Temer amplia o déficit e contraria discurso de governo quebrado

Jornal GGN – O ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, fechou na última segunda-feira (20) um acordo com os governadores dos Estados e garantiu uma carência de seis meses para que eles passem a pagar as dívidas que têm com a União. Encerrada a carência, em janeiro de 2017, as parcelas voltam a ser cobradas de forma escalonada.

A decisão do governo é mais uma que contraria a lógica de Estado falido, usada pela oposição para atacar Dilma Rousseff. Sem criar novos impostos, para não contrariar o empresariado, temer concedeu reajustes ao Judiciário, permitiu a criação de cargos de confiança no Legislativo e concedeu subsídios aos governadores.

Com isso, já conseguiu ampliar o déficit das contas públicas para R$ 170 bilhões. No meio tempo, Dilma segue sendo julgada no Senado Federal por irresponsabilidade fiscal.

Enviado por Webster Franklin

Do Brasil 247

Anistia de Temer a Estados contradiz discurso do governo quebrado

Após chegar ao poder com um impeachment construído sob a tese de que a presidente Dilma Rousseff quebrou o País com suas “pedaladas fiscais”, o interino Michel Temer toma mais uma decisão que contribui para a deterioração das contas públicas, ao conceder aos estados carência de seis meses nos pagamentos de suas dívidas; até agora, Temer já ampliou o déficit para R$ 170 bilhões (o que deve se repetir em 2017), concedeu reajustes ao Poder Judiciário, permitiu a criação de cargos de confiança no Legislativo e concedeu subsídios aos governadores; além disso, aumentos de impostos foram descartados para não contrariar o empresariado; o resultado da gestão provisória será um país em condições fiscais muito piores do que as que foram entregues pela presidente Dilma Rousseff; Temer comentou a renegociação: “Depois de um longo inverno, parece que a luz se acendeu no horizonte”

247 – O presidente interino Michel Temer, como todos sabem, conquistou o poder provisório a partir da tese de que a presidente eleita Dilma Rousseff quebrou o País com suas “pedaladas fiscais”.

Pois bem: se a tese era verdadeira, Temer deveria promover um ajuste das contas – e não alargar ainda mais o rombo fiscal.

Nesta segunda-feira, no entanto, ele tomou mais uma medida expansionista, do ponto de vista fiscal, ao conceder anistia de seis meses aos estados nos pagamentos de suas dívidas.

Até agora, Temer já ampliou o déficit para R$ 170 bilhões (o que deve se repetir em 2017), concedeu reajustes ao Poder Judiciário, permitiu a criação de cargos de confiança no Legislativo e concedeu subsídios aos governadores.

Além disso, aumentos de impostos, como a volta da CPMF, foram descartados para não contrariar o empresariado.

Com Isso, o resultado da gestão provisória será um país em condições fiscais muito piores do que as que foram entregues pela presidente Dilma Rousseff.

No Twitter, Michel Temer comentou a renegociação com os Estados: “Depois de um longo inverno, parece que a luz se acendeu no horizonte”.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters:

Governo fecha acordo e Estados terão carência total por 6 meses na dívida

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e governadores fecharam acordo nesta segunda-feira sobre a renegociação da dívida dos Estados com a União, por meio do qual não terão de desembolsar nenhuma parcela por seis meses, afirmou o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB).

Segundo ele, os Estados voltarão a pagar suas parcelas da dívida em janeiro, de forma escalonada. Meirelles esteve reunido nesta tarde com diversos governadores para tratar sobre o tema.

“Teremos uma carência no pagamento da dívida de seis meses. A carência total. Depois, nós teremos a partir de janeiro uma redução proporcional em 18 meses”, afirmou Rollemberg a jornalistas, acrescentando que a parte da dívida que foi judicializada será paga pelos Estados em 24 meses.

Em princípio, os Estados queriam carência total por dois anos, enquanto o Tesouro havia proposto pagamento da dívida de 100 por cento até julho e, a partir daí, cairia a cada bimestre até chegar a 40 por cento em julho de 2017, patamar que ficaria congelado até dezembro daquele ano. A partir daí, voltaria cair até zerar a carência em 2018.

(Reportagem de César Raizer)

Redação

2 Comentários

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  1. pois é, né… mas se

    pois é, né… mas se recuperar o discurso do henrique meireles, a fim de explicar o deficit de 174 bi, vê-se que nele está computada essa eventual ajuda aos estados, bem como o aumento dos servidores públicos. Assim, as medidas propostas não enganam  ninguém. Já se sabe o tramanho do buraco (aliás, cratera) e já se sabe qual é a proposta para ir tapando essa vossoroca. Também já se sabe que, dentre uma das contrapartidas a que se submete os governadores, está o de também cumprir o teto fiscal que vai ser sumetido ao congresso. Ou seja, já se sabe tudo… parece que, ao contrário do que muito tem se falado em alguns círculos que teimam em não enxergar, estão sendo erguidas todas as condições para que a Dilma não volte. Essa ajuda aos governadores foi golzão de placa…

  2. Não contraria em nada o

    Não contraria em nada o discurso do governo quebrado.

    GOVERNO FEDERAL JAMAIS QUEBRA PORQUE ELE PODE EMITIR TITULOS DE DÍVIDA PÚBLICA E PAPEL MOEDA.

    JÁ OS ESTADOS NÃO TEM ESSA PRERROGATIVA.

    Se o governo não desse um refresco na dívida dos estados muitos simplesmente entrariam em colapso financeiro e não poderiam nem sequer pagar salários, pensões e o custeio da educação e saúde.

     

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