Jornal GGN – Idealizado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil lançou nesta quarta-feira (18/12) uma campanha para trazer políticos de outros partidos para seus quadros, com o objetivo de conseguir as assinaturas necessárias para sua homologação.
Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o mote do partido é mobilizar “um exército de aliados” para se “libertar da velha política” e “participar da construção de um novo Brasil”. São necessárias mais de 492 mil assinaturas, obtidas em nove Estados, e validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizar a criação de um partido.
O perfil nacionalista do Aliança vem trazendo algum incômodo entre siglas de centro, direita e até mesmo evangélicos – em geral, são alas que temem perder deputados e senadores em um eventual ataque de bolsonaristas, assim como espaço na estrutura legislativa e recursos dos fundos partidário e eleitoral.
Entre os políticos que o Aliança deve abrigar, estão o pastor Marco Feliciano (SP), da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, que deve deixar o Podemos, além de dois governadores vindos do PSL: Antonio Denarium (Roraima) e Marcos Rocha (Rondônia).
Dirigentes do Centrão admitem que a sigla liderada por Bolsonaro pode compor uma bancada representativa de parlamentares até 2022 – existem estimativas que chegam a uma centena de congressistas, algo que não acontece desde 1998, quando o antigo PFL (atual DEM) atingiu 105 deputados. Atualmente, PT e PSL são os partidos com maior representação na Câmara dos Deputados, com 53 legisladores cada.
A sigla de Bolsonaro também conta com os evangélicos para engrossar suas fileiras. Em entrevista, o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), ligado à Assembleia de Deus Ministério Madureira, disse que as igrejas deverão ajudar a obter as assinaturas necessárias, mas até segunda ordem, a Igreja Universal do Reino de Deus – que tem no Republicanos seu braço partidário – não deve abrir seus espaços para assinaturas.
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