Do Jornal GGN
Sérgio Cabral, 12%, com viés de baixa
Maria Inês Nassif
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), venceu a disputa pela reeleição com 66% dos votos, em 2010. Segundo a pesquisa CNI-Ibope divulgada na quinta-feira, não dispõe atualmente de mais de 12% de aprovação ao seu governo. Até o final do ano passado, considerava-se forte o suficiente para ameaçar a presidente Dilma Rousseff de se retirar do palanque da reeleição, se o PT fluminense não recuasse da decisão de lançar o senador Lindbergh Farias ao governo do estado, contra o candidato do PMDB, o vice Pezão. Hoje, estuda seriamente apoiar Lindbergh se o governo arrumar uma saída política honrosa para a situação em que se encontra – apoio, aliás, que não conta com o entusiasmo do senador petista.
Muita coisa aconteceu de lá para cá. As manifestações de rua, que o tornam alvo diário de hostilidades, são apenas o fim de um inferno astral que começou no início de seu segundo mandato, e que desde então não o livra de um permanente viés de baixa.
Cabral foi um fenômeno político menos por sua capacidade de mobilizar massas ou liderar partidos, e mais pelo seu senso de oportunidade. Iniciou na política muito jovem – jamais teve outra profissão -, escolheu bem os seus amigos e fez o seu próprio grupo político. Chegou ao governo numa das eternas vagas abertas na política fluminense pela decepção com a política tradicional, e após o PSDB fluminense sangrar todo o seu capital político com um governo considerado pouco eficiente e pouco afeito às delicadezas da probidade, comandado pelo falecido Marcelo Alencar.
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