A aproximação da rainha da Inglaterra com a Irlanda

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Do Correio do Brasil

Rainha muda tom e visita região de cavalos de corrida na Irlanda

A rainha britânica Elizabeth passou a tarde desta quinta-feira no coração das corridas de cavalo da Irlanda, mudando de ambiente em relação ao simbolismo e cerimonial que marcaram a primeira parte de sua visita de Estado à Irlanda. Desde sua chegada ao país, na terça-feira, a rainha vem fazendo gestos firmes de reconciliação em relação ao passado sangrento entre a Grã-Bretanha e a Irlanda, culminando em um discurso histórico na quarta-feira à noite em que ela expressou pesar pelos séculos de conflito.

A visita que ela fez à Coudelaria Nacional irlandesa, o lugar onde nasceram alguns dos melhores cavalos puros-sangues do mundo, permitiu que Elizabeth e seu marido, o duque de Edimburgo, dessem vazão a seu amor pelos cavalos e mergulhassem em um clima mais leve no terceiro dia da visita, que terá quatro dias.

– A rainha sempre foi cavaleira. (A visita) será um alívio, depois de alguns dias exaustivos – disse Sue Lilley, coordenadora da Escola Irlandesa de Ferraria.

A Irlanda é o terceiro maior criador de puros-sangues no mundo, e muitas pessoas especularam que a visita a Kildare, região famosa por ser o “condado dos cavalos” da Irlanda, seria um prazer pessoal para a rainha, que sempre foi entusiasta das corridas de cavalos.

Trajando casaco azul e chapéu combinando, a rainha inspecionou corcéis na coudelaria, onde alguns de seus próprios cavalos já foram abrigados.

Na quinta-feira ela dará uma escapadela de seu itinerário oficial para visitar o haras de Aga Khan em Kildare e conhecer Sea the Stars, um dos cavalos de corrida mais famosos de todos os tempos.

A decisão da monarca de 85 anos de tratar de alguns dos aspectos mais controversos do relacionamento da Grã-Bretanha com sua antiga colônia e a descrição que ela fez dos dois países como sendo “amigos certos e parceiros iguais” suscitou elogios em todo o país.

Foi especialmente apreciado o fato de a rainha ter iniciado seu discurso para uma plateia no Castelo de Dublin falando na língua irlandesa, que, no passado, sob o domínio britânico, era proibida.

– Fiquei impressionada pelas palavras em irlandês. O fato de ela ter tomado o tempo de aprender algumas palavras. É um clichê, mas ela está tentando construir pontes. O fato de ela, que tem 85 anos, ter feito o esforço de viajar até aqui é sinal de ‘jogo limpo’. Tenho 62 anos e odeio viajar – comentou o carteiro Joe Cooper enquanto entregava cartas perto do Castelo de Dublin.

Luis Nassif

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