Contas externas fecham o mês de maio com novo superávit

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Resultado foi considerado surpreendente para o mês, segundo BC

Jornal GGN – As transações correntes apresentaram superávit pelo segundo mês consecutivo, para um total de US$ 1,2 bilhão no mês de maio, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Com isso, o déficit acumulado ao longo dos últimos meses chegou a US$ 29,5 bilhões, valor equivalente a 1,70% do PIB (Produto Interno Bruto). O resultado positivo de maio é o maior registrado na série do BC, desde agosto de 2007.  Nos cinco meses do ano, houve déficit de US$ 5,966 bilhões, resultado bem menor do que o registrado em igual período de 2015 (US$ 35,325 bilhões).

Ao longo do período, a conta de serviços registrou despesas líquidas de US$2,5 bilhões no mês, uma redução de 25,7% na comparação com o resultado de maio de 2015. As despesas líquidas com transportes diminuíram 59,8%, comparativamente ao ocorrido em mesmo mês do ano anterior, somando US$ 187 milhões. As despesas líquidas de aluguel de equipamentos recuaram 16,3% relativamente a maio de 2015.

O item viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$ 679 milhões, recuo de 32%, na mesma base de comparação. Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior ficaram em US$ 1,113 bilhão, o menor valor apurado para o mês desde 2009, quando os gastos ficaram em US$ 779 milhões. No mesmo mês do ano passado, as despesas no exterior ficaram em US$ 1,414 bilhão. As receitas de estrangeiros no Brasil ficaram em US$ 434 milhões, em maio, e em US$ 2,754 bilhões, nos cinco meses do ano, contra US$ 417 milhões e US$ 2,498 bilhões registrados, respectivamente, em iguais períodos do ano passado.

As despesas líquidas de renda primária somaram US$ 2,8 bilhões no mês, aumento de 5,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As despesas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$ 1,7 bilhão, recuo de 12,3% ante mês correspondente em 2015, resultado de retrações respectivas de 39,4% e 16,9% nas receitas e nas despesas; enquanto as despesas líquidas de juros somaram US$1,1 bilhão, aumento de 43,6% no período comparativo.

As saídas líquidas de renda de investimento direto totalizaram US$ 2 bilhões, 12,1% acima do observado em mês equivalente do ano anterior. As despesas líquidas de renda de investimentos em carteira atingiram US$ 557 milhões, compostas por despesas líquidas de lucros e dividendos, no total de US$150 milhões; de juros de títulos negociados no mercado externo, no valor de US$ 266 milhões; e no mercado doméstico, com um total de US$ 141 milhões. A despesa líquida de renda de outros investimentos atingiu US$ 556 milhões, aumento de 79,7% na mesma base de comparação, enquanto as rendas de reservas cresceram19,9%.

A conta de renda secundária registrou ingressos líquidos de US$ 273 milhões em maio de 2016. As receitas líquidas de transferências pessoais alcançaram US$106 milhões no mês, resultado 3,6% acima do registrado no mesmo mês do ano anterior.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o resultado de maio surpreendeu, já que a projeção para o mês era de déficit de US$ 200 milhões. Maciel disse que o resultado da balança comercial, com superávit de US$ 6,251 bilhões foi melhor que o esperado e levou ao saldo positivo das transações correntes. “Basicamente o que surpreendeu, no mês, foi o melhor desempenho da balança comercial, com um saldo no mês mais significativo”, disse, segundo informações da Agência Brasil.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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