Juros do crédito ficam estáveis em 21,1%, segundo BC

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Considerando as operações com recursos livres e direcionados, a taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro ficou estável em 21,1% em abril, o que representa um aumento de 2,6 pontos percentuais em doze meses, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.

No crédito com recursos livres, a taxa média manteve-se em 31,7% ao ano, com variação de 5,4 pontos em doze meses. No segmento com recursos direcionados, o custo médio permaneceu em 8% ao ano, com aumento de 1 ponto, comparativamente a abril de 2013.

Nas operações com pessoas físicas, a taxa média de juros manteve-se em 27,7% ao ano, após avanço de 3,4 pontos em doze meses. No segmento com recursos livres, a taxa média situou-se em 42% ao ano, após elevação mensal de 0,4 ponto, com destaque para a alta de 5 pontos percentuais na modalidade crédito pessoal não consignado. As operações com recursos direcionados apresentaram custo médio de 7,7% ao ano, após redução de 0,3 ponto no mês, refletindo o declínio de 0,6 ponto na taxa média dos financiamentos imobiliários.

No caso do cheque especial, houve alta de 2,5 ponto percentual para 161,8% ao ano. Também houve alta no crédito pessoal: 5 ponto percentual para 99,1% ao ano. A taxa média do crédito consignado ficou estável em 25,3% ao ano e para a compra de veículos caiu 0,9 ponto percentual para 22,6% ao ano.

Nos empréstimos às empresas, a taxa média permaneceu em 16% ao ano pelo terceiro mês consecutivo, registrando elevação de 2 pontos percentuais em doze meses. Nas operações com recursos livres, o custo médio caiu 0,2 ponto no mês, situando-se em 22,9% ao ano, refletindo a queda de 0,5 ponto na modalidade capital de giro. No segmento com recursos direcionados, a taxa média atingiu 8,2% ao ano, um aumento de 0,2 ponto no mês.

Consideradas as contratações com recursos livres e direcionados, o spread bancário das operações de crédito ficou em 12,5 pontos percentuais, após aumentos de 0,2 ponto no mês e 0,8 ponto em doze meses. Os spreads relativos aos segmentos de pessoas jurídicas e pessoas físicas corresponderam a 7,8 pontos e 18,6 pontos percentuais, respectivamente.

A inadimplência do sistema financeiro, referente a operações com atrasos superiores a noventa dias, manteve-se em 3% pelo quinto mês consecutivo, com declínio de 0,6 ponto na comparação com igual período do ano anterior. O indicador registrou estabilidade nos segmentos de pessoas jurídicas e pessoas físicas, cujas taxas situaram-se, respectivamente, em 1,9% e 4,4%. Nas operações com recursos livres, a inadimplência manteve-se em 4,8%. Nas operações com recursos direcionados, o indicador situou-se em 1,1%, após aumento de 0,1 ponto no mês e redução de 0,1 ponto em doze meses.

Segundo informações da Agência Brasil, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, afirmou que as taxas de juros não devem seguir em ritmo de aumento, como observado nos últimos meses. Essa expectativa é devido à interrupção do ciclo de alta da taxa básica Selic, que serve de referência para os juros cobrados pelos bancos.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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