Para 24%, chances de votar em Bolsonaro aumentam com Auxílio Brasil turbinado, mostra Quaest

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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A redução do ICMS teve um impacto maior sobre o eleitorado, aumentando as chances de voto em Bolsonaro para 33% dos eleitores

Celular exibe a interface do app sobre Auxílio Brasil
Foto: Agência Brasil

A pesquisa Quaest divulgada em 3 de agosto perguntou aos eleitores se o reajuste no valor do Auxílio Brasil tem impacto nas eleições de 2022. O resultado é que para 46%, o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400,00 para R$ 600,00 “não faz diferença” nas chances do eleitor votar em Jair Bolsonaro.

Outros 28% disseram que as chances de votar em Bolsonaro “diminuem” por causa do benefício. Enquanto isso, apenas 24% afirmam que as chances de votar em Bolsonaro “aumentam” em virtude do novo valor a ser pago pelo governo a partir de agosto para 20,2 milhões de brasileiros.

No placar geral, o impacto do anúncio do Auxílio Brasil turbinado não foi forte. Lula tem 44% das intenções de voto e Bolsonaro, 32%. Ambos oscilaram dentro da margem de erro, embora a distância de 12 pontos seja a menor da série histórica.

Porém, como o GGN mostrou nesta matéria aqui, entre beneficiários do Auxílio Brasil, Lula perdeu 10 pontos percentuais em intenção de voto entre uma pesquisa e outra.

A pesquisa também perguntou o grau de conhecimento do eleitorado sobre o aumento do Auxílio Brasil e outros temas relevantes para o governo Bolsonaro, como a redução do ICMS para forçar o barateamento do custo da gasolina e a reunião de Bolsonaro com embaixadores, na qual o presidente da República atacou o sistema eleitoral com fake news.

A grande maioria do eleitorado, 82%, se disse informada sobre o aumento do Auxílio Brasil. Outros 67% viram notícias sobre a redução do ICMS. Já o episódio com os embaixadores dividiu os eleitores: 47% ficaram sabendo do caso no momento da pesquisa, enquanto 53% já sabiam.

A redução do ICMS aumenta as chances de voto em Bolsonaro para 33% dos que responderam. A fatia é maior do que os que se dizem impactados pelo Auxílio Brasil (24%). Já o ataque às eleições na reunião com os embaixadores diminuem as chances de voto em Bolsonaro para 41% dos entrevistados.

A pesquisa Quaest de 3 de agostou mostrou Lula na liderança, com 44% das intenções de voto no primeiro turno, contra 32% de Bolsonaro. A distância de 12 pontos percentuais é a menor da série histórica.

A avaliação negativa de governo de Bolsonaro caiu de 47% para 43% entre o eleitorado em geral. Entre aqueles que recebem o Auxílio Brasil, a avaliação negativa de governo caiu mais: de 48% para 39%.

Também cresceu de 42% para 45% os que acham que Bolsonaro está fazendo o que pode para resolver os problemas do País. A maioria, 51%, continua achando que ele não faz tudo que pode.

Na Quaest, o voto é definitivo para 65%, mas 33% acham que pode mudar de voto caso aconteça alguma novidade no pleito.

No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 51% a 37%. Na pesquisa de julho, a vantagem do petista era maior: 53% a 34%.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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