BC projeta menos crédito de bancos privados em 2013

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os bancos privados brasileiros devem reduzir sua oferta de crédito neste ano, segundo projeções divulgadas pelo BC (Banco Central). O prognóstico traçado pela autoridade monetária para tais instituições foi reduzido de 10% para 6% – abaixo inclusive do crescimento registrado em 2012, quando o total foi de 7%. Por outro lado, a estimativa para os bancos públicos neste ano subiu de 22% para 24%, mas segue abaixo dos 27,2% apurados no ano passado. Em agosto, as instituições públicas responderam pela maior parte do crédito total no sistema financeiro, com 50,7%, ante 46% no mesmo mês do ano passado.

No caso dos bancos públicos, a projeção do BC passou de 22% para 24%, neste ano, com redução do ritmo em relação ao ano passado (27,2%). Os bancos públicos registraram, em agosto, a maior parcela de participação no crédito total do sistema financeiro, 50,7%. No mesmo mês do ano passado, estava em 46%. As instituições privadas estrangeiras devem ampliar seu crédito em 7%, contra a previsão anterior de 8%. No ano passado, houve crescimento de 9,6%.

Os bancos privados nacionais são responsáveis por 33,8% do crédito, contra 37,3% em agosto de 2012. Os bancos estrangeiros ficaram com 15,5% de participação em agosto, contra 16,8% do mesmo mês do ano passado.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse não saber as razões específicas para essa redução no ritmo de expansão do crédito de instituições privadas. Segundo ele, a moderação no crédito desses bancos ocorreu a partir do ano passado, principalmente, no segundo semestre.

A autoridade monetária também revisou sua projeção para o crédito com recursos livres de todo sistema financeiro, que caiu de 11% para 8%, este ano em relação a 2012. Para o crédito com recursos direcionados (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), houve aumento na estimativa de 20% para 24%. A previsão para o crédito total foi mantida em 15%. No ano passado, em relação a 2011, a expansão do crédito ficou em 16,2%.

“O crédito vem mostrando moderação ano a ano”, disse Maciel, ressaltando que o crescimento do crédito continua elevado e importante “neste processo de expansão da atividade econômica”. Para o BC, o saldo das operações de crédito deve representar, este ano, 57% do PIB (Produto Interno Bruto). A estimativa anterior era 56%. Em agosto, o saldo das operações de crédito chegou a R$ 2,578 trilhões, o que representa 55,5% do PIB.

Com informações da Agência Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Eh “projecao” ou “ordem” e

    Eh “projecao” ou “ordem” e quem do governo esta investigando essa “previsao de bola de cristal”?

    Quem do governo ja fez as contas pra ver se isso eh interessante ou nao pro governo e pra populacao?

  2. O Banco Central, reconhecido

    O Banco Central, reconhecido como representante geral das reivindicações especulativas dos bancos, no staus histórico de extensão, desempenha agora o papel de especular a projeção de ideias de limites dos créditos financeiros dos bancos privados; evidentemente o faz em oposição a supremacia dos bancos estatais – que estão concentrados, em toda parte, em relação aos meios de produção – a fim de evitar uma nova esfera emancipadora entre a sociedade e o Estado.

    1. “Banco Central (…)

      “Banco Central (…) desempenha agora o papel de especular a projeção de ideias de limites dos créditos financeiros dos bancos privados”:

      Eh golpe deles, Gorgo.  E eh MESMO.  Eles estao tentando prejudicar o Brasil.

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