  esperar. essa é a forma   que  a  midia  e  partidos  golpistas  que nao tem  nenhum  apego a  nossa naçao   sabem   executar com   maestria.

  6. “Existe um plano tipo de

    “Existe um plano tipo de ativo. O aumento da exploração é o core da empresa, é o que dá resultado. Vou entregar o ouro?”. (Bendini).

    A principio parece ter colhões, mas será que vai aguentar o tranco dado diuturnamente pelos entreguistas, à frente PIG ?

    Esperemos que tenha autonomia do Conselho e costa quente da Dilma para barrar este movimento de desmantelamento da Petrobras e a possivel privatição da mesma!!!

    Nossos inimigos internos e externos, não irão descansar enquanto n~,ao botarem a mão neste nosso patrimônio, e tudo farão para boicotarem sua administração.

    Caso recente deste “acidente” no navio plataforma da petrobrás, será investigado?

    Neste como em outro, o caso da sonda P-36, que afundou a 1.200 metros de profundidade, até hoje não me convenceu, e para muitos, acredito, foi sabotagem, nada mais !!!!

    Resultado de imagem para sonda da petrobras que afundou

    Existem milhares de acidente mundo afora, que não passam de sabotagem !!!

    TEmos é que ficar de olho, pois eles estão surtando !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

     

  7. O governo deveria assumir a

    O governo deveria assumir a execução das refinarias com investimentos do PAC, já que parece ser tão estratégicos para o país e àqueles estados.

  8. petrobrás

    Nassif,segundo o 247,o Juiz Moro,está liberando com  integral teor as delações do doleiro Yulssef e do PRC.Que tal repassá-las no seu blog,pra nossa avaliação?

  9. Diziam antigamente que “conversa assim, é minhó calá”…

    A simpática dupla Luc Hortêncio & JNS deve saber bem disso… (nenhuma insinuação de reciprocidade, hein!).

    Depois que eu, um crédulo nascido e criado no “Brasil Grande”, percebi que décadas de esforço garantidos até pela constituição e pelo orgulho do povo, foram dizimadas em meses, a golpes de PEC´s, liminares, leilões de envelopes fechados, ações de míRdia e simultâneos envios de bilhões formando riquezas resguardadas lá fora, enquanto o povo …Ó…!

    Não me iludo mais com afirmações de “vaca tussa”ou de “jeito nenhum”.

    Embora concorde e gostaria que não houvesse mesmo “jeito algum” …

    Basta um Serra, Aécio, Cunha, Marina, Alckmin ou outras destas “cruzas de cruzcrédo com deusmelivre” assumirem um único mandato neste país para, com um congresso negocista e corrupto e uma justiça política destruírem não 16 anos, mas 40, 50 ou mais anos, como foi o caso da privataria que aleijou por um bom tempo este país.

    Declarações como essa são bem vindas para marcar posições próprias. Aplaudo.

    Mas infelizmente, existem muito mais vacas e jeitos do que imaginam nossas vãs filosofias.

  10. finalmente interromperam…

    interessante é que nunca deixou de ser muito simples, bastando apenas jogar uma cabeça pensante exatamente no lugar onde muitos só pisaram

    interromperam a jogada da mídia entreguista de valorizar apenas as coisas que a Petrobras tinha perdido

    1. e até os petistas foram na onda…

      de valorizar apenas o que se perdia

      levei um tempão para acreditar no que estava acontecendo e concluí que petistas só pensam quando perdem a cabeça

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