Governo traz discursos diferentes sobre controle da inflação

Jornal GGN – Guido Mantega negou que o governo controle preços de combustíveis e tarifas de energia elétrica para segurar a inflação. 

No entanto, a declaração do ministro da fazenda se contrapõe ao discurso de Aloizio Mercadante, da Casa Civil, que em entrevista para a Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (14), admitiu que  governo tem controlado as tarifas para evitar um impacto destas na inflação.
 
A discussão, de acordo com o jornal, aumenta a ansiedade dos eleitores em relação à política econômica de Dilma Rousseff, bem como aumenta os riscos que o próximo governo terá de enfrentar, para os seus críticos.
 
A dificuldade de manter a inflação dentro do limites de 6,5% ao ano, apesar dos aumentos seguidos nos juros pelo Banco Central, tem sido tema constante de discussões no Planalto. A atividade econômica lenta e sem perspectivas de melhora também vem causando certo impasse.
 
Após uma audiência na Câmara dos Deputados, Mantega citou reajustes recentes nos combustíveis e nas tarifas de energia como prova de que o governo não está represando as tarifas. Apesar disso, os combustíveis não têm acompanhado a alta dos preços internacionais do petróleo, o que causa prejuízos à Petrobras. No setor elétrico, o Tesouro tem bancado boa parte dos custos das concessionárias, adiando para o ano que vem reajustes de tarifas.
 
As declarações dissonantes de Mercadante e Mantega, segundo a reportagem, abriram espaço para novos ataques dos dois principais adversários de Dilma na corrida presidencial ao modelo que ela adotou para a condução da economia.
 
Eduardo Campos (PSB) afirmou que o governo está “tentando fazer uma administração da inflação como se fazia no período pré-real”. O senador Aécio Neves (PSDB), por sua vez, afirmou que o governo age com “discurso demagógico” sobre a inflação. No entanto, ambos evitaram dizer se fariam reajustes nas tarifas seguradas pela política do governo federal.
 
Redação

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