Banco Central sinaliza mais ajustes nos juros

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Banco Central afirmou que vai tomar as “medidas necessárias” para efetuar o controle da escalada de preços, independentemente da política fiscal e do quadro de incertezas, em um sinal de que deve voltar a aumentar a taxa básica de juros. 

Além disso, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) mostra que a autoridade monetária piorou sua previsão para a inflação neste ano e em 2016, afirmando que ambas estão acima do centro da meta –de 4,5% cento pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Na reunião, realizada nos dias 24 e 25 de novembro, pela terceira vez seguida, o comitê optou por não alterar a taxa básica de juros, a Selic, mas a decisão não foi unânime. Por 6 votos a 2, a Selic foi mantida em 14,25% ao ano.

Na ata, o comitê ressalta que há incertezas “quanto à velocidade do processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição”. Outro fator levado em consideração é que o realinhamento de preços domésticos em relação aos internacionais e livres em relação aos administrados está mais demorado e intenso que o previsto.

“Nesse contexto, independentemente do contorno das demais políticas, o comitê adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas, ou seja, trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016, circunscrevendo-a aos limites estabelecidos pelo CMN [Conselho Monetário Nacional], e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5% em 2017”, diz o documento.

Os diretores de Assuntos Internacionais, Tony Volpon, e de Organização do Sistema Financeiro, Sidnei Marques, consideram que seria oportuno ajustar, de imediato, a taxa Selic, para reduzir os riscos de não cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação. “No entanto, a maioria dos membros do Copom considerou monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião para, então, definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária”, informa a ata. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 19 e 20 de janeiro.

Para instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC, a inflação vai superar o teto da meta (6,5%), tanto neste ano quanto em 2016. Para este ano, a estimativa é 10,38% e para 2016, 6,64%. Este ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos de preços administrados como energia e combustíveis e pela alta do dólar, que influencia o preço dos produtos e das matérias-primas importadas.

O BC também aumentou a projeção para a alta do preço da gasolina, este ano, de 15% para 17,6%. Também subiu a estimativa de reajuste do preço do botijão de gás de 19,9% para 21,7% e das tarifas de energia de 51,7% para 52,3%. A estimativa para o conjunto de preços administrados é 17,7% em 2015, ante 16,9% considerados na reunião do Copom de outubro. Para 2016, a projeção é 5,9%, 0,1 ponto percentual cima do valor considerado na reunião do comitê em outubro.

 

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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