Abimaq lança manifesto contra desavenças políticas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

 
Jornal GGN – A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) lançou um manifesto em apoio à legalidade e à Constituição, mas também em defesa da Justiça, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. “A atual crise ética e política têm sido catastrófica para a indústria e trabalhadores”, publicou a entidade. 
 
“Nós da ABIMAQ repudiamos que as desavenças e embates políticos se sobreponham aos interesses maiores da nação. A indústria, que já vem agonizando há anos em um claro processo de desindustrialização por conta de equívocos cometidos na política econômica, não suportará esse quadro de profundas incertezas que só pioram as perspectivas econômicas”, posicionou-se.
 
Leia a nota completa:
 
Avança Brasil!
 
A ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, entidade que representa mais de 7,5 mil fabricantes de máquinas e equipamentos em todo o território nacional, acredita que as instituições brasileiras estão em pleno funcionamento, fruto do amadurecimento da nossa democracia.
 

 
Neste contexto, reiteramos as expressões do nosso total e irrestrito apoio ao princípio da legalidade, respeito aos preceitos estabelecidos na Constituição Federal e obediência ao devido processo legal.
 
Reafirmamos o nosso apoio ao Poder Judiciário, à Polícia Federal e ao Ministério Público na apuração e responsabilização daqueles que praticaram atos ilícitos ou que se beneficiaram deles, em detrimento de toda a sociedade brasileira e que resultaram em uma das maiores crises políticas e econômicas da história do Brasil.
 
A sociedade brasileira tem pressa, espera e cobra das instituições uma solução rápida para o impasse que se estabeleceu na política brasileira e que tanto tem prejudicado a nossa economia. O Brasil parou e precisa voltar a caminhar rumo ao restabelecimento da economia, o que só será possível com a rápida solução da crise política.
 
A atual crise ética e política têm sido catastrófica para a indústria e trabalhadores. Nós da ABIMAQ repudiamos que as desavenças e embates políticos se sobreponham aos interesses maiores da nação. A indústria, que já vem agonizando há anos em um claro processo de desindustrialização por conta de equívocos cometidos na política econômica, não suportará esse quadro de profundas incertezas que só pioram as perspectivas econômicas.
 
O Brasil tem pressa. É imprescindível restabelecer a governabilidade sejam quais forem os desdobramentos do processo de impeachment que tramita no Congresso Nacional.
 
O setor produtivo cobra celeridade, serenidade e espírito público daqueles que compõem os três poderes da República, para que o país possa retomar o caminho da confiança e crença no futuro, que passa, necessariamente, por reascender o espírito empreendedor dos brasileiros, com a retomada da indústria e geração de empregos.
 
Carlos Pastoriza
Presidente – Conselho de Administração da ABIMAQ / SINDIMAQ

 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

19 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Uma das mais belas peças

    Uma das mais belas peças jamais produzidas, texto que deve ser emoldurado e pendurado em todas áreas de serviços para haja reflexão sobre tais palavras. Parabéns Carlinhos, o tio achou lindo!

  2. Sem  surpresa;  os  “capos”

    Sem  surpresa;  os  “capos” da Indústria e do Comércio  ,  como  em  64,  estão apoiando e participando das tramas golpistas.  Detestam  ver o povão  melhorando de vida…

  3. Crises da Abimaq

    Falar em crises política e econômica sem falar em crise jurídica é apenas apoio ao golpe. De todas as instituições, o Judiciário é o último bastião de uma nação. No momento em que ele fica corrompido, como é o caso do Brasil atual, acaba totalmente a confiança nas instituições. Mas ao empresariado nunca interessou um judiciário eficiente e isento. Ao contrário, sempre contou com um judiciário dupla-face, com pesos e medidas diferentes de maneira a preservar o status quo. 

  4. Oras,essa gente teve toda a

    Oras,essa gente teve toda a oportunidade do mundo de ajudar a colocar o Brasil em outro patamar de desenvolvimento durante,principalmente o segundo mandato do presidente Lula e o primeiro da presidenta Dilma. Tiveram a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em níveis internacionais,tiveram um dólar baratissimo onde era possível importar maquinários de ponta para a modernização de nosso parque industrial do qual a ABIMAQ é FUNDAMENTAL,tiveram fartos recuursos DO BNDES para que tudo isso fosse possível.

    Fizeram alguma coisa? Não! Essa gente,no lugar de investir,começou a importar pecinhas e conjuntinhos de peças visando o lucro rápido e o desmonte de suas própria indústrias. Compraram seus SUVs que em breve servirão de carros de entrega.Fizeram tudo,menos investir na produção.

    Agora e?ssa gente vem se manifestar pela legalidade e em defesa da PF e da justuiça.

    Que justiça?Que MPF?  Que PF?

    Quem não está defendendo a PF é a própria PF que,no lugar de portar-se como um polícia de Estado,porta-se como um polícia política .

    A justiça,pelo menos na primeira instância,não tem ficado atrá da PF no seu partidarismo,tendo mesmo orientado a que procedesse neste sentido o mesmo ocorrendo com o messiânico MPF.

    Essa gente vai perdeu toda a oportunidade de estar na ponta de cima do mundo. Agora,se tiverem sorte,ficarão na ponta de baixo.

     

  5. Tatibitate

    Esqueçam o tatibitate do Carlinhos.  Em 200 anos

    não subscreverá mesmice melhor que essa. É da sua

    natureza. Um “sem-noção”.

    Apenas gostaria de saber quanto lhe coube

    no rateio do filet mignon

    1. Os que mais ROUBAM , até

      Os que mais ROUBAM , até mesmo fora dos impostos que DEVERIAM recolher (maior roubalheira do Brasil é a sonegação de impostos-vide parte na Op.Zelotes), agora estão dando palpites?  Acho que ele, o tal carlos pastoriza,  está só brincando. 

  6. Que coisa heim? Agora os

    Que coisa heim? Agora os maiores ladrões de dinheiro público (vide operação Zelotes para começar), estão “apoiando a Lei?  Sonegam (se apropriam) de  IMPOSTOS que apenas teriam que RECOLHER (EMPRESAS NÃO PAGAM IMPOSTOS NO BARSIL, APENAS RECOLHEM,  NA MAIOR PARTE) ao Governo, aumentando assim a carga para o POVO e querem falar em JUSTIÇA????  

    Deveriam estar confessando seu apoio irrestrito (até meio burro) as empresas de comunicação (grandes ladrões de dinheiro público também) como muitos deles fizeram em 1964.  Cada Brasileiro prejudicado nos próximos tempos por culpa desse GOLPE em andamento, será creditado a eles.

  7. só faltou a entidade condenar

    só faltou a entidade condenar o verdadeiro estado de exceção em

    que vivemos com a tendencia da justiça em julgar e condenar

    apenas um dos lados do campo político…

    não ficou muito claro quem apóiam, mas só o fato de

    esquecerem disto já é quase uma definição pelo golpe.,…

    lamentável se for isto…

  8. Nominata completa – Seus pais estiveram no golpe de 1964 e 1954

    DIRETORIA ABIMAQ

     

    Presidente – Carlos Buch Pastoriza

    [email protected](11) 5582-5717

    Presidente Executivo – José Velloso Dias Cardoso

    [email protected](11) 5582-5717

    1º Vice-Presidente – Luiz Aubert Neto

    [email protected](11) 5582-5717

    2º Vice Presidente – João Carlos Marchesan

    [email protected](11) 5582-5717

    3º Vice Presidente – Pedro Ariovaldo Lucio

    [email protected](11) 5582-5717

    4º Vice Presidente – Cesar Prata

    [email protected](11) 5582-5717 DIRETORES CONSELHEIROS: Germano Fehr NetoMarcelo Luiz Moreira VenerosoLuiz BarellaMathias ElterShotoku YamamotoWilson Carnevalli VICE PRESIDENTES: Wilson Miguel CarnevalliVandemir Francesconi Jr.Elizabeth Bighetti BozzaGilberto Junqueira ZancopéRicardo CastiglioniWagner SettiJose Roberto Mendes da SilvaLivaldo Aguiar dos SantosJoão Luiz SverzutFernando BuenoDjalma Valdemir BordignonHélio Campos Mello GuidaAlfredo Miguel NetoGilson Lari TrennepohlCarlos José Bernardes da Costa Nobre da ConceiçãoValter Zutin FurlanRoberto Ferraretto de MelloWalter Baldan FilhoCarlos Antonio BonfantiSuely Aparecida Toka Agostinho DIRETORIA PLENÁRIA: Acir Ferreira de Camargo JuniorAndré Ricardo TellesAntonio Florindo ZanetteCelso Luis Santa CatarinaClaudio Camargo PenteadoFernando Buendgens SchneiderGustavo Moliterno da CruzHertz PoliloIngo DietzoldJosé Alfredo Marques da RochaJosé Benedito Lázaro da SilvaJosé Francisco Gonzalez DavosJosé Vitorio CiolaLuciano Pontes RodriguesMarco Yukishigue YashiroMaria Lúcia Graciano GalloMauro Fideli Franco do CoutoMilton Pessôa RezendeNewton Roberto ZanettiPedro Constantino EvangelinosRafael Jordão Motta VecchiattiRicardo Prado dos SantosRodrigo Maluf BarellaSérgio Cintra CordeiroSidney Mattos JúniorSilvio OrsiniWagner Marques BarbosaWagner Vilela CipollaWaldir AlbrechtWalter Xícrala Brait Silva CONSELHO FISCAL: Gilberto PoletoAlexandre Roberto Ribenboim FixOsvaldo Vieira CassianoAmilton MainardiDanilo Bonassi LapastiniCarlos Haydu Junior VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE MINAS GERAIS Marcelo VenerosoMarcelo Neto Botelho VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE PÍRACICABA Erfides Bortolazzo SoaresCarlos Henrique Novaes Banov VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE NORTE NORDESTE Javert Lamartine de Carvalho  JuniorJose Antonio de Souza Leão Filho  VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE RIO DE JANEIRORaul Eduardo David De SansonMarcelo Medeiros de Campos VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE RIBEIRÃO PRETO Celso Aparecido CassianoAlessandra Fabiola Bernuzzi Andrade VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE PARANÁ Marcello LupariaVanderly Sigmar e Sá VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE VALE DO PARAÍBA Mário Vedovello SarrafJose Wilmar de Mello Justo Filho VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE SANTA CATARINA Vendelino Titz  VICE PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE ADJUNTO – SEDE RIO GRANDE DO SUL Hernane Kaminski CauduroSelina Margarete Stihl

     

  9. As lideranças empresariais de

    As lideranças empresariais de hoje não tem absolutamente nada a ver com as de 1964.

    EM 1964 as lideranças eram de industriais verdadeiros, donos de empresas, todos se conheciam e faziam parte do mesmo grupo social, frequentavam os mesmos clubes, participavam das mesmas festas e ferias no Guaruja, Campos do Jordão e Bariloche, Miami ainda não estava na rota.

    Hoje só tem arrivistas e alpinistas, são executivos que subiram nas empresas onde começaram como vendedores, não tem

    a mesma coesão social e cultural, cada um deles tem um projeto de ascensão, alguns querem ser politicos e usam as associações como plataformas, Paulo Skaf é um exemplo típico.

    Portanto esses MANIFESRTOS tem que ser vistos dentro desse novo contexto, representam apenas um degrau no projeto do dirigente, nada mais que isso, alguem sabe no grande publico quem é o presidente da Confederação Nacional da Industria-CNI?  Nos tempos de Getulio todos sabiam, era um personagem nacional e falava pelas “classes produtoras”,

    sua opinião tinha peso e ressonancia, hoje é nota de rodapé, o importante é o dirigente da associação dos delegados.

     

  10. “Eu quero é garantir o meu, f

    “Eu quero é garantir o meu, f da-se a democracia! Pouco importa se é ditadura, se é fascismo, ou o que for, desde que eu ganhe dinheiro”. Sim, tenho ouvido coisa mais ou menos assim.

  11. eu ficaria contente se eles se limitassem a pagar o que devem!

    esse é um dominio da cidadania, não do empresariado. foram eles que transformaram a política nesse nojo que vemos hoje. em suma não fizeram nada de bom.

  12. Um exemplo clássico de

    Um exemplo clássico de midiota desse pretenso líder empresarial. kkkkk… sua nota só serve para ele se sentir importante.

  13. O velho papo de que o bolo tem que crescer

    Economia legal prá essa turma foi o “Milagre Econômico” do Delfin: arrocho salarial e crescimento do PIB per capita nos 20 anos de ditadura menor que o dos vinte anos anteriores. O que interessa é concentração de renda.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador