Superávit nas contas do governo cai 28% no semestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O esforço fiscal realizado pelo Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) atingiu R$ 34,372 bilhões durante o primeiro semestre do ano, resultado 28,3% inferior ao visto no mesmo período do ano passado (R$ 47,968 bilhões), segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

O resultado representa o pior superávit primário desde 2010, e reflete a redução de R$ 7,1 bilhões (10,3%) no superávit do Tesouro Nacional, aumento de R$ 6,5 bilhões  (31,5%) no déficit da Previdência Social e de R$ 24,2 milhões (8,4%) no déficit do Banco Central.

O superávit primário registrado em junho foi de R$ 1,274 bilhão, resultado 13,7% maior que o do mesmo mês do ano passado, mas 78,6% abaixo do registrado em maio, quando o saldo atingiu R$ 5,959 bilhões. O resultado foi diretamente influenciado pelo recebimento de R$ 3,792 bilhões em dividendos de estatais, dos quais R$ 1,986 bilhão vieram do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e R$ 1,2 bilhão foram repassados pela Caixa Econômica Federal. Somente no primeiro semestre, o governo recebeu R$ 7,695 bilhões em dividendos de estatais, menos da metade dos R$ 22 bilhões esperados para 2013.

De acordo com o Tesouro, as receitas do Governo Central apresentaram redução de R$ 2,2 bilhões (2,4%), passando de R$ 92,7 bilhões em maio para R$ 90,5 bilhões em junho de 2013, por conta da redução de R$ 2,6 bilhões (9,3%) na arrecadação de contribuições. As despesas subiram R$ 6 bilhões (8,8%) no comparativo entre maio e junho de 2013. Observou-se aumento de R$ 6,1 bilhões (15,2%) nas despesas do Tesouro Nacional e redução de R$ 120,4 milhões (0,4%) nas despesas da Previdência Social.

Os investimentos, que englobam as obras públicas e a compra de equipamentos, desaceleraram pelo terceiro mês consecutivo e cresceram apenas 1% no acumulado de janeiro a junho na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2013, os investimentos somaram R$ 33,2 bilhões, contra R$ 32,8% bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O crescimento acumulado desse tipo de gasto somava 8,8% até abril e 2,3% até maio.

Impulsionadas pelo pagamento de sentenças judiciais e precatórios e de reajustes concedidos em anos anteriores, as despesas com pessoal aceleraram em 2013. Nos seis primeiros meses do ano, o gasto com o funcionalismo cresceu 7,6%, contra expansão de 2,9% registrada no mesmo intervalo de 2012.

A Dívida Líquida do Tesouro Nacional – DLTN alcançou o montante de R$ 949,3 bilhões em junho, um aumento de R$ 612 milhões em relação ao registrado no mês anterior, consequência do aumento de R$ 4,5 bilhões na dívida interna líquida e redução de R$ 3,9 bilhões no estoque da dívida externa líquida.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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