Dívida Pública federal atinge R$ 2,496 trilhões em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) apresentou crescimento de 1,83% no mês de maio ante abril, passando de R$ 2,451 trilhões para R$ 2,496 trilhões. Esta variação deveu-se à emissão líquida, no valor de R$ 13,10 bilhões, acrescida pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 31,65 bilhões, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional.

O total de emissões da Dívida Pública Federal chegou a R$ 86,09 bilhões enquanto os resgates ficaram em R$ 72,98 bilhões resultando em uma emissão líquida de R$ 13,11 bilhões, sendo R$ 13,55 bilhões referentes à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna e R$ 440 milhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa. . De acordo com a programação do Tesouro Nacional, a Dívida Pública Federal deverá encerrar o ano entre R$ 2,45 trilhões e R$ 2,6 trilhões.

Ao longo do período, a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi)  teve seu estoque elevado em 1,64%, ao passar de R$ 2,333 trilhões para R$ 2,372 trilhões, devido à emissão líquida, no valor de R$ 13,55 bilhões, acrescida pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 24,70 bilhões.

As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 86,09 bilhões: R$ 64,55 bilhões (74,98%) em títulos com remuneração prefixada; R$ 7,58 bilhões (8,80%) em títulos indexados a taxa flutuante e R$ 13,91 bilhões (16,16%) remunerados por índice de preços. Do total das emissões, R$ 82,60 bilhões foram emitidos nos leilões tradicionais e R$ 0,95 bilhão nos leilões de troca, além de R$ 2,41 bilhões relativo às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto e R$ 130 milhões referentes às emissões diretas.

O total de resgates de títulos da DPMFi foi de R$ 72,54 bilhões, com destaque para os títulos índice de preços, no valor de R$ 71,97 bilhões (99,22%). Os vencimentos efetivos do período totalizaram R$ 68,27 bilhões.

Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve elevação de 5,53% sobre o estoque apurado no mês de abril, encerrando maio em R$ 124,19 bilhões (US$ 39,07 bilhões), sendo R$ 112,91 bilhões (US$ 35,52 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 11,28 bilhões (US$ 3,55 bilhões), à dívida contratual. A variação deveu-se unicamente à desvalorização do Real frente às moedas que compõem o estoque da dívida externa. 

No mês de maio não houve ingressos na DPFe. Os resgates da DPFe, por sua vez, totalizaram R$ 442,23 milhões, sendo R$ 178,89 milhões referentes ao pagamento de principal e R$ 263,34 milhões ao pagamento de juros, ágio e encargos.

Em relação à composição da DPF, houve ligeira redução na participação da DPMFi, passando de 95,20%, em abril, para 95,02%, em maio. Em contrapartida, a DPFe teve sua participação ampliada de 4,80% para 4,98%. A parcela dos títulos com remuneração prefixada da DPF passou de 39,69%, em abril, para 41,92%, em maio. A participação dos títulos indexados a índice de preços apresentou redução, passando de 35,41% para 32,85%. Já os títulos remunerados por taxa flutuante tiveram sua participação ampliada, passando de 20,09% para 20,21%.

Quanto à composição dos vencimentos, o percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentou redução, passando de 22,82%, em abril, para 21,07%, em maio. O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 23,44%, em abril, para 21,63%, em maio. Os títulos prefixados correspondem a 79,21% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a taxa flutuante, os quais apresentam participação de 11,40% desse total.

Em relação à DPFe, observou-se que o percentual vincendo em 12 meses passou de 10,53%, em abril, para 10,42%, em maio, sendo os títulos e contratos denominados em dólar responsáveis por 53,40% desse montante. Destaca-se que os vencimentos acima de 5 anos respondem por 55,77% do estoque da DPFe.

O prazo médio da DPF apresentou aumento, passando de 4,67 anos, em abril, para 4,69 anos, em maio. O prazo médio da DPMFi ampliou-se, ao passar de 4,54 anos para 4,56 anos. Já o prazo médio da DPFe reduziu de 7,22 anos para 7,17 anos.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Uma dívida pública neste

    Uma dívida pública neste montante interessa a quem? com o juros da taxa selic em 13,75%a.a., vê-se quantas centenas de bilhões de reais são desperdiçados para pagar banqueiros/especuladores e quanto os pobres, a classe média, os empresários que querem investir no país perdem. O aumento do desemprego é culpa do governo Dilma e desta política monetária maluca e insensata, que vai levar o Brasil para o buraco em pouco tempo.

  2. Para que serve o ajuste fiscal

    O ajuste fiscal vem de facto desde o final do ano passado, logo após as eleições. Antes do anúncio dos cortes houve um contingenciamento com cortes (em lugar de 1/12 se gastou 1/18), medidas que não eram anunciadas como sendo do ajuste – diminuição no financiamento do minha casa, minha vida por exemplo. Os efeitos prometidos não vieram – a dívida pública aumenta e a arrecadação cai, compromentendo o deixa resto para pagar a banca eufemisticamente conhecido como ‘superávit primário’. Os efeitos negados já chegaram – recessão e desemprego. Então para que serve o ajuste fiscal?? Ele é uma politica estrutural e não conjuntural: é uma politica para dizimar os serviços públicos – não a toa o maior corte de verba foi em saúde, educação e cidades(o que significa programas como saneamento básico e mobilidade urbana). É mais um passo em transformar o Estado em mínimo na economia e nos direitos sociais e máximo na repressão.

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