A dívida global do capitalismo: chega a recorde histórico de US$ 237 trilhões

Enviado por Almeida

O valor mais atual da dívida mundial pelo Global Debt Monitor – April 2018:

“Segunda, 9 de abril de 2018:

Cerca de US$ 21 trilhões foram adicionados à montanha da dívida global em 2017, elevando-a a um recorde histórico de US$ 237 trilhões.”

A semana começou com esta dívida, que equivale a mais de três vezes o PIB mundial, considerando que cada habitante do planeta Terra tem uma média de mais de trinta mil dólares. Mesmo que você e sua família tenham os respectivos rendimentos per capita dos próximos três anos e meio.

Não adianta se refugiar na mais remota ilha como um Crusoé, ir para a tundra canadense como Nanook, ou se internar na taiga siberiana como Dersu Uzala. Pode ser um beduíno dos cafundós do Saara, ou último tamoio isolado nas matas amazônicas, de algum modo a conta vai chegar em você.

Não adianta se disfarçar de pinguim. Mesmo que tenha nascido neste meio desta semana, depois da dívida contabilizada, não importa, ela chegará em você e vai perturbar muito o seu futuro. Os ricos, os poderosos farão de tudo para espetá-la nos pobres, nos periféricos, nos excluídos… Mas não se iluda que as classes médias ficarão de fora, não há pobre e excluído em suficiência para pagar a conta: você será arregimentado.

 

Redação

10 Comentários

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  1. Este valor é muitas vezes

    Este valor é muitas vezes maior que a soma dos PIBs dos países do mundo. É dinheiro falso. São papéis criados por conveniência e esperteza dos agentes econômicos. É ficção monetária produto da especulação. Esta discrepância irresilvível só é possível graças ao fato de que o capitalismo transformou a moeda em mercadoria. Dinheiro não é mercadoria. O dinehiro representa a mercadoria, mas não pode valer por ela mesma. Como se pode viver neste espaço da mais deslavada mentira que é a economia capitalista? Onde o trabalho, o esforço humano em transformas as coisas e ser remunerado por isso não vale nada, vale somente a esperteza e a antecipação da ganância e do desprezo pela vida dos seres humanos e do planeta praticadas pelos agentes econômicos. Dizem que o dinheiro e os investimentos são o sangue da economia… A água é vital para os seres vivos, mas se morre afogado por seu excesso.

  2. A questão não é essa

    É verdade que os pobres (países e pessoas) vão cair primeiro e, depois, as classes médias. É verdade também que esta dívida envolve luta de classes e que as elites usam-na para impor seu poder. Mas a questão central está nessas duas verdades. O que deveríamos nos perguntar é o que é esta dívida e porque se chegou a um montante tão grande.

    O que é?

    As dívidas são capital adiantado, ou seja, capital fictício que será realizado no futuro pelo capital produtivo (economia real). Trata-se, portanto de uma imensa bolha.

    Por que está desse tamanho?

    A dívida mundial cresce de forma consistente e cada vez mais acelerada desde a década de 1980. Se o capital fictício cresce e nunca é realizado, significa que o setor produtivo (À escala global) não consegue dar lucro o suficiente para pagá-la. Ou seja, o mundo não consegue geral capital real suficiente para se sustentar desde o inicio da década de 80.

    Quem é culpado?

    As eltes certamente ganham em cima da dívida como ganham em cima das atividades produtivas, pois o capitalismo é concentrador de riqueza, por conta de sua lógica interna. Mas essa imensa bolha NÃO É UM PLANO MAQUIAVÉLICO DAS ELITES FINANCEIRAS contra as elites industriais e contra os trabalhadores. A dívida foia a solução que o capitalismo encontrou para sobreviver à desvlorização global do capital insdustrial provocada pela substituição de trabalho humano por máquinas inteligentes.

    Esta substituição é estimulada pela concorrência e começou a ocorrer na década de 1970, se aprofunda a cada dia que passa, e diminui a massa globa de lucro (mais valia). Isto significa que o capital real está encolhendo. Para substituílo inventou-se esta enorme bolha de capital fictício, empurrando a crise do capital para a frente.

    Em 2008 a bolha quis estourar nos países centrais (EUA e UE), mas foi impedida por mais injeção de capital fictício pelos BCs dos países ricos e pela política anticíclica dos BRICs. Mas uma coisa é certa: as bolhas sempre estouram. Quando esta estourar o Deus Capital estará nu. Não dará para voltar ao capitalismo fordista, porque as máquinas produzem quase tudo. Teremos que arranjar oustro Deus que não o Capital. Ou estaremos muito encrencados…

    A culpa, portanto, não é da elites financeiras gananciosas (isto cheira à antissemitismo fascista) e sim do próprio funcionamento do capital, como observaram muito bem Moishe Postone e Robert Kurz, teóricos marxistas da crítica do valor.

  3. Devia estar totalmente bêbado

    Devia estar totalmente bêbado quando gastei a minha parte nesta dívida…

    Eu simplesmente não me lembro…

  4. Isto tudo com juros baixos no primeiro mundo!

    O problema é ainda pior, com os juros baixos a rolagem desta dívida é relativamente fácil (tomando que os títulos públicos e privados estejam na ordem de 15 a 20 anos), porém se a liquidez continuar aumentando, e o crescimento econômico criar inflação os BCs aumentam a taxa de juro, aí se torna impagável.

  5. “24. A maior parte da nova

    “24. A maior parte da nova moeda que circula na Economia é criada pelos bancos comerciais, cada vez que concedem um novo empréstimo.

    25. A forma pela qual se cria o dinheiro afeta a distribuição da riqueza no seio da sociedade. Por conseguinte, o modo como o dinheiro é criado tem de ser entendido como questão política, não simplesmente técnica”

    https://jornalggn.com.br/blog/alfeu/nova-reforma-33-teses-para-reformar-a-economia-ensinada-do-rethinking-economics%E2%80%8F  

     

    “Switzerland will hold a referendum to decide whether to ban commercial banks from creating money.”

    https://www.telegraph.co.uk/finance/economics/11999966/Switzerland-to-vote-on-banning-banks-from-creating-money.html    

     

    “Over 100,000 Swiss citizens signed a petition to hold a constitutional referendum to end fractional reserve banking”

    “The movement is known as Vollgeld and is inspired by the torch-lighting work of Nobel Prize-winning economist Irving Fisher in the 1930s”‘

     

    “In short, Vollgeld backers believe that a full money reserve system will lead to:

    Greater control of business cycle fluctuations.The complete elimination of bank runs.A significant reduction in net government debt.A dramatic reduction in private debt”

    https://blogs.cfainstitute.org/investor/2018/01/02/the-vollgeld-initiative-a-primer/

     

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