As “melhores” frases do chanceler de Bolsonaro sobre globalização e Deus

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Rosa Freire d’Aguiar

Na noite em que B. foi eleito, o futuro chanceler [Ernesto Araújo] escreveu no seu blog o post Antes da Batalha, em que lembra a batalha de Ourique, de 1139, quando Jesus Cristo apareceu a Dom Afonso Henriques que se preparava para enfrentar cinco reis mouros. Depois de muito sinal da cruz, raios resplandecentes, anjos e espadas, Afonso Henriques levou a melhor.

A fé em Jesus Cristo e em Deus é marca do diplomata Ernesto Araújo:

— Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista. Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. Essencialmente é um sistema anti-humano e anti-cristão. A fé em Cristo significa lutar contra o globalismo, cujo objetivo último é romper a conexão entre Deus e o homem, tornado o homem escravo e Deus irrelevante. O projeto metapolítico significa, essencialmente, abrir-se para a presença de Deus na política e na história.

Ele também escreveu, mês passado:

— A esquerda não tem o menor interesse em justiça social, mas utiliza esse conceito para contaminar a água da nação, para criar pessoas raivosas e ignorantes, desligar a energia criativa.

— Quando eu era criança, pela metade dos anos 70, ficava horas folheando um livro chamado “Atlas das Potencialidades Brasileiras” (…). O subtítulo dizia: “Brasil Grande e Forte”. Hoje, querem colocar nas mãos das crianças livros sobre sexo, mas se vissem uma criança lendo um livro chamado “Brasil Grande e Forte” prenderiam os pais e mandariam a criança para um campo de reeducação onde lhe ensinariam que o Brasil não é nem grande nem forte, mas apenas um país que busca a justiça social e os direitos das minorias.

— Encha o peito e diga: Brasil Grande e Forte.

PS: O blog se chama Metapolítica 17 e reivindica abertamente “a presença de Deus na política”. Tá danado, como se diz no Nordeste.

 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Ernesto Araújo é mais um imbecil na equipe de Bolsonaro

    Esperar o quê?

    O bom é que Bolsonaro só confia no pai e na mãe (de Bolsonaro), e a substituição de imbecis ou corruptos por outros pode acontecer a qualquer momento. Veja o que Bolsonaro pensa a respeito do homem que tem nome de chuveiro:

    Moro, J B jogou Onyx às feras. Vai medrar?

     

    Bolsonaro só confia 100% no pai e na mãe…
    ImprimirPublicado em 15/11/2018 no Conversa AfiadaMoroLogoPeito.jpg

    Saiu na Fel-lha:

    ‘100% da minha confiança ninguém tem’, diz Bolsonaro sobre Onyx

     

    O presidente eleito, Jair Bolsonaro, negou-se a dizer que confia 100% em seu futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. 

    “100% [da minha confiança] ninguém tem, tá ok? 100% eu só confio no meu pai e na minha mãe”, afirmou ao ser questionado sobre a suspeita de que Onyx recebeu dinheiro via caixa dois da JBS.

    “O Onyx é a pessoa mais adequada para responder essa pergunta para vocês. Ele é a pessoa mais adequada. Pelo que eu sei ele não é réu em nada”, disse Bolsonaro a jornalistas no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), onde funciona o governo de transição. 

    Reportagem publicada pela Folha nesta quarta-feira (14) mostrou que uma planilha entregue por delatores da JBS à Procuradoria-Geral da República sugere que Onyx tenha recebido R$ 100 mil via caixa dois naquele ano. 

    O pagamento a “Onyx-DEM”, segundo a tabela, foi feito em 30 de agosto de 2012, em meio às eleições municipais. De acordo com os colaboradores, o dinheiro foi repassado em espécie. Na época, Onyx já comandava o DEM-RS. (…)Leiam novamente este trecho: “100% [da minha confiança] ninguém tem, tá ok? 100% eu só confio no meu pai e na minha mãe”, afirmou ao ser questionado sobre a suspeita de que Onyx recebeu dinheiro via caixa dois da JBS.CONCLUSÃO DO AURELIANO: Bolsonaro não confia nem na mulher que tem, porque a única mulher em quem ele confia é a mãe (dele). Tá difícil formar uma equipe de governo.

     

  2. Sobre o Ernesto

    Por curiosidade entrei na página do Ernesto e dei uma bisbilhotada.

    No Blog tem uma frase que ele cita:

    Thymoi machesthai chalepón, ho gar an thelei psychês oneitai.,

    que segundo ele traduziria:

    “É difícil lutar com o coração, pois o que ele quer compra-se a preço de alma.”

    Porem nao encontrei nenhuma traducao para a suposta frase (estaria em Latim ou Grego?)

    Ele diz que nao encontrou o livro para certificar-se.

    A descobrir.

     

    1. tradução

      Entrei no google trans colocando palavra por palavra e o google dectetou como sendo grego.

      psychês – em grego psiques

      ho gar an – de todo

      onetai – é

      an thelei – se ele quiser

      colocando tudo junto – ho gar an thelei psychês oneitai  apareceu – é a psicologia de um por dia  ?????

      Essa frase deve ser alguma expressão. não dá pra traduzir palavra por palavra.

      Mas ao que tudo indica é grego.

  3. Jesus!!!
     

    Apareça para esse jumento e faça dele seu instrumento!

    Dê-lhe inspiração ou esperteza,

    pois inteligência, com certeza,

    não foi de seu merecimento.

     

     

  4. Meu Deus!!!!!!!

    É bem pior do que eu pensava. Um ignorante, fanático e delirante, falando o nome Deus em vão e repetindo ipsis literis as palavras do chefe que o chamou de intelectual.

    Não consigo compreender  como um intelectual , como disse o seu presidente,  coloca em contraposição  um Atlas infantil e aulas  educação sexual nas escolas. Em sua cabeça crianças não tem sexo.

    Quando eu era criança, pela metade dos anos 70, ficava horas folheando um livro chamado “Atlas das Potencialidades Brasileiras” (…). O subtítulo dizia: “Brasil Grande e Forte”. Hoje, querem colocar nas mãos das crianças livros sobre sexo, mas se vissem uma criança lendo um livro chamado “Brasil Grande e Forte” prenderiam os pais e mandariam a criança para um campo de reeducação onde lhe ensinariam que o Brasil não é nem grande nem forte, mas apenas um país que busca a justiça social e os direitos das minorias.

    Esta frase, um tanto paranóica,   fala em um campo   de reeducação  e contrapõe a noção de um  Brasil Grande e Forte à noção de   busca por uma  justiça social e pelos direitos das minorias. Isto significa que na cabeça deste  grande intelectual,  a noção  país grande e forte é contraditória com  país de justiça social e de respeito às minorias.

    E como não bastasse o parágrafo acima  veio logo depois desta frase:

    A esquerda não tem o menor interesse em justiça social, mas utiliza esse conceito para contaminar a água da nação, para criar pessoas raivosas e ignorantes, desligar a energia criativa.

     Uma das frases do intelectualíssimo MBL.

    E enquanto ficamos mais uma vez chocados com a  escolha de Bolsonaro, eu relembro a entrevista com um tal de Testa, que afirma que Bolsonaro está fazendo a transição (pasmem senhores ) de político para Estadista.

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