Plano da Petrobras amplia venda de ativos e corta investimentos em 25%

Jornal GGN – Divulgado hoje (20), o Plano Estratégico da Petrobras para o período 2017-2021 pretende reduzir pela metade a dívida líquida da empresa em relação à geração de caixa, cortando em 25% a projeção de investimentos com relação ao plano anterior, lançado em 2015. Estão previstos US$ 74,1 bilhões de investimentos próprios da estatal entre 2017 a 2021, sendo que o segmento de Exploração e Produção receberá a maior partes desses investimentos, cerca de 82%.

Em nota para a imprensa, a Petrobras diz que vai manter o “ritmo intenso de parcerias e desinvestimentos”, ampliando o programa de venda de ativos, com a previsão de vendas de US$ 19,5 bilhões.

O plano anterior previa a venda de US$ 15,1 bilhões entre os anos de 2015 e 2016, sendo que, até o o momento, foram vendidos US$ 4,6 bilhões, além da negociação da rede de gasodutos da região Sudeste, no valor de US$ 5,2 bilhões, que já foi concluída e deve ser anunciada em breve.

A Petrobras colocou a meta de produção de petróleo em 2,8 milhões de barris por dia para 2021, sendo que a meta do plano anterior era de o plano anterior, a meta era de 2,7 milhões de barris por dia em 2020.

O documento também oficializa a saída das áreas de produção de biocombustiveis, distribuiçao de GLP, produção de fertilizantes e das participações em petroquímica, e também fala em adequar a participação da empresa no segmento de gás

 

Redação

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  1. Post no meu blog sobre golpe na Petrobras

    Atenção: golpe no Pré-sal e na Petrobras avança, por Romulus

    O Jornal de todos Brasis

    Atenção: golpe no Pré-sal e na Petrobras avança, por Romulus525
      ROMULUS

    DOM, 28/08/2016 – 10:32

     ATUALIZADO EM 28/08/2016 – 10:33

    Por Romulus

    Atenção: golpe no Pré-sal e na Petrobras avança

    Post “6 em 1”:

    – Deputado federal Wadih Damous alerta: “enquanto Dilma está sendo julgada pelo Senado, José Serra está no Itamaraty recebendo poderosos da Shell. (…) a venda o Pré-sal brasileiro é ponto central do golpe de Estado em curso em nosso país”.

    – Desnudando as estratégias dos golpistas: aspecto financeiro-fiscal e econômico-estratégico explicados com clareza. Petrobras não ser operadora enfraquece a empresa hoje e amanhã. Abre espaço ainda para estrangeiros superfaturarem a rodo – sem o olho do dono em cima – dilapidando a parte do petróleo que cabe à União pela partilha.

    – Eles dizem: “Pré-sal precisa de investimento estrangeiro!”. Ora, como a Petrobras, empresa cuja emissão de títulos tem mais procura do que aquilo que oferta, “está sufocada”? Caso a vontade não fosse dilapidar o patrimônio brasileiro, bastaria, como no passado, lançar mão de uma operação de cessão onerosa.

    – E não é tudo! A técnica para lesar o patrimônio do Brasil na ida e na volta: venda dos ativos do Estado em operações de leveraged buyout (aquisição alavancada).

    – Uma advertência aos abutres: o Direito não protege quem age de má-fé, sem diligência ou o enriquecimento sem causa. Desde a Roma antiga ninguém é premiado pela própria torpeza!

    – E o que os partidos de esquerda (PT, PCdoB, Rede, PSOL, PDT e PSB) podem fazer a respeito?

    – Bem… vem aí o 7 de setembro, não é mesmo?

     

    *   *   *

    (i) Serra com a Shell… mas e a Chevron, gente? Não rola ciúme?

    Como noticiou o GGN, o ministro de Relações Exteriores José Serra recebeu na quinta-feira (25) o presidente da Shell Brasil Petróleo, André Araújo, e o vice-presidente mundial da Royal Dutch Shell, Andrew Bown. Embora o encontro constasse da agenda oficial de Serra, o teor da conversa não foi divulgado.

    Ao saber disso, curioso que sou, fiz algumas indagações nas redes sociais:

     

    O deputado federal Wadih Damous (PT) fez o alerta:

    >> Enquanto Dilma está sendo julgada pelo Senado, o tucano José Serra está no Itamaraty recebendo poderosos da Shell. (…) Como já se sabe, a venda o pré-sal brasileiro é ponto central do golpe de Estado em curso em nosso país. Para isso, querem fazer a sociedade acreditar que a Petrobras necessita de investimento estrangeiro quando, na verdade, existe uma aliança verdadeiramente serviçal com o objetivo de entregar a preço de banana nossa grande riqueza. <<

    Síntese perfeita do deputado, que aponta as duas faces do crime de lesa pátria que se aproxima.

    Já revelei em posts passados a estratégia de José Serra – mais Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Pedro Parente, entre outros – para garrotear a Petrobras e entregar o Pré-sal às petroleiras internacionais. Como o golpe avança, mais uma vez desnudo o plano, transparente para quem tem algum conhecimento da indústria do petróleo, finança e direito empresarial.

    Ainda na matéria do GGN ficamos sabendo que:

    >> O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), confirmou ao Estadão desta sexta (26) que o PLS 131 é prioridade na próxima semana, quando o impeachment de Dilma já terá um desfecho conhecido. Com patrocínio do governo Temer, a Casa quer aprovar o PLS 131 sem mudanças, justamente para que ele seja sancionado o mais rápido possível. <<

    “Urgência”? Sei…

    Num momento em que há excesso de produção de petróleo no mundo e em que as petroleiras internacionais estão no vermelho sem poder investir?

    Evidente que não existe!

    Usam os números negativos da conjuntura para mudar a estrutura e entregar lá na frente, quando o petróleo subir e as petroleiras internacionais tiverem de novo bala na agulha para comprar o patrimônio nacional.

    Aí basta só combinar na véspera com as agências de rating e fazer o risco país subir e o Real desabar, para comprar bem baratinho.

    Some ainda um deságio na avaliação dos ativos aqui… um empréstimo camarada do BNDES acolá… uma parceria leonina com fundos de pensão de estatais e a pechincha para liquidação do patrimônio nacional estará quase pronta.

    Onde foi que vimos esse filme antes?

    Ah sim… na “Privataria tucana”.

    E o Serra entende disso?

    Bem… tem até livro com esse título, não é mesmo?

    Terá sido uma expertise de Serra a razão de ter sido escolhido para relatar o projeto de entrega do Pré-sal aos abutres – a “privataria” do século XXI?

    Presidente americano Lyndon Johnson

    *   *   *

    (ii) Aspectos técnicos sobre o que estava em jogo

    O que significa abrir mão de ser operador em um bloco de exploração?

    (a) Aspecto financeiro-fiscal:

    Em um sistema de partilha de produção de petróleo, como o que o Brasil adotou para o Pré-sal, os custos dos subcontratados (quem investiga o solo, quem perfura, quem faz a logística…) são repassados à União, através do desconto do montante de petróleo que a União terá a receber. A operadora é quem faz as contratações.

    Os subcontratados que existem hoje são todos gigantes transnacionais também (Halliburton, Schlumberger…). Elas podem superfaturar os custos no Brasil em dobradinha com uma operadora estrangeira que não seja a Petrobras e assim sangrar o montante de petróleo que a União tem a receber. Depois, dividem esse “lucro” em alguma outra operação fora do país (elas sempre atuam juntas em toda parte) com subfaturamento, superfaturamento, simulação, troca de ativos, etc.

    (b) Aspecto econômico-estratégico:

    É a operadora quem toca o dia a dia da operação do bloco de petróleo. As outras só vão a reuniões de escritório de tempos em tempos para aprovar pautas apresentadas pela operadora e depois receberem a sua parte no resultado da venda do petróleo.

    Mal comparando, são como meros “acionistas” de uma empresa… não são parte da “diretoria”.

    É quem opera quem lida com os subcontratados e com os clientes, quem desenvolve e assimila o know-how, quem pode integrar as suas diferentes operações e fazer sinergia. Ou seja, é a operadora quem pode atuar estrategicamente e construir valor agregado e capacitação que a cacifem para ganhar mais projetos – mesmo em outros países – e crescer, ganhar cada vez mais escala e importância.

    Quem cresce tecnicamente é a operadora. As outras só ganham o “dinheirinho” no fim do mês.

    Ponto.

    Em resumo:

    A Petrobras é a soberania do Brasil na indústria do Petróleo – dentro e fora do país. Petrobras não ser operadora enfraquece a empresa hoje e amanhã. Abre espaço ainda para osestrangeiros superfaturarem a rodo – sem o olho do dono em cima – dilapidando a parte do petróleo que cabe a União pela partilha.

    *   *   *

    (iii) Pedro Parente: Biombo furado da dívida da Petrobras

    Sobre o homem que o golpe enfiou na presidência da Petrobras, reportagem da Reuters de junho relata que:

    Segundo (Parente), a Petrobras deve acelerar seu processo de venda de ativos, cuja meta é de pouco mais de 14 bilhões de dólares em 2016, negociando campos petrolíferos, unidades de processamento de petróleo, termelétricas e outras operações de retorno mais baixo.

    – Sem o desinvestimento, a Petrobras não conseguirá de forma adequada reduzir sua dívida de cerca de 130 bilhões de dólares (…).

    Alguém se arrisca a explicar que redução “adequada” é essa de apenas 10% do principal da dívida?

    Essa parcela diminuta justifica vender ativos relevantes num momento (i) de depressão no mercado mundial do petróleo, (ii) de desvalorização dos ativos nacionais e (iii) do nosso câmbio, diante da crise político-econômica?

    Como que uma empresa cuja emissão de títulos tem mais procura do que aquilo que oferta precisa de capitalização pelo tesouro nacional? Ou não pode arcar com a operação do Pré-sal, dando lugar às petroleiras estrangeiras?

    “Ah, mas não se quer aumentar o endividamento da Petrobras” – endividamento esse que Parente fez questão de anotar. “A dívida já é colossal!”, dirão as serpentes, cujas línguas movimentam-se impacientemente, mas mantêm olhares fixos na presa.

    Ora, muito simples: caso a vontade fosse não dispor levianamente do patrimônio da empresa, bastaria, como no passado, lançar mão de uma operação de cessão onerosa de reservas de petróleo da União para a Petrobras, dando-lhe a margem contábil para se endividar sem diminuir sua solvência.

    Mas o que as serpentes buscam desesperadamente é um álibi para vender o patrimônio rápido e barato. Por que me atrevo então a rasgar a cortina – furada – que costuram para encobrir a xepa?

    – Porque sou brasileiro, ora! Isso basta.

    Ou deveria bastar…

    *   *   *

    (iv) Venda dos ativos do Estado em operações de leveraged buyout (aquisição alavancada) – curto vs. longo prazo

    A venda de ativos do Estado na nova “privataria” – que não se resume à entrega do Pré-sal! – há de ser viabilizada por operações de leveraged buyout (LBO), ou “aquisição alavancada”, em que:

    (i) o comprador se alavanca para comprar a empresa-alvo;

    (ii) usa os ativos da empresa comprada como garantia dos empréstimos que contraiu para pagar a compra; e

    (iii) repaga os credores com os dividendos futuros da empresa comprada – devidamente espremida com fechamento da custosa área de pesquisa e desenvolvimento (fatal para o futuro da empresa), demissões em massa, fechamento de unidades e corte de investimentos e custos de operação no limite da irresponsabilidade.

    É a “mágica” de fazer uma compra bilionária sem colocar um centavo do próprio bolso!

    É obvio que no curto prazo o retorno sobre o capital e os dividendos vão às alturas, já que o custo desaba enquanto a receita se mantem a mesma. Mas dali a 5 anos a empresa estará no CTI. Nada que importe para quem a comprou, como fundos de asset management, que não pensaram em ficar nela mais do que esses mesmos 5 anos. Nessa altura, já terão passado a empresa adiante por muito mais do que aquilo com que a compraram – devido ao ilusório aumento do retorno sobre o capital e consequente alta das ações no curto prazo.

    Azar de quem compre tal empresa sem futuro – se houver comprador! – bem como dos seuscredores, aí incluídos trabalhadores e fisco.

    – Lembra em alguma coisa o imbróglio da Oi e a privatização do sistema Telebrás pelos tucanos nos anos 90?

    Esse enfoque puramente financeiro das fusões e aquisições é tipicamente anglo-saxão. Fundos de Wall Street (Oi, Paulo Leme do Goldman Sachs!) e da City londrina fazem incursões em busca deempresas encrencadas* para tocar a “mágica” do corte de custos e aumento do retorno sobre o capital, almejando uma futura venda com lucro da empresa ora adquirida.

    *“encrencada”, no caso da Petrobras, deve ser usada com muuuuitas aspas. A encrenca é apenas discurso na boca dos leiloeiros e dos abutres assanhados.

    *

    “Pára que tá feio”

    A propósito – logo nesta sexta-feira! – parceiros do golpe no mercado, que insistiam em tentar manipular (para baixo) as ações da Petrobras tiveram que dar o braço a torcer… e não foi pequeno o “erro” de avaliação – de curto prazo! – não, hein, Credit Suisse…

    [risos constrangidos]

    Especuladores estão dispostos a perder algum dinheiro em jogadas desse tipo… mas o Credit Suisse foi “pouco ágil” (demais) e “perdeu” não apenas os movimentos dos tubarões mas também das sardinhas!

    Mereciam ao menos uma chamada telefônica solidária do Temer e do Serra, não é mesmo?

    – Aliás, Chanceler (sic) Serra, sugiro convidar o presidente mundial do Credit Suisse para um outro chá das 5h lá no Palácio do Itamaraty… o calor aqui na Suíça está insuportável nesta semana! Alerta de onda de calor na TV e tudo, imagine o senhor!

    *   *   *

    (v) Atenção abutres: o Direito dita que ninguém será premiado pela própria torpeza

    Sinto-me na obrigação profissional, quando não moral, de advertir os abutres assanhados sobre atemeridade de embarcar em tais jogadas colocadas sobre a mesa pelo golpe.

    O direito internacional tem consagrado que só tem direito a proteção o investimento feito em boa-fé e com diligência por parte do investidor. Diante da grave incerteza jurídico-política que atravessa o Brasil, fartamente noticiada pela imprensa, inclusive estrangeira, qualquer investidor de boa-fé e diligente bem sabe que a venda dos ativos da Petrobras por Parente é no mínimo um mico e no máximo um negócio “arriscadíssimo”. Dessa forma, umafutura anulação, sem o pagamento de perdas, danos ou juros é a penalidade mínima a que se arriscam no momento em que o Estado de direito e a democracia forem finalmente restituídos ao país.

    E não venham com a velha ameaça de percepção de “insegurança” pelo mercado e aumento do risco-país. Bem vemos hoje que essas duas faces da moeda financista são articuladas apenas para viabilizar jogadas e aumentar seus prêmios.

    Mas e a “segurança jurídica”? A “santidade dos contratos”? Pacta sunt servanda? Todas “essas coisas” que os abutres usam para fazer valer suas malandragens? Não os protegem dessa vez?

    – Não! Esses abutres, acostumados, inclusive, a fazer negócios “tortos”, estão perfeitamente cientes de estarem tratando com um governo golpista, de exceção.

    Na verdade, aproveitam-se até da precariedade jurídica dos golpistas para depreciar – ainda mais! – os ativos em suas avaliações e oferecer menos ainda pelos mesmos.

    Mesmo que não fossem malandros – e são! – não podem sequer alegar que “não tinham como saber que tratavam com golpistas… que não entendem de direito brasileiro… e que – hahaha! – agiram de boa-fé”.

    Por quê?

    – Porque o direito, inclusive o internacional, não protege quem age de má-fé. Ou tampouco o enriquecimento sem causa. Assim, não há proteção para o “malandro” nem para os seus ganhos em jogadas financeiras às custas do “incauto”. No caso, incauto sequestrado por bandidos, que negociam em seu nome.

    Não há proteção tampouco para quem age com falta de diligência. Ou seja, quem não se esforça e não realiza nem as avaliações devidas – como uma boa auditoria – nem toma as precauções que deveria em seus negócios.

    “Precauções”?!

    Piada!

    Esse pessoal age como bandoleiro no Velho Oeste, ora!

    É assim que ganham a vida.

    Novamente: nemo auditur propriam turpitudinem allegans

    Ou: A ninguém é dado alegrar a própria torpeza em seu proveito.

    Mas…

    Eles vão tentar. Não tenho bola de cristal mas conheço: (i) as estratégias dos abutres e (ii) o Judiciário brasileiro:

    Devo acrescentar a minha surpresa em ver entre os abutres a Statoil, uma das petroleiras estatais da Noruega. Trata-se da estatal operacional, equivalente norueguesa à Petrobras. A outra, Petoro, equivalente à nossa Pré-Sal Petróleo S.A., apenas gere a parte do Estado no sistema de partilha, também adotado lá.

    A surpresa não decorre apenas de a empresa pertencer ao Estado Norueguês (67% – percentagem similar à do Estado brasileiro na Petrobras) – o que é indicado, inclusive, pelo próprio nome da empresa: “Statoil”. Nem tampouco de a Noruega ter sido uma das inspirações para a adoção do sistema de partilha pela “Ministra” Dilma Rousseff e pelo Presidente Lula após a descoberta do Pré-sal.

    “Países não tem amigos; tem interesses” e “capital não tem pátria nem coração”, não é mesmo?

    Disso todos sabemos.

    Ocorre que a Statoil conta com um bem desenvolvido código de ética e de responsabilidade corporativa. Esses dispositivos foram importantes o suficiente, inclusive, para levarem a empresa a desinvestimentos importantes em áreas “complicadas” no Cáspio.

    Eis alguns extratos dos “compromissos” da Statoil (em inglês… bem, melhor que norueguês, certo?):

     

    Bonitos esses compromissos em nível escandinavo, não?

    E no entanto…

     

    *

    Creio ser seguro afirmar que o escritório do Rio de Janeiro induziu a matriz ao erro – o que em nada diminui a sua responsabilidade e o repúdio do Direito. Ainda mais em negócio dessa monta.

    Que pague. Pela má-fé de uns e pela falta de diligência de outros.

    E que paguem todas as que seguirem os passos da Statoil na rapinagem do patrimônio brasileiro.

    *   *   *

    (vi) E o que o PT e demais partidos de esquerda podem fazer a respeito?

    A inação do PT diante das jogadas financeiras dos golpistas já foi por mim registrada e criticada em ao menos 3 oportunidades aqui no blog:

    Fecho o post instando deputados federais que admiro – em vez de outros das mesmas bancadas… – como Wadih Damous (PT), Paulo Pimenta (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Alessandro Molon (Rede), Jean Wyllys (PSOL), Luiza Erundina (PSOL), Chico Alencar (PSOL), Ivan Valente (PSOL), Glauber Braga (PSOL), Ronaldo Lessa (PDT) – Ciro Gomes (PDT) também, ora! – e Janete Capiberibe (PSB) a provocarem as executivas nacionais de seus partidos a repudiarem formal e politicamente a nova “privataria”.

     

    Em vez de resolução puxando o tapete da Presidente Dilma Rousseff, por que não aprovam outra, reiterando o repúdio político, a falta de proteção jurídica aos abutres – com selo “é golpe!” da OEA e tudo! – e a disposição para reverter todas as lesas ao patrimônio do Estado tão logo voltem (ou cheguem) ao poder – às expensas dos abutres malandros?

    Melhor ainda:

    Por que PT, PCdoB, Rede, PSOL, PDT e PSB não o fazem de maneira solene, num ato político multi-partidário, junto às centrais sindicais, aos movimentos sociais, à militância e à parcela nacionalista da sociedade?

    Empolgo-me com a idéia e até deliro: imaginem então prometer declarar os abutres empresas inidônias – melhor exemplo do que isso significa não há – e portanto proibidas de contratarem com a União e ter concessões no país?

    Sugiro até data para esse grande ato:

    Que tal?

    E então, deputados?

    E então, partidos de esquerda?

    *   *   *

    Post relacionados (ordem cronológica):

    Atenção: agora o golpe é no Pré-sal!, por Romulus 
    (26/5/16)

     

    Parente é Serpente: golpe ataca Petrobras e Pré-sal, por Romulus 
    (1/6/16)

     

    Parente é Serpente: golpe ataca Petrobras e Pré-sal (2) 
    (2/6/16)

     

    O Golpe, os fundos de investimento e a falência do capitalismo 
    (8/6/16)

     

    Os Abutres, o golpe e o Min. Barroso, por Romulus 
    (20/6/16)

     

    Fadiga na resistência ao golpe: galinha decapitada corre mas cai morta, por Romulus
    (29/6/16)

     

    Entendendo denúncia à Comissão de Direitos Humanos da OEA para anular o golpe, por Romulus
    (10/8/16)

    *   *   *

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    Maya Vermelha, a Chihuahua socialista

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    *

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    *

    (iii) E, claro, aqui no GGN: Blog de Romulus

    *

    Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

    1. post…

      Existe alguma outra petroleira no mundo vendendo seu patrimônio e campos de exploração? Por aí  você já enxerga o tamanho da nossa aberração. Bem administrada foi a GM. A única filial a dar lucro era a brasileira. E mandava fortunas em transferência de lucros para fechar as contas da matriz (mas sabemos isto ser impossível porque nós somos subdesenvolvidos). O governo americano a bancou (e outras) pela interesse estratégico que representava. E nós o que faremos? Sabe aquelas centenas de universidades e centros de especialização para a formação de profissionais na área de petróleo? Engenharias civis, de prospeção, de soldas, navais, de gás, de petróleo…geólogos, geografos, oceanógrafos, marinheiros, pilotos…Adeus, empregos. Adeus, profissões complexas e de alta remuneração. Bem vindo de volta Terceiro Mundo, poderemos  continuar vivendo de alguma ajuda de custo governamental e continuar votando obrigatoriamente nestes gênios a privatizar o país.

    2. Statoil, Rystadenergy and NXT Energy

           O pessoal, deputados, supostos analistas de “esquerda” ou nacionalistas, parece que possuem olhos apenas para Chevron, Shell, BP….., mas a muitos interessados no “pre salt “, e faz tempo, aliás até antes de sua descoberta, tanto que a 1a empresa internacional a “comprovar reservas” foi a norueguesa Rystad Energy , uma empresa “privada” mas que na real é ligada a Statoil, e ano passado quando já se verificava, pelo mercado, a possibilidade de mudanças na lei do “pre salt”, a Rystad intalou-se definitivamente no Brasil, em 29/09/15 ( Av. Graça Aranha ), e logo começou a fazer das suas, junto com sua parceira.

            

      1. Isso aí, meu

        Isso aí, meu caro.

        “Desenvolvimento” dos paises parceiros comerciais, “direitos humanos” e “sustentabilidade” sao conceitos lindos.

        A Europa – o hipopotamo – adora aparentar ser diferente dos EUA – a águia – nesses quesitos.

        Mas, infelizmente, é mais peça de marketing que realidade da cultura corporativa do continente.

        O hipopotamo é fofinho mas mata muito mais gente no Nilo do que os terriveis crocodilos.

        Se vc falar frances, veja no youtube o episodio do programa “Cash Investigation” sobre “green washing”.

        Ja mencionei o programa e a jornalista que o apresento no meu blog (veja o post abaixo).

        Respeito ela bastante.

        Inclusive, acabei de ver HOJE que ela foi promovida.

        A partir deste mes, ela deixa de apresentar o jornal da hora do almoço e passa a apresentar, alem do “cash investigation”, o “envoyé spécial” – ambos no horário nobre. Esse ultimo, um programa semanal de reportagens. O mais proximo no Brasil seria o “Globo Reporter”. Mas nao preciso dizer que nao tem a menor comparaçao…

        Elise Lucet merece.

        Em tempo: quem cunhou a comparaçao “hipopotamo” vs. “águia” foram diplomatas de negociaçoes comerciais da America Latina. Foi com eles que aprendi essa “piada”.

        *

         

        >> Atenção! Cautela com os Panama Papers, Imprensa (Brasileira), por Romulus

         

        O Jornal de todos Brasis

        Atenção! Cautela com os Panama Papers, Imprensa (Brasileira), por Romulus288ROMULUS

         TER, 12/04/2016 – 07:23

         ATUALIZADO EM 12/04/2016 – 08:04

         

        Por Romulus

        Considero o jornalista José Roberto Toledo sério e bem-intencionado. Um oásis no deserto da imprensa familiar. Costuma ser bastante ponderado em suas análises, as quais compartilho quase sempre nas redes sociais. Na forma, aprecio seu estilo e principalmente sua fina ironia. Convém registrar que essa ironia está muito mais livre no perfil do jornalista no twitter que no jornalão. De forma que recomendo seu perfil nessa rede social para quem também é fã de ironia e de sarcasmo no trato com a política.

        Na última semana Toledo publicou no Estadão uma meia-vacina contra as diversas alegações de viés no vazamento dos Panama Papers. Já naquela altura, mal se completara um par de dias após a revelação do mega-vazamento, muitos na rede exibiam cautela quando não desconfiança dos tais Papéis do Panamá. O título do artigo de Toledo resume bem o principal incômodo:

        Cadê os Gringos?

        Pois bem. O artigo-vacina logrou imunizar a cobertura? Imunizou “médio”, certamente diria Glória Pires. Fica no meio do caminho: nota as distorções mas também desmerece cabalmente os questionamentos como “teoria da conspiração”. Alguns parecem de fato estapafúrdios, como muitas outras coisas que brotam do terreno fértil da internet, mas não vale usar o frase-álibi “para eles a culpa é sempre dos Estados Unidos” para deitar todos os questionamentos por terra. Numa extrapolação do dito popular, será que quem grita “pega ladrão” só por isso se torna imune à acusação de bater carteiras? Penso que não.

        Eu mesmo alertei, via twitter, para o viés. Como desejo que a cobertura no Brasil vá no sentido adequado – diferentemente do infame tratamento dado ao Swissleaks – posto no twitter minhas preocupações. Preocupações essas aduzidas da minha experiência  como advogado que atuou amplamente no direito empresarial, inclusive na constituição de sociedades dentro do Brasil e fora (Ó, Deus. Consegui evitar a palavra maldita: offshore!).

        Da mesma forma, assim como faço aqui, divulguei no twitter um programa de quase três horas (!) que foi ao ar na última terça-feira à noite na TV estatal francesa (canal France2) sobre os Panama Papers. Nos dias seguintes o mesmo canal veiculava comercial comemorando a excelente audiência de quase 4 milhões de pessoas que acompanhou o programa até quase a meia-noite. Além da hashtag com o nome do programa, #cashinvestigation, ter ficado no número dois dostrending topics mundiais do twitter durante a sua exibição. Meus parabéns! Como reconhecimento do trabalho excepcional do programa, que costuma levar ao ar investigações que duram 2, 3 anos, compartilho no post nada menos que a edição “Panama Papers” do “Cash Investigation”. Sim, meus caros. Subiram o vídeo do programa para o canal no youtube já no dia seguinte.

        Como escrevi nesta semana em comentário ao artigo de Pepe Escobar sobre os Panama Papers no GGN (ah, tinha que ser o rei da conspiração mesmo!), a tese de que antes de chegar ao Consórcio tais documentos passaram pelas mãos de autoridades americanas não se restringe mais aos círculos “teoria da conspiração” da internet. Isso porque a respeitada e seríssima jornalista Élise Lucet, âncora do programa francês a que me refiro, afirmou isso com todas as letras diante do Ministro de Estado das Finanças da França e de representante da OCDE. Os dois estavam ao vivo no estúdio, dado o peso do programa e a repercussão esperada. Foram para debater a longa matéria que acabara de ir ao ar.

        Acostumada a confrontar cara a cara Presidentes, Primeiros-Ministros e Comissários Europeus, a experiente jornalista não se intimidou diante do tema sensível da origem americana dos documentos. Na verdade foi além: disse que os EUA pagou pelos mesmos (yes, baby! Good old US dollars!) e confrontou o Ministro a sua frente a esse respeito. Não temos como daí concluir que a versão que chegou ao Consórcio de jornalistas foi necessariamente “editada”. Mas, dada a revelação, é forçoso reconhecer, pelo menos dali em diante, que os documentos antes passaram sim por mãos americanas.

        Élise Lucet deve saber do que fala. Afinal ela e sua equipe são membros do Consórcio desde o início. O programa apresenta, inclusive, diversas reuniões de pauta do Consórcio na Alemanha, devidamente registradas pela equipe. Lá vemos repórteres de todo o mundo. Talvez Toledo e Fernando Rodrigues, do UOL, estivessem no meio da multidão.

        Lembrar dos brasileiros no Consócio dá-me o gancho para voltar ao início deste post. Ao artigo-vacina do Estadão. Assim como o “the Guardian” fizera na véspera, o artigo de Toledo tenta explicar por que não há americanos “peixe grande” nos documentos.

        Os dois artigos apontam algo verdadeiro – o fato de que alguns Estados dos EUA permitem a constituição de offshores – para daí concluir que os americanos não precisariam viajar ao Panamá para esse fim. A conclusão está equivocada. A despeito das benéficas leis societárias e tributáriasestaduais, as leis federais americanas só tornam essas sociedades “invisíveis” para a ReceitaFederal Americana – o IRS – se elas não tiverem operações nos EUA e se seus sócios não forem americanos.

        Assim, o dinheiro sujo dos EUA não pode usar esses Estados para a ocultação. Nem tampouco o dinheiro limpo ensaiando fuga do apetite voraz do fisco. O esconderijo pode até não ser o Panamá – como Toledo deixa entrever anotando que a Mossack não necessariamente detinha monopólio nesse mercado – mas certamente também não é os EUA. A anedota de como finalmente se pegou o mítico gangster Al Capone deixa bem claro que com o IRS americano não se brinca.

        Nota: fiquei lisonjeado com a reprodução de uma piada que fizera na véspera (via tweet) fechando o artigo de Toledo. E que piara era essa? Caso ainda não tenham lido o artigo, diz que o plano maligno do Tio Sam (muaaá-ha-ha!) é desacreditar todo o futebol. Envolveram no escândalo não só a afamada FIFA, mas também a UEFA, Messi e companhia. Assim, finalmente conseguiriam emplacar o chatíssimo baseball no gosto do resto do mundo – ha! Como se vê, “Snowdens” que não descartam conspirações per se também sabem rir. Nem que seja das próprias piadas.

        Lisonjas a parte, mas e aí? Qual a implicação de os Panama Papers terem passado pelas mãos de autoridades americanas antes de encontrar o caminho até o Consórcio de jornalistas? Descartamo-nos então?

        Alto lá! Evidente que não. Os documentos continuam sendo de grande interesse jornalístico. Ao que tudo indica são legítimos e comprovam dinheiro oculto e/ou de origem criminosa. Não é porque escroques de algumas nacionalidades podem ter escapado do mega-vazamento que os demais devam se livrar do escrutínio também. Ao que parece os Panama Papers primam pelo grande número de escroques de um clubinho relevante de países emergentes. Ora, nada menos que os países dos BRICS! Talvez isso – e não somente a ausência de tubarões americanos – tenha alimentado as desdenhadas “teorias da conspiração”. Essa gente paranoica, hein… quanta desconfiança! Por que raios os EUA se preocupariam em causar embaraços aos BRICS? É cada uma…

        Ok. BRICS e paranoias a parte, voltemos ao Consórcio de jornalistas. Qual a tradução, em termos práticos, dessas especulações para a cobertura dos Panama Papers? Acredite se quiser, mas em nada de novo. Apenas em não esquecer uma antiquíssima regra do bom jornalismo: a fonte não pode pautar o jornalista. A fonte não substitui nem jornalista nem editor. Deixemos experimentos heterodoxos de (awkwardly) new (pseudo) journalism para o casamento malsucedido entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a revista Veja. Ah, eterno enquanto durou.

        Então, para não servir a eventuais Cachoeiras sem sabê-lo, basta jornalistas com a exclusividade desta pauta conterem um pouco a excessiva atitude defensiva diante de questionamentos naturais para mentes curiosas. Que não deixem uma cobertura que tem todo o valor manchar-se por uma suspeita – não ou mal abordada – de manipulação e viés dos vazadores dos já famosos Papers. Tenho dito que os jornalistas deveriam simplesmente adotar um tom mais cauteloso nos artigos e ressalvar, sempre que pertinente, a possível parcialidade do vazamento. Quer seja porque a Mossack Fonseca não é a única empresa a oferecer esse serviço, quer seja pela ausência de figurões dos EUA e de um punhado de outros países. Aliás, por falar em figurões, azar mesmo quem deu foi David Cameron. O que ele não daria para ter sido também vazado do vazamento…

        Então ficamos combinados em cautela e ressalvas nos artigos? Alguém vai deixar de lê-los por isso? Certamente não. É capaz até de conquistarem uma nova base de fãs, vejam só: os “Snowdens” abertos a existência de conspirações na vida real. Que tal?

        Salve a ironia!

         

         

        1. Não é piada

            Por mais que a esquerda reclame da “aguia”, que aprontou e apronta muitas ainda, os europeus, incluindo os da aprazivel Suiça, em matéria de negociar e corromper, ganham dos norte-americanos, recordo uma da época do Saddam, quando os pacifistas alemães, época ocidentais, venderam toneladas de defensivos agricolas para o Iraque, que nem se palnat-se em todo território a quantidade adquirida seria usada – e os germanicos tb. “esqueceram” de informar que tinham vendido laboratórios que transformaram os “defensivos” em sarin.

             Santidade em negócios, só no Brasil, claro que depois que Moro e o Profeta Deltan, sanarem a Terra de Santa Cruz, nos livrando dos impios, dos corruptos e corruptores, e todos os brasileiros forem concursados servidores publicos, que quem irá paga-los : A Providência Divina nos proverá, manahs choveram dos céus.

              Lava jato não é “mani pulite”, está mais para Khomeini.

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