Walter Mendes é indicado para a presidência da Petros

Jornal GGN – O executivo Walter Mendes renunciou ao cargo de conselheiro da Petrobras e foi indicado para a presidência da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da estatal. Segundo a assessoria de imprensa, a nomeação dele faz parte “do processo de reformulação e mudanças na governança da Petros que já vem sendo implementado desde julho de 2015”.

Para o presidente do Conselho Deliberativo da Petros e diretor da Petrobras, Hugo Repsold, Walter Mendes “é o profissional mais qualificado no mercado para ocupar a função de presidente da Petros”.

Da Agência Brasil

Petrobras indica Walter Mendes para presidência da Petros

Por Nielmar de Oliveira

A Petrobras deverá recomendar o nome do executivo Walter Mendes, que renunciou ontem ao cargo de conselheiro da estatal, para a presidência da Petros – o fundo de pensão dos funcionários da companhia. Decisão neste sentido foi aprovada ontem (11), em reunião do Conselho de Administração da Petrobras.

Com larga experiência no setor de gestão de recursos de fundos de pensão, a indicação de Mendes para o fundo de pensão da companhia faz parte, segundo assessoria da estatal, “do processo de reformulação e mudanças na governança da Petros que já vem sendo implementado desde julho de 2015”.

Em nota divulgada hoje (12), a Petrobras informa que a nomeação de Mendes depende de confirmação do Conselho Deliberativo da Petros. “Para participar do processo, Mendes renunciou ontem mesmo ao cargo de conselheiro da Petrobras, e, consequentemente, à presidência do Comitê de Auditoria Estatutário da Companhia, bem como a ser integrante do mesmo”, diz a nota.

Para o presidente do Conselho Deliberativo da Petros e diretor da Petrobras, Hugo Repsold, Walter Mendes “é o profissional mais qualificado no mercado para ocupar a função de presidente da Petros”.

Mendes foi eleito e reeleito para o Conselho de Administração da Petrobras, em 2015 e, este ano, pelos detentores minoritários de ações ordinárias e preferenciais da companhia. Para a vaga deixada aberta por ele no Conselho, ontem foi eleito o sócio co-fundador da Leblon Equities e co-gestor dos fundos de ações e Private Equity, Marcelo Mesquit.

Segundo a Petrobras, Mesquit tem 25 anos de experiência no mercado acionário brasileiro, dos quais 10 anos no UBS Pactual (1998-2008) e 7 anos no Banco Garantia (1991-1998). Ele foi indicado por Mendes e Guilherme Affonso Ferreira, conselheiros eleitos na última assembleia geral ordinária pelos acionistas minoritários. Mesquita exercerá a função até a próxima assembleia da Petrobras.

Já o economista Walter Mendes trabalhou em Londres, na empresa britânica especializada em gestão de fundos para investidores institucionais Schroder lnvestment Management PLC. De lá, o economista voltou ao Brasil para ser o principal executivo (CEO) responsável pela abertura da filial brasileira da Schroder, onde criou o negócio de gestão de fundos para clientes institucionais locais, principalmente fundos de pensão (1994/1999). Depois disso, teve interação com fundos de pensão também no Itaú-Unibanco de 2003 a 2010.

Redação

8 Comentários

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  1. Boa.

    Ja era hora, botar sindicalista a gerir fundos de pensao das estatais (como foi feito no periodo do lulopetismo) eh a mesma coisa que botar raposa a cuidar do galinheiro. So no Postalis o rombo foi de 5 bilhoes. 

  2. Vão ter que recomper reservas

    Vão ter que recomper reservas depois do desastroso investimento na Sete Brasil.. Não acredito que a Petrobras vai repassar recursos adicionais para o Petros e os nomes citados não indicam esse caminho, são aguias do mercado financeiro. A administração sindicalista da Petros foi um desastre, agora é a hora dos participantes pagarem os prejuizos.

    1. Eh muita cara de pau, os

      Eh muita cara de pau, os sinsicalistas faliram os fundo de pensao das estatais, vai la Jose, vai la cobrir o rombo do Postalis e do Petros…e o cara nem fica com vergonha…..

       

      1. 1- O que se sabe é que vários

        1- O que se sabe é que vários partidos tem seus indicados nestes fundos, que isso seja substituido por eleições. E se roubaram, que sejam responsabilizados criminalmente

        2- Esses fundos são mantidos por contribuição dos funcionários, bem como da empresa também, o que em geral é regra nos regimes de previdência.  A Petrobrás há alguns anos deixou de cumprir suas obrigações para com a Petros, deixando de repassar o percentual ao qual era obrigada, e essa contra-partida que entrava no rol de direitos do trabalhador, foi uma das causas do rombo. 

        1. É mais complexo do que sindicalistas X águias do mercado!

          Alguém se lembra aí que o BNY Mellon recomendou ao Postalis a compra de títulos podres? Ou que o conselho fiscal da Petros (com voto de qualidade dos participantes) desaprovou o balanço do conselho de administração (com voto de qualidade da patrocinadora)? A coisa é muito mais complicada e simplificações grosseiras só servem para confirmar nossos preconceitos, mas não são um guia seguro para lidar com qualquer questão.

          Mas a verdade é que os fundos de pensão das estatais (principalmente Previ, Petros e Funcef) foram empregados para investimento em projetos com cunho claramente desenvolvimentista e quando a crise chegou de forma dramática com muitos componentes (entre eles, mas não só, erros do governo Dilma), os FPs foram castigados. Os participantes e as patrocinadoras serão legalmente forçados a aumentar suas contribuições no Petros e no Postalis o que acontece depois de três anos consecutivos de prejuízos atuariais. Isso não vai acontecer na Previ, pelo menos não a curto prazo. Deve acontecer na Funcef.

          O que a maior parte dos comentários desconsidera é como os FPs modificaram o sindicalismo. Seus dirigentes passaram a ser investidores no mercado de capitais criando um perfil diverso do sindicalismo de “porta de fábrica” que continua existindo em contraste cada vez maior com este novo sindicalismo.

          Há mais de duzentos fundos de pensão e a maior parte deles aplica em títulos da dívida pública. Moral da história: o Banco Central vai ajudar de uma forma ou de outra os pensionistas das fundações privadas às custas do Tesouro…

  3. verdade seja dita.

    Os sindicalistas se saíram pior que as águias do mercado, o próprio nome do  Walter Mendes não ter contestação prova como foi ruinosa decisões tomadas no passado.

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