Dívida mobiliária já representa 45,7% do PIB

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Maioria da dívida mobiliária possui vencimento a partir de 2017

Jornal GGN – A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central e avaliada pela posição de carteira, chegou a R$ 2,744 trilhões no mês de maio, o que representa 45,7% do PIB(Produto Interno Bruto), o que representa um acréscimo de R$ 74 bilhões em relação ao visto no mês anterior, segundo levantamento divulgado pelo Banco Central. O resultado refletiu emissões líquidas de R$ 44,3 bilhões, um acréscimo de R$ 700 milhões em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$ 29 bilhões.

Os destaques do período ficaram com as emissões líquidas de R$ 35,5 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 6,4 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F), de R$ 3,5 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro), e de R$ 800 milhões em CFT-E (Certificado Financeiro do Tesouro – Série E); e os resgates líquidos de R$ 1,8 bilhão em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B).

A participação por indexador, em relação a abril, mostra que a porcentagem dos títulos indexados ao câmbio permaneceu em 0,4%; a dos títulos vinculados à taxa Selic manteve-se em 19,6%; a dos títulos prefixados elevou-se de 25,9% para 26,9%, pelas emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços reduziu-se de 26,2% para 26,1%. A participação das operações compromissadas caiu de 27,5% para 26,7%, apresentando compras líquidas de R$ 24,9 bilhões.

Em maio, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado mostrava que R$ 269,5 bilhões, ou 9,8% do total, possui vencimento em 2016; R$ 354,3 bilhões (12,9% do total) vence em 2017; e R$ 2,120 trilhões (ou 77,3% do total) vence a partir de janeiro de 2018.

No final de maio a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 221,4 bilhões. O resultado dessas operações no mês (diferença entre a rentabilidade dos Depósitos Interfinanceiros e a variação cambial mais cupom) foi desfavorável ao Banco Central em R$3,1 bilhões.

Dívida líquida do setor público

Já o total da dívida líquida do setor público chegou a R$ 2,379 trilhões (equivalente a 39,6% do PIB) em maio, o que corresponde a um aumento de 0,2 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior. No ano, houve elevação de 3,5 pontos na relação DLSP/PIB, decorrente da incorporação de juros (+2,5 pontos), do impacto da valorização cambial de 7,9% no período (1,6 ponto), do déficit primário (0,2 ponto), do efeito do crescimento do PIB nominal (-0,6 ponto), do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (-0,2 ponto) e do reconhecimento de ativos (-0,1 ponto).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 4,113 trilhões em maio (68,6% do PIB), elevando-se 0,9 ponto do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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