Alto Custo Brasil encarece produção nacional

Jornal GGN – Estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que, em 2013, o Custo Brasil fez com que as mercadorias produzidas aqui fossem 33,7% mais caras do que produtos importados de países parceiros como Alemanha, Argentina, Chile e França. Segundo o levantamento, descontados efeitos como a valorização cambial, o Custo Brasil encareceu em 23,4% os produtos produzidos pela indústria nacional.

Na comparação com os países desenvolvidos, os preços dos produtos manufaturados no Brasil ainda são 29,9% mais caros. Em relação aos países emergentes, essa diferença é ainda maior: 36,9%. A pesquisa apurou ainda que o custo do produto brasileiro é 32,3% superior ao de uma mercadoria da China. De acordo com o relatório, as alíquotas do imposto de importação são insuficientes para derrubar a desvantagem de competição da indústria de transformação brasileira.

Segundo o estudo, a valorização cambial prejudica a expansão da indústria e, consequentemente, da economia. “A valorização cambial provoca redução do preço de produtos importados, tal redução é mais significativa que a ocorrida no custo de produção da indústria de transformação nacional, uma vez que a maior parte da sua estrutura de custos é insensível a variações de taxa de câmbio”, afirma o relatório.

O levantamento conclui que, juntos, Custo Brasil e valorização cambial explicam o fraco desempenho da indústria de transformação, repercutindo em um baixo nível de investimento e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) “muito aquém do necessário”. A análise ainda afirma que “as deficiências do ambiente de negócios não podem ser compensadas por melhorias nas estratégias empresariais”. 

Redação

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