Governo prevê superávit zero para a União em 2017

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Proposta aponta IPCA de 7,44% em 2016 e de 6% em 2017

Jornal GGN – Após fechar o segundo ano consecutivo em recessão, a economia do Brasil deve apresentar um PIB (Produto Interno Bruto) de 1% em 2017, de acordo com as previsões do governo apresentadas no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhado ao Congresso. Embora os números sejam divulgados pelo Ministério do Planejamento, as estimativas são da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. A proposta da LDO prevê crescimento de 2,9% para 2018 e de 3,2% para 2019.

Os números estão diferentes das previsões das instituições financeiras. Segundo a última edição do boletim Focus, pesquisa semanal com economistas de mercado divulgada pelo Banco Central, as instituições estimam crescimento de 0,3% em 2017.

A proposta também atualizou as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): o Ministério da Fazenda prevê que o índice encerrará 2017 em 6%, abaixo do teto da meta, de 6,5%. A equipe econômica projeta IPCA de 5,4% em 2018 e de 5% em 2019. Segundo o Boletim Focus, as instituições financeiras projetam inflação de 5,7% para 2017.

O governo federal informou ainda que a previsão de superávit primário é de 0,1% do PIB para o setor público consolidado em 2017. Os estados e municípios ficam responsáveis pela totalidade dessa economia; para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), está previsto superávit primário 0.

Pelo projeto da LDO 2017, o governo pode pedir ao Congresso para abater R$ 42 bilhões em frustração de receitas e R$ 23 bilhões em despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O déficit, portanto, ficaria em R$ 65 bilhões. Para 2018, a equipe econômica projeta superávit de 0,8% do PIB e, para 2019, de 1,4% do PIB. A proposta prevê ainda que, de superávit zero, a meta fiscal da União pode passar a déficit. 

No fim de março, o governo havia feito projeção diferente de resultado primário para 2017. Em proposta de lei enviada ao Congresso pedindo autorização para o déficit fiscal deste ano, a equipe econômica informava estimativa de superávit de 1,3% do PIB. Na ocasião, o secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira admitiu em entrevista que o governo poderia rever a projeção por ocasião do envio do projeto da LDO.

Já os parâmetros para 2016 não foram alterados. No fim de março, a SPE tinha projetado contração de 3,05% na economia neste ano IPCA de 7,44%. As previsões para este ano constam do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses com estimativas para a economia e que orienta a execução do Orçamento.

Em relação ao PIB, as estimativas oficiais estão mais otimistas que as das instituições financeiras, que preveem retração de 3,77% do PIB em 2016. Para o IPCA, a projeção do Boletim Focus está em 7,2% neste ano.

 

 

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Esqueçam a economia

    Com os olhos do Brasil voltado para Brasília, especialmente para o congresso nacional, a combalida economia fica por um pouco esquecida neste domingo. Mas, na segunda feira, ela retornará a cena, pois as contas precisam ser pagas e os compromissos cumpridos. Os números são ruins, mas não impossíveis de serem revertidos. O que precisamos é de um choque de governabilidade e de credibilidade. Se a Dilma ou Temer não foram capazes disso, que desocupem a cadeira, e que venham novas eleições. Infelizmente, as pessoas fazem o que aprenderam a fazer, e não o que precisava de fato ser feito.

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