Mesmo com proposta republicana, impasse nos EUA ainda está longe de solução

Jornal GGN -Os republicanos na Câmara dos Deputados fizeram sua proposta para acabar com a paralisação do governo e elevar o limite de endividamento dos EUA (Estados Unidos), e garantem que estão se esforçando para chegar a um consenso, de acordo com o jornal inglês Financial Times. Os parlamentares prometem que, antes de quinta-feira (17), a medida será tomada para elevar o teto da dívida dos EUA antes que o país fique sem dinheiro para pagar suas contas – inclusive por conta dos recentes embates entre republicanos e democratas.

De olho em Washington, os grandes bancos têm sido preparados para esta mudança. O Citigroup, por exemplo, já vem delineando medidas de contingência com os resultados. O diretor financeiro do Citi disse que o banco não tinha mais títulos do Tesouro americano com vencimento até 31 de outubro.

O projeto da Câmara se assemelha à versão do Senado, reabrindo agências do governo até meados de janeiro e elevando o limite da dívida dos EUA até o início de fevereiro, em princípio. Mas a Casa Branca rejeitou o projeto de lei na manhã desta terça-feira (15), chamando-o de “uma tentativa partidária para apaziguar um pequeno grupo do Tea Party republicano, que forçou a paralisação do governo, em primeiro lugar”, de acordo com Amy Brundage, porta-voz de Barack Obama.

Apoio unânime

Em meio às expectativas de que poucos democratas estejam apoiando a medida da Casa, John Boehner, o presidente republicano, precisaria do apoio unânime de seu próprio grupo conservador. No entando, ele não parece convencido de que isso acontecerá em breve, criando ainda mais confusão sobre o caminho para um acordo.

O projeto de lei que flutuou entre os líderes da Câmara faz algumas pequenas mudanças na lei de saúde de 2010, que os conservadores têm procurado, por muito tempo, revogar ou retirar financiamento. A medida da Casa exigiria que o governo verificasse a renda dos indivíduos que recebem subsídios federais na compra do seguro. Também atrasa um imposto de dispositivos médicos que ajuda a pagar o “Obamacare” e faz alterações em subsídios para os membros do Congresso e seus funcionários. Apesar de muitos democratas estarem descontentes com os dispositivos médicos, não quiseram vinculá-lo à reabertura do governo, nem ao aumento do limite da dívida dos EUA.

Além disso, o projeto da Câmara tira autoridade do departamento de Tesouro, usando “medidas extraordinárias” para gerir o seu dinheiro, e afastando alguns padrões, aos quais a Casa Branca e os democratas ainda resistem.

US$ 30 bi em caixa

Se o Congresso não chegar a um acordo sobre novos empréstimos até quinta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou que vai ter apenas US$ 30 bilhões em caixa, deixando o país em uma posição muito precária para cobrir os pagamentos aos credores de todos os tipos, desde os pensionistas da Segurança Social aos contratantes e a investidores de títulos ao redor do mundo.

O Centro de Políticas bipartidárias estimou que, com base em previsões de receita, qualquer um desses pagamentos pode estar em risco já no dia 22 de outubro, e até 1o de novembro alguns terão sido definitivamente perdidos. O Tesouro dos EUA não ofereceu garantias de que deverá priorizar os pagamentos de juros sobre a dívida para evitar a inadimplência em relação a outras obrigações.

Redação

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