Nelson Barbosa deixa Ministério da Fazenda

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, deixará a função, possivelmente até o meio do ano, é um dos assuntos principais dos jornais do dia (a notícia foi antecipada pela Folha de S. Paulo no sábado). A decisão já foi informada ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que já apresentou o tema à presidente Dilma Rousseff, mas não foi dado nenhum sinal de que sua decisão seria reconsiderada.

 

Em texto publicado no jornal Valor Econômico, a jornalista Claudia Safatle deixa claro que a saída “encerra uma sequência de divergências de conteúdo e de forma entre ele, o ministro e o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, envolvendo tanto a condução da política fiscal quanto a própria gestão da política macroeconômica”. Segundo a Folha de São Paulo, a data de saída deve ser definida no início da tarde desta segunda-feira (13), quando Nelson Barbosa se encontra com Guido Mantega.

 

O sucessor do secretário ainda não está decidido, e vai depender do perfil que o governo desejar para o cargo. De acordo com o Valor Econômico, existem algumas alternativas, como o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Simão (neste caso, o nome é considerado caso o foco esteja mais concentrado em gerenciar a máquina da Fazenda do que efetivamente em elaboração de políticas econômicas), além da transferência de Arno Augustin ou mesmo o deslocamento do secretário de Política Econômica, Márcio Holland.

 

Já a Folha de São Paulo sinaliza que, caso a saída de Barbosa seja imediata, o secretário-adjunto Dyogo Henrique Oliveira pode assumir o cargo interinamente. Barbosa pode seguir no governo por mais um tempo, caso lhe seja pedido, diz o jornal, mas ele deixou claro a interlocutores “que não ficará no governo por considerar concluída a sua missão”.

 

De acordo com o Valor, Barbosa perdeu espaço no governo conforme Augustin ampliava sua presença. O secretário-executivo, além disso, discordava da forma como medidas do governo eram anunciadas, mesmo quando concordava com elas – como aconteceu na recente decisão de se afrouxar o superávit primário para aumentar o investimento público – por achar, seegundo o jornal, que tais decisões “deveriam ser transparentes, previamente anunciads e exaustivamente explicadas”. 

Nelson Barbosa foi responsável pela formulação e condução a aprovação pelo Congresso Nacional das novas regras para a caderneta de poupança, o que foi importante para o Banco Central (BC) seguir com o plano de redução da taxa básica de juros. Sua atuação no governo teve início em 2003, durante o mandato de Lula, ao assumir como chefe-adjunto da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, então ocupada por Guido Mantega.

Presente na pasta da Fazenda desde 2006, o secretário participou da formulação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Minha Casa Minha Vida e de praticamente todas as medidas econômicas adotadas pelo governo. Enquanto cumpre a quarentena obrigatória para quem se desliga do governo, segundo o Valor, ele reassume sua cadeira de professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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