Conselho da Caixa aprova novo estatuto e poderá demitir executivos

Novas contratações serão também submetidas a aprovação do Banco Central e vice-presidentes afastados por Temer devem perder cargos (Foto: Divulgação da Caixa)

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Jornal GGN – A  Assembleia Geral da Caixa aprovou nesta sexta-feira (19) o novo estatuto do banco e agora o Conselho de Administração tem poder para destituir e demitir executivos da direção e a tendência, segundo informações da Folha, é que determinem a perda de cargos dos quatro vice-presidentes afastados pelo presidente Michel Temer nesta semana. 
 
O Conselho de Administração da Caixa contratará os próximos vice-presidentes a partir da manifestação do Comitê de Indicação e Remuneração e os nomes escolhidos serão submetidos ao Banco Central. 
 
A instituição também determinou novos critérios, os currículos serão submetidos a uma consultoria especializada de recrutamento e os candidatos vão precisar apresentar experiência no mercado.  
 
Em nota, a Caixa destacou que a mudança é adequada a Lei das Estatais, de 2016, ao programa de governança do Banco Central e normas do Conselho de Valores Mobiliários (CVM).  O novo estatuto é discutido desde que a lei foi aprovada e foi desenvolvido em conjunto com “várias áreas da empresa” e dos ministérios do Planejamento e da Fazenda. A instituição também aponta que o marco trará “maior transparência nos processos decisórios e criação de novos comitês estatuários”. Depois de aprovado, estatuto será agora encaminhado ao Banco Central. 
 
Leia também: Cargos na Caixa são importantes para governo manter base
 
Hoje o Conselho Administrativo da Caixa é composto por sete representantes, sendo cinco do Ministério da Fazenda, um do Planejamento e um dos empregados da instituição, presidido pela secretaria do Tesouro Nacional e vice-presidido pelo presidente do banco. Com o novo estatuto passará de zero para 25% de membros independentes na sua composição. 
 
A partir de agora a Caixa realizará também a divulgação de uma carteira anual de governança, além disso unificou os prazos de gestão dos mandatos nos conselhos de Administração, Diretor e Conselho Fiscal. O comitê de Risco também foi extinto e substituído pela criação do Comitê Independente de Riscos e ampliou o poder do Comitê de Compras e Contratações.
 
Veja a arte a seguir produzida pela própria Caixa com as principais alterações. 
 
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Redação

2 Comentários

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  1. A ILUSÃO DOS HEAD HUNTERS – A

    A ILUSÃO DOS HEAD HUNTERS – A Caixa se prepara para a privatização, contratação de headhunters é um sinal.

    Headhunters tambem cometem mega erros, existem profissionais de curriculos fake, os curriculos são verdadeiros mas o que se esconde atras deles é um saco vazio. A historia está plena desses “fake” executivos como Alfred Dunlap, capa da Business Week como um genio e que dois anos depois quebrou a SUNBEAM, Jose Ignacio Lopez de Arriortua, da General Motors e Volkswagen, tambem capa da Business Week, hoje caçado pelo FBI pelos rolos que aprontou.

    No Brasil há famosos “executivos-de-papel” com curriculos maravilhosos, materia prima para headhunters, conheci de perto um que quebrou uma empresa otima, hoje tem uma das maiores firmas de headhunters do pais, é americano mas mora no Brasil há 45 anos, inventava faturamento para inflar os demonstrativos do trimestre, até ser descoberto.

    Tampouco executivos de bancos privados tem carimbo de brilhantes, Itau e Bradesco emprestaram R$10 bilhões ao Eike Batista com base em sua fabrica de projetos-ilusão, centenas de bancos privados quebraram com executivos brilhantes, o Lehman Brothers quebrou pagando bonus para otimos executivos até uma semana antes da quebra.

    O Banco do Brasil sempre teve excelentes gerentes formados em casa, conheci gente de primeirissima linha nos quadros do BB. Executivos de banco publico tem indicação politica em todo o mundo, pode-se selecionar pela formação, como na França, onde os Inspecteurs de Finance formados na ENA, Ecole Nationale d´Administration são o reservatorio de onde o Estado frances recruta seus executivos e onde tambem empresas privadas recrutam executivos.

    Administrador publico não é de mercado, a visão de banco publico é outra, executivo da XP ou do BTG não serve para um banco social como a Caixa, isso é vlsão de provincianos que não entendem nada do mundo real.

    A Caixa procurar vice-presidentes por headhunters é uma péssima ideia e no garimpo vai  aparecer geniozinhos de mercado

    que não tem nada a ver com banco publico, há muito heroi de banco de investimento que vai se apresentar.

    Os bancos publicos dos EUA e Europa são dirigidos por indicação politica assim como os bancos multilaterais Banco Mundial, BID, CAF, faz parte do jogo do poder, não tem nada a ver com “tecnica”, que não é carimbo de pureza.

     

  2. No Brasil não importa a
    No Brasil não importa a firula institucional, no fim são picaretas que irão conduzir a escolha dos candidatos e a aprovação. O Ministerio Público está aí pra mostrar como votação e seleção não servem pra nada. É difícil aceitar, mas somos um país de Elite medíocre e atrasada, ideologicamente dominada pelo consenso subalterno de Washington (e comicamente no MBL a preocupação é com comunismo).
    Outra prova disso são as armações do 3G capital em cima da tentativa de assaltar a união com.a privatização da Eletrobras. Empresários acostumados aa jogadas e corrupção de raiz, a verdadeira, aquela que lesa forte, pra sempre e em uma tacada só (vide a Oi)

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