A mídia digital como parte fundamental da estratégia política

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em entrevista à TV GGN, Aldo Fornazieri diz que “é preciso pensar o que falar para não perder na opinião pública em geral, em primeiro lugar”

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Lembrando que a eleição de Jair Bolsonaro em 2018 foi em grande medida concentrada nas redes sociais e plataformas digitais, o professor e cientista político Aldo Fornazieri teve oportunidade de conversar recentemente com um dirigente do PT sobre as esquerdas e as redes sociais.

“Por que que o PT, ao perceber isso, não armou uma estratégia de mobilização digital, para uma campanha digital?”, diz Fornazieri, em entrevista exclusiva à TV GGN 20 horas

“E ele reconheceu. Quer dizer, o PT não fez uma aposta nessa área. Por que que não fez? Alguém teria que explicar, alguém da direção do PT deveria explicar por que que não fez uma estratégia de embate digital. Quer dizer, é terrível isso, é desalentador”, lamenta o cientista político.

Tanto a mobilização de rua como a campanha digital, com a utilização das redes sociais, são partes de uma mesma estratégia, com a diferença de que tudo o que você fala no mundo digital está automaticamente em rede.

“Antigamente, você podia falar coisas específicas para públicos específicos. Hoje, você pode continuar falando coisas específicas para públicos específicos, mas vocês tem que ter a consciência de que o que você fala para um público específico se torna universal. Todo mundo vai ficar sabendo”, lembra o cientista político.

Diante disso, é preciso “pensar o que falar para não perder na opinião pública em geral, em primeiro lugar, e em segundo lugar para não dar munição para o teu inimigo”. Como exemplo, Fornazieri cita o recente discurso de Lula sobre o aborto.

“Eu acho que foi uma fala confusa do Lula – eu não digo que a questão do aborto não deva ser abordada, ela pode ser abordada em um momento específico e com muito cuidado, com palavras muito bem escolhidas”, explica Aldo Fornazieri.

“Qual que é o objetivo central de uma campanha. Claro, campanhas têm objetivos e objetivos, e no caso da campanha do Lula o objetivo central é vencer a eleição. Então, você não pode escolher temas, atitudes e palavras que te façam perder a eleição – e aí não é questão de hipocrisia, é questão de estratégia”.

Veja mais sobre a estratégia de campanha de Lula na íntegra da TV GGN 20 horas. Clique abaixo e confira!

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Porque, salvo as exceções de praxe, a esquerda em geral é axiomática quando não preguiçosa ou axiomática por conveniência. Pra ser ter uma ideia, ainda hoje, duas décadas depois de popularizada a internet, os sindicatos de trabalhadores têm dificuldades para ter endereços, ‘home pages’ na internet. O meu, SINTSEP, jamais me enviou sequer um e-mail, sequer para cobrar algo… em 30 anos. E os partidos de esquerda seguem a cartilha ditada na URSS na década 1940, com modificações sofridas nos sindicatos europeus. São, em geral, CABEÇAS DE PLANILHA, na melhor das hipóteses; valendo-me de um título do Nassif. Não fosse os Lula da vida ainda estaríamos restritos a pomposos seminários de 10 gatos pingados a ouvir leituras de dezenas de pensamentos… de pensadores “marxistas”. E só. Além de gritos de guerras idiotas.

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