Após ação policial, Dilma e Lula prestam solidariedade a Ciro e Cid Gomes

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"Obrigado presidente Lula. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas", respondeu Ciro

Lula e Ciro Gomes
Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Lula (PT) usou o Twitter nesta quarta-feira (15) para prestar solidariedade ao ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), após o estouro de uma operação da Polícia Federal que investiga suposto desvio de R$ 11 milhões nas obras do estádio Arena Castelão para a Copa de 2014.

“Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados”, defendeu o ex-presidente petista, que foi alvo de lawfare na Lava Jato.

Ciro respondeu a Lula: “Obrigado presidente @LulaOficial. O estado policial de Bolsonaro é uma ameaça à democracia e a todos os democratas. Me considero na obrigação de dar todos os esclarecimentos necessários, em respeito ao povo brasileiro, e o farei.”

A ex-presidente Dilma Rousseff também manifestou solidariedade ao ex-governador. “Minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato Ciro Gomes. Suas casas foram invadidas, sem terem sido sequer intimados a depor. Como cidadãos brasileiros, merecem ser tratados com o respeito às leis vigentes ao país. Repudio o arbítrio e a perseguição a eles.”

A PF investe na suspeita de que houve pagamentos de propinas por agentes políticos e servidores públicos na licitação para obras do estádio. Essas reformas ocorreram durante a gestão de Cid Gomes no governo. A corporação fala em indícios de pagamento de R$ 11 milhões em propina, por meio de dinheiro ou doações oficiais.

Nas redes sociais, Ciro criticou “o braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim.”

“(….) depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”, disse Ciro.

DEFESA

“Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita.”

“Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou”, acrescentou Ciro.

Sobre a acusação, Ciro disse que “chega a ser pitoresco” pois “o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo.”

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