Déficit em transações correntes atinge US$ 6,42 bilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O déficit em transações correntes no mês de maio chegou a US$ 6,420 bilhões no mês de maio, acima dos US$ 3,422 bilhões contabilizados no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Com o resultado, a variação acumulada entre janeiro e maio deste ano chegou a US$ 39,592 bilhões, bem acima do saldo negativo de US$ 20,851 bilhões registrados nos primeiros cinco meses de 2012. A perda acumulada em 12 meses chegou a US$ 72,972 bilhões, equivalente a 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Já o balanço de pagamentos registrou superávit de US$ 604 milhões em maio.

A conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$ 6,539 bilhões no mês, destacando-se aqueles proporcionados por investimentos estrangeiros diretos (IED), que chegaram a US$ 3,880 bilhões – acumulando US$ 22,856 bilhões no ano.

A conta de serviços registrou déficit de US$ 4,380 bilhões em maio, 19,1% acima do registrado no mesmo mês de 2012 (déficit de US$ 3,677 bilhões). As despesas líquidas com transportes somaram US$ 940 milhões, acréscimo de 13,7%, no mesmo período comparativo, quando o total foi negativo em US$ 827 milhões. O gasto líquido com viagens internacionais atingiu US$ 1,712 bilhão, elevação de 31,9% em comparação ao resultado de maio de 2012, quando o montante foi de US$ 1,298 bilhão.

O saldo decorreu do recuo de 2% nos gastos de viajantes estrangeiros ao Brasil (de US$ 532 milhões em maio do ano passado para US$ 521 milhões) e da expansão de 22% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior, que passaram de US$ 1,829 bilhão em 2012 para US$ 2,232 bilhões.

Dentre os demais itens da conta de serviços, destacaram-se, na mesma base de comparação, as reduções de 9% nas despesas líquidas com aluguel de equipamentos (de US$ 1,569 bilhão em 2012 para US$ 1,429 bilhão), e de 12,4% em royalties e licenças, que atingiram US$ 267 milhões, ante US$ 305 milhões no ano anterior. As despesas líquidas em computação e informações apresentaram elevação de 18,6% frente a maio de 2012, passando de US$ 401 milhões para US$ 476 milhões. As receitas líquidas de outros serviços somaram US$ 839 milhões no mês.

De acordo com os dados divulgados, as remessas líquidas de renda para o exterior caíram 0,9% ante o ocorrido em maio do ano anterior ao somarem US$ 3 bilhões no mês.

As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$ 2,4 bilhões, redução de 7,4% relativamente a maio de 2012, enquanto as despesas líquidas de juros atingiram US$ 648 milhões, ante US$ 504 milhões no mesmo período do ano anterior.

As saídas líquidas de renda de investimento direto totalizaram US$ 1,221 bilhão, superiores aos US$ 861 milhões observados no mês equivalente do ano passado.

As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira somaram US$ 1,413 bilhão, redução de 25,3% na mesma base de comparação (US$ 1,893 bilhão), enquanto as de renda de outros investimentos atingiram US$ 376 milhões, elevação de 25,4% ante os US$ 300 milhões registrados no ano passado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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