Banco Central começa segunda reunião do Copom

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Decisão será divulgada na quarta-feira; juros estão em 14,25%

Jornal GGN – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central dá início nesta terça-feira a uma reunião de dois dias para definir a taxa básica de juros (Selic) do país que vai vigorar pelos próximos 45 dias. Esse será o segundo encontro no ano. A decisão será divulgada na quarta-feira, após o fechamento dos mercados.

A expectativa é que a taxa básica de juros continue no patamar de 14,25%, como tem sido desde julho do ano passado. A estimativa apurada no último relatório Focus, elaborado semanalmente pelo BC a partir da consulta a diversos economistas, é que a Selic feche o ano em 14,25%, caindo para 12,50% no ano que vem.

Em nota, o economista Nelson Marconi, professor da FGV/EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), diz que um novo aumento dos juros pode comprometer ainda mais a situação econômica. “Ainda mais que a economia brasileira sofrerá um baque esta semana com a queda do PIB de 2015 em torno de 4%. Logo, aumentar a taxa de juros também eleva a despesa com juros e a dívida pública, aumentando a insegurança de investidores e contribuindo para elevar ainda mais a taxa de câmbio, o que pode pressionar a inflação. Diminuir a Selic no atual cenário de inflação elevada também não é possível, pois passaria a impressão de que o Banco Central diminuiu a preocupação com o avanço da inflação. Portanto, a estabilidade é a solução mais provável”, explica.

Em relação à inflação, Marconi diz que ela deve cair nos próximos meses. “A inflação cairá um pouco em relação à observada no ano passado, porque os impactos mais fortes dos reajustes de preços administrados – como energia e combustíveis – já terão se dissipado. Se a taxa de câmbio não subir mais, a pressão sobre os preços dos alimentos também diminuirá. Restam os preços dos serviços, que continuam elevados, devido ao processo de indexação da economia. Logo, a inflação cairá, mas não em uma magnitude que a faça se situar próxima à meta. Possivelmente ficará no intervalo entre 7 e 8%”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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