Entrada de investimento externo segue resiliente, diz BC

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Mesmo com a retirada do grau de investimento (selo de bom pagador) do Brasil e a troca de ministro da Fazenda, a entrada de investimentos diretos no país, recursos que vão para o setor produtivo da economia, é resiliente, segundo avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

Hoje (21), o BC informou que o investimento estrangeiro deve ficar em US$ 66 bilhões este ano, contra a previsão anterior de US$ 65 bilhões. Para 2016, a estimativa é menor: US$ 60 bilhões. Segundo Maciel, as projeções foram elaboradas depois do anúncio do segundo rebaixamento do Brasil para grau especulativo. No último dia 16, a agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou a retirada do grau de investimento do país. Em setembro, a Standard&Poor’s já havia feito a redução da nota do Brasil para grau especulativo.

“Fizemos as projeções depois que houve o segundo downgrade [rebaixamento da nota do país]. A mudança de ministro não altera em nada nossas projeções”, disse Maciel. Questionado sobre a alta do dólar por influência da troca de ministro, Maciel disse que as oscilações do câmbio são circunstanciais e 2015 já está acabando. “Em 2016, há fundamentos que justificam as projeções”, disse.

Na última sexta-feira (18), a presidenta Dilma Rousseff anunciou a substituição de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no comando do Ministério da Fazenda. Barbosa era ministro do Planejamento.

Segundo Maciel, mesmo com a redução da atividade econômica e os “eventos não econômicos”, o fluxo de investimento estrangeiro tem se mostrado resistente porque é resultado de estratégia de longo prazo das empresas. “O país continua sendo um mercado atrativo, com 200 milhões de consumidores”, argumentou. Além disso, acrescentou Maciel, com a alta do dólar, a compra de ativos no Brasil fica mais barata para estrangeiros.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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