Banco Central projeta IPCA de 6,6% ao fim de 2016

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Cálculos do BC consideram cenário de referência

Jornal GGN – A inflação apurada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve encerrar o ano de 2016 em 6,6%, segundo projeção divulgada no Relatório de Inflação, editado trimestralmente pelo Banco Central (BC). A projeção publicada em dezembro apontava um fechamento de 6,2%. Para 2017, a estimativa de inflação passou de 4,8% para 4,9%. Em 12 meses encerrados em março de 2018, a projeção de inflação é 4,5%.

Os cálculos são do cenário de referência, elaborado com base na taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano, e o dólar a R$ 3,70. O BC também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são usadas projeções de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e câmbio. Neste caso, o IPCA também deve ficar em 6,9% este ano, ante 6,3% previstos em dezembro último. Para 2017, a estimativa de mercado foi ajustada de 4,9% para 5,4%.

O Banco Central espera por maior retração da economia este ano. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos, passou de 1,9%, divulgada em dezembro, para 3,5%.

Pela projeção do BC, a produção agropecuária deverá aumentar 0,2% este ano (1,8% em 2015 e 2,1% em 2014). A atividade industrial deverá retrair 5,8% em 2016, terceiro recuo anual consecutivo.

O BC também projeta recuou de 2,4% para o setor terciário em 2016 e destaca as contrações nos segmentos de comércio (7%), transportes, armazenagem e correio (5,6%) e outros serviços (3,1%).

O cálculo para a redução do consumo das famílias é de 3,3%. Segundo a instituição, a projeção é consistente com o cenário do mercado de trabalho, redução da renda e crescimento modesto esperado para o mercado de crédito. “O consumo do governo, evidenciando a continuidade do ajuste fiscal em curso, deverá recuar 0,7% em 2016 (-1% em 2015)”, acrescentou o BC.

A retração da Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) é de 13%, registrando seu terceiro recuo anual consecutivo. Segundo o BC, essa expectativa de queda é influenciada pelo corte de gastos públicos, pelo reduzido nível de utilização da capacidade de produção da indústria e pelo nível deteriorado da confiança dos empresários.

As exportações devem crescer 6% e as importações podem cair 15%. “A projeção para as vendas externas reflete o patamar elevado da produção de culturas agrícolas importantes na pauta de exportações e o maior dinamismo esperado para as exportações de bens industriais, que deverão ser favorecidas pelos ganhos de competitividade decorrentes da depreciação do real[alta do dólar]”, diz o BC, ressaltando que a queda das importações “repercute o ambiente de retração no consumo, no investimento e a depreciação do real”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador