Dilma defende reforma da Previdência e meta fiscal flutuante

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A presidenta Dilma Rousseff disse aos senadores e deputados que pretende discutir com o Congresso Nacional a criação de um “limite global” para o crescimento do gasto público e que será necessário adotar “uma margem de flutuação do resultado fiscal para acomodar sua volatilidade”. Dilma compareceu nesta terça-feira ao Congresso para a abertura dos trabalhos legislativos de 2016 e defendeu também a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para aumentar a arrecadação.

Segundo a presidenta, no primeiro semestre deste ano, o governo pretende enviar propostas de reforma para análise dos parlamentares, dentre elas a reforma da Previdência. Ao ler a mensagem com as prioridades do Executivo para este ano legislativo, ela informou que vai encaminhar uma proposta “exequível e justa para o brasileiro”. Dilma disse que pretende adotar medidas para construir uma agenda que permitirá ao país passar do “ajuste fiscal para a reforma fiscal”. Com a leitura do texto, a presidenta indica que o governo vai defender a adoção de uma meta variável para o superávit fiscal, e que estuda a adoção de medidas para reduzir o gasto público.

Ao explicar os motivos da necessidade desse tipo de reforma, ela ressaltou que a Previdência precisa novamente ter sustentabilidade, “em um contexto de envelhecimento da população”. De acordo com a presidenta, o intuito é enviar uma proposta que “aprimore a aposentadoria por idade e tempo de contribuição”.

De acordo com Dilma, a proposta não visa a “tirar direitos dos trabalhadores”, e haverá um ajuste gradual conforme a expectativa de vida da população. “A proposta terá como premissas o respeito aos direitos adquiridos, envolvendo adequado período de transição”, afirmou.

A presidenta também defendeu a aprovação da proposta que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Dilma pediu a aprovação da CPMF ao ler a mensagem com as prioridades do Executivo na abertura dos trabalhos legislativos deste ano. Nos momentos em que argumentou a favor da CPMF, que tramita no Congresso como proposta de emenda à Constituição, parte dos parlamentares vaiou a presidenta em protesto contra medida, enquanto outros, porém, a defenderam com aplausos.

Segundo a presidenta, a medida é a “melhor opção disponível em curto prazo para equilibrar a receita fiscal”. Dilma ressaltou que a proposta será debatida “o quanto for necessário” e apelou aos congressistas para que esta e outras medidas sejam aprovadas, como a Desvinculação das Receitas da União (DRU).

“Em favor do Brasil, devemos estar cientes de que, para a estabilidade fiscal de curto prazo, é imprescindível o sucesso dessas medidas. A CPMF é a ponte necessária entre a urgência do curto prazo e a necessidade de estabilidade fiscal do médio prazo”, afirmou.

 

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

10 Comentários

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  1. O mandato conferido a Dilma

    O mandato conferido a Dilma pelos eleitores que nela votaram em 27 de outubro de 2014 não inclui a reforma da previdência. Dilma não possui legitimidade política para propor essa reforma.  Caso venha a propor essa reforma, Dilma pode ficar sem quem a defenda nas ruas. 

  2. Que morte horrível do Petê
    Dilma como sempre jogando a culpa no colo do trabalhador e dos mais pobres. Nada de taxar os mais ricos, nada de investir em educação, nem saúde, nem saneamento básico, nada de melhorar a vida do brasileiro

  3. fica Dilma! salvem o Lula!

    e tu que acreditava

    mandar em todo mundo

    por isso nunca foste

    capaz de perdoar

    cruel e desalmado

    de todos tu te rias

    hoje imploras carinho

    até por piedade

    aonde esta teu orgulho

    cadê tua coragem

    tu hoje estas vencido

    imploras caridade

    já vês que não é certo

    amar sem ser amado

    e assim tão derrotado

    que lastima me dás

     

    maldito coração

    me alegra que tu sofras

    que chores que te humilhes

    assim frente a esse amor

    a vida é uma roleta

    em que apostamos tudo

    e a ti sempre foi dado

    o direito de ganhar

    mais hoje a tua sorte

    faltou não vai chegar…

    falhaste coração

    não voltes a jogar….

     

    buuuummmm!        

    .

     

  4. na reforma da previdencia o

    na reforma da previdencia o trabalhador não perderia nada e essa proposta da presidenta

    pode ser uma jogada para que seja aprovado o que mais interessa – cpmf e o lance da dru…

    estrategicmente, é melnor fazer a reforma da previdencia por um governo

    popular do que deixar para os liberais fazerem isso, porque aí as perdas seriam muito maiores…

    afinal, o essencial é destravar a economia logo, o que beneficia o trabalhador agora e no futuro….

    aliás, criticar a dilma por isso, é ajudar a direita a retirar do poder do

    governo popular em 2018, o que seria muito pior para os trabslhadores, com certeza…. 

    quem não pensa estrategicamente, perde já na tática para vencer o adversário……

  5. falavam que o problema era os neo liberais voltarem ao poder

    eles reduziram os direitos dos trabalhadores e beneficiariam banqueiros

     

    a Dilma mostra que esse temor é certo…

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