Brasil 2015: as responsabilidades da Presidência

 

Em 2015 haverá a explosão definitiva do novo. Seja quem for o eleito, se começar seu governo de forma autoritária, deixando de lado a consulta aos diversos setores nacionais, desprezando o conhecimento setorial acumulado pelo país, será atropelado pela opinião pública.

O país ficou grande demais para políticas de gabinete.

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Está-se fechando um ciclo de governantes providenciais, alimentado pela falta de rumo trazido pela hiperinflação e pela síndrome da “bala de prata”. Ao mesmo tempo, fecha-se um modelo secular de políticas públicas autárquicas mediadas pelos grupos de mídia ou por grandes interesses econômicos pequenos.

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Alguns princípios irreversivelmente modernizantes que não podem mais ser postergados:

  1. Toda política pública tem que ser montada como sistema. Não dá para montar políticas de estímulo ao setor automobilístico ou imobiliário sem analisar as implicações sobre as metrópoles. Não dá para montar políticas de segurança eficientes sem envolver a educação, saúde, esportes, assistência social. Uma política social para jovens tem que unificar as ações de vários Ministérios – como Educação, Saúde, Cultura etc. -, assim como aquelas voltadas para outros públicos.

  2. Todo investimento, subsídio ou crédito público têm que estar amarrado a contrapartidas de interesse nacional. É desperdício uma concessão rodoviária que não preveja canaletas para fibras óticas; ou hidrelétricas sem previsão de eclusas; ou financiamento subsidiado do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sem contrapartida de investimentos em inovação; ou isenções de IPI para indústria automobilística sem compromissos com uma política industrial de longo prazo.

  3. Construções sociais – como as políticas de saúde, educação, de direitos de deficientes e outras – são a garantia maior de continuidade de políticas públicas. E não podem ser alvo da intervenções autocráticas de governantes. Um governante eleito não pode se considerar soberano do seu mandato, mas coordenador de um projeto de país.

  4. Não podem ser tolerados Ministros – ou Secretários estaduais – que não pensem grande ou que não desenvolvam projetos de futuro para a pasta.  Deveria ser condição central para a indicação de um Ministro – da cota própria ou da base – a apresentação de um projeto de futuro grande. Inclusive mostrando capacidade de interagir com outros Ministérios para, em cada plano de governo, trazer o ângulo de preocupação da sua pasta.

  5. Um estado democrático moderno pressupõe a abertura para formas de participação do estamento não-estatal – de Organizações Sociais a empresas, de movimentos sociais a investidores. Mas, para tal, o Estado não pode ter medo de regular. A regulação é essencial, inclusive para impedir que interesses de parceiros privados acabem se apropriando das políticas públicas. Por aqui permanece o medo ridículo de regulações necessárias serem taxadas como intervencionismo. Intervém onde não se deve e não se regula onde é necessário.

  6. Mais do que nunca, é necessário o combate aos vícios atávicos do estado brasileiro, dos quais o mais anacrônico é o excesso de burocracia. 

Luis Nassif

43 Comentários

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  1. Tudo muito bom, tudo muito

    Tudo muito bom, tudo muito bem, etc e tal. Mas vamos aos fatos: qual dos candidatos reune as condições para responder a essas necessidades?

    Reconheço que essas características deveriam nortear o próximo governo, mas quais candidatos são apoiados por quais setores organizados da sociedade, tais como o setor financeiro, o setor industrial, a mídia, os sindicatos e os movimentos sociais, partindo desse conjunto?

    Penso que não são todos esses setores que veem a necessidade do governo em se basear nessas diretrizes. Se fosse verdade, o discurso dos candidatos seria muito mais claros em suas propostas, o que não vejo que acontece.

     

    1. “Mas vamos aos fatos: qual

      “Mas vamos aos fatos: qual dos candidatos reune as condições para responder a essas necessidades?”:

      Somente Dilma.  Sao Paulo eh a excessao porque ela eh continuamente sabotada la.

  2. Não há futuro na desburocratização

    A julgar pelo ímpeto burocratizante que toma a minha universidade, a UFPE, não vislumbro futuro enquanto os órgãos fiscalizadores possuírem a mentalidade de cartório e exercerem tamanho poder sobre a máquina. A última veio da pro-reitoria acadêmica que agora quer que todo trecho de ata de colegiado, atestada pela secretaria da coordenação, seja assinada e carimbada por todos os professores do curso.

  3. Excelente

    Mas, digo que o novo já está brotando.

    1) Ações sistematizadas.

    Nassif trouxe recentemente a forma como essa condição foi implantada nos serviços públicos da copa. Haddad, em São Paulo, tem dado uma aula de como a sistematização funciona.

    2) Investimentos amarrados a contrapartidas.

    Os investimentos na formação da indústria naval, os incentivos à indústria automobilísticas, o pré-sal, as compras dos jatos Gripen, a hidrelétrica de Belo Monte e muitas outras foram precedidas da obrigação de contrapartidas, seja no conteúdo nacional, na transferência de tecnologia, melhorias do entorno,etc.

    3) Construções sociais

    É de Dilma o decreto de participação popular que toda a oposição criticou.

    4) Projetos de futuro

    Já existem projetos excelentes em cada um dos ministérios. O problema é tirá-los do papel e executá-los. A transposição do São Francisco, as várias hidrelétricas e outras fontes de energias, as ferrovias leste/oeste e norte/sul que já foi objeto de comentário de Nassif sobre a sua importância geoeconômica e de desenvolvimento e a ligação de todos os estados pela malha ferroviária.

    5) Participação do estamento não-estatal

    É de Dilma o decreto de participação popular que toda a oposição criticou.

    A presidenta é a única que assim se manifestou:

    “Precisamos de um processo que também combine as duas coisas. Não pensem que conseguiremos a reforma política só na relação entre Governo e Congresso. É algo que exige a participação dos brasileiros para coesão de forças. A luta não se foca só no parlamento, precisa de mobilização das ruas. Nossa maioria (Governista no Congresso) não cobre todos os assuntos. Pautem essa reforma”
    Dilma Roussef

    6) Dos vícios

    Burocracia, corrupção, entraves em projetos e outros só serão afetados com uma reforma política séria e feita fora do congresso. Dilma foi a única que já se manisfestou sobre isso.

  4.    
       Concordo integralmente

       

       Concordo integralmente com o texto. O brasil se econtra em um momento que não comporta mais medidadas de curto prazo.  Todas as ações  planejadas, sejam elas no campo social, intraestrutura, educacional, saúde, etc…, devem ter visão estratérgica. Fazer o que, para que, com que recursos e quais os  resultados esperados. Para agir dessa forma necessita-se de competência  dos gestores. É isto que todo cidadão esclarecido espera dos próximos governates.

     

  5. a série de textos Brasil 2015..

    está muito boa, mas nao tenho conseguido acompanhar tudo. e não é muito leitura muito simples, em muitos casos. gostaria de sugerir que depois reunissem todos os textos da série “Brasil 2015” e dessem todos os links em uma só publicaçao,  para que se possa guardar e também quem quiser poderá ler os textos na sequência. Abraços !!!!

  6. Esse ciclo se fechou quando

    Esse ciclo se fechou quando Lula foi eleito pela primeira fez e só continua dentro de tudo isso e, portanto, Dilma é a única garantia exlcusiva dessa continuidade

  7. Responsabilidades da Presidência

    Oh Nassif!

    Será que você imagina a continuação do PT no poder? Seu item 6, da crônica, deliberadamente deixou de mencionar a CORRUPÇÃO. Medo de contrariar o Lula? Nada do que você menciona será realizado se continuar a corrupção, meta de governo do PT para continuar no poder.

     

    1. O Nassif está falando do

      O Nassif está falando do novo. Seu discurso udenista moralista seletivo é mais velho que andar para frente. Leia tudo de novo quantas vezes for necessário para que alguma coisa do que ele falou entre em sua cabeçinha anacrônica, filho

    2. Leu só o título…

      Aliás, só parte do título.

      O texto refere-se à criação de políticas governamentais/administrativas, ou seja, linhas de atuação governamental que devem ser independentes de governantes e partidos, livres de personalismos: se muda o presidente ou o partido, o plano seguiria as mesmas linhas definidas anteriormente, apenas com correções pontuais.

      Completamente diferente daquilo que o senhor parece acreditar. Aliás, não só o senhor, como muitos políticos de todos os partidos, além de alguns empresários, onde o que importa é o chefe que bate com o p** na mesa e faz a coisa andar; muda o chefe, muda tudo, cortem-se cabeças independentemente do conhecimento e experiência delas!

      Ou então não muda nada, como acontece com a nossa mídia, onde a “meritocracia escrotal” (o vencedor sempre é aquele espermatozóide que saiu do saco do dono, independente de mérito ou competência) domina e vemos empresas retrocedendo ou funcionando no piloto automático até se afundarem… afinal de contas, os espermatozóides vencedores aprenderam desde cedo a bater com o p** na mesa como o papai…

      Mas não se preocupe, Ildeu! Jânio vem aí, com a vassoura na mão para varrer a bandalheira! Ou seria o Caçador de Marajás?

  8. Boa Nassif !

    Saúdo a sua proposição de planejar as ações  e suas consequências.

    O mundo mudou e exige-se soluções continuas, dinâmicas e alternativas em um tempo curto; longo prazo é expressão não mais válida nos dias de hoje, médioi prazo tornou-se curto. O social é a diretriz doravante. Sem papo de diminuir o salário mínimo para o empresário lucrar mais , mude-se a forma de checar o lucro – diminuição da miséria e com isso menos gastos em saúde e com isto menos impostos para o orçamento da pasta governamental; menos polícia na rua para reprimir saques de sobrevivência pois teremos menos mise;áveis e os empresários e os coxinhas vão poder dirigir os seus carrões sem necessidade de seguranças ( mais lucro para os seus bolsos) e menos  imopostos para a pasta da Justiça.

    Mas tem-se que promover/lembrar/martelar sempre as necessidades destas mudanças. Não se pode eximir a responsabilidade do Congresso fisiologista, cheio de paus-mandados de empresários que não topam abrir mão de nada e estão sempre a chorar que nada está bom, mas continuam a investir na China. Talvez, como preconizou a ídola Conceição Tavares, não vale mais brigar com a indústria predominante nos países asiáticos onde o trabalhador não tem as mesmas regras aplicadas aqui ( o social),  e sim  investir em alguns setores onde nos sobressaímos e fortemente no agronegócio e na indústria petrolifera.

    Creio que o Nassif poderia ser mais exigente e propor metas, por mais que elas possam ser alteradas, para iniciar um debate. Por que não propor carros com km/litro de combustível bem mais alto do que a atual; um bom estudioso no assunto deve saber os limites a atingir- há 30 anos a Ford fez propaganda de um Corcel que fazia 18 km/l de gasolina; hoje a média de um 1.0 é de 12 km/l e se deixar por conta dos empresários, logo, logo chegaremos a menos de 10 km/l/ Falta uma política com prazos para sua execução.

    Por que 500 congressistas onde cada um tem uns 10 ou mais  agregados/ assistentes/ telefonistas/secretárias….não dá para trabalhar com 50% deste número ? Por que um senador tem um mandato maior do que o do presidente – a lógica que definiu este  prazo no passado continua válida?

    Por que não se utilizarem as universidades, as fundações (FGV e outras) para propor metas setoriais e sua fiscalização mensal para corrigir desvios- estes estudos seriam levados para o Congesso, discutidos e analisados.

    Para uma atenção mais eficaz o Executivo poderia ter  pastas  ligados as regiões do país ( uma espécie de Assistente do Presidente), e com isto estar sempre, em tempo integral, avaliando e mitigando soluções  daquelas regiões, tornando o ato de governar mais juusto, harmonico e eficaz.

    Muitas ideias podem ser alçadas e cobradas dentro desta proposição do post e a nossa participação que deve definí-las e não blá, blás de Jaboures, Sardembergs, Aético do pó ( especialista em gestão…), FHCs, PIG, Financial Times….

  9. Essas propostas colocam a

    Essas propostas colocam a Presidência no centro de reformas importantes para a sociedade. Isso por si só já é uma visão que pressupõe um governo autoritário. Na China tudo isso seria possível. No Brasil não. Temos uma democracia incipiente, mas é uma democracia. Nossa sociedade é complexa e plural com interesses diversos incidindo sobre o governo. Mudanças surgem da organização dos atores sociais. As leis de combate ao racismo estão aí para provar isso. Uma mobilização em torno da reforma política, por exemplo, seria bem vinda para consolidar a nossa democracia e para se atingir uma governabilidade mais saudável.

  10. Devemos ser mais prático e transparente com o povo

    Se BRASIL é uma grande empresa, que tem o PIB como seu faturamento,  porque isto não deveria ser rateado em percentuais pré-estalecidos do PIB para todos os nossos componentes que prestam serviços a nação como: presidente, senadores, deputados e demais…sem a concepção de empreguismo e mordomias. Esclarecendo, cada politico deverá pagar para ocupar os alojamentos, veículos, empregados auxiliares e tudo mais, tudo seria pago do seus proventos. Acho que isto seria o conceito da produtividade ou a politica da Meritocracia. Que tal candidatos… será que vale a pena dedicar o seu tempo para prestar os seus serviços ao seu país nestas condições? Será que estão dispostos a efetuar esta reforma cabal??? Pois os brasileiros já estamos esperando a muito tempo…

  11. Reforma Administrativa Já

    Penso que, para começar, a estrutura organizacional da administração deveria, de alguma forma, refletir a visão sistêmica que se pretende das coisas. Isso implicaria, na minha visão, na redução substancial do número de ministérios de sorte que atividades interelacionadas ficassem sob a mesma coordenação. Talvez assim as coisas andassem.

  12. Algo tem que mudar para que

    Algo tem que mudar para que tudo permaneça como esta.

    O positivismo e a cultura dominante do estado brasileiro por isso o meu ceticismo do “novo”, alguns exemplos de “tabus” que não são tocados pelo estado brasileiro. 

    Federação, o país deveria ser uma federação com estados com autonomia politica, economica, tributária. Na prática é um estado unico, poder centralizado sem capacidade de gerenciar um país deste tamanho.

    Fundo de garantia, instrumento criado no periodo militar que hoje não tem o pq de existir, causando grandes prejuizos ao trabalhador.

    Zona franca de Manuas, outra do periodo militar era para ser “temporária” e se tornou permanente, e se ainda depende de subsidio significa perda de recursos escassos.

    Serviço militar obrigatório, voto obrigatório, muita coisa “obrigatória” no país. Muita lei para o estado controlar o cidadão quando na verdade quem deveria ser controlado e o estado.

     

     

     

  13. espero que as propostas do

    espero que as propostas do nassif se concretizem,

    mas tb acho que os últimos doze anos foram bastante inovadores em relação às sucessivas estagnaçõe anteriores.

    discordo da visão de que qualquer candidato agirá dessa forma para concretizar estas propostas – seria wexcelente se fosse assim,mas DU-VI-DO Ó Ó que os candidatos da opsosição tenham perfil progressista no sentido de continuar  e aprofundar essas inovações e aperfeiçoamentos feitos nestes últimos doze anos – um desses  é assessorado pelo ex-presidente dso banco central armínio fraga,  um notório  lobo voraz que beneficiará os bancos em que administra tbm e ainda virão  mais privatizações, mais  privataria tucana.

    ainda bem que o medo desses lobos vorazes vai diminuindo a cada novo avanço das políticas implementadas por este governo.

  14. Nassif, já estou me

    Nassif, já estou me acostumando com seu “estilo técnico” de abordagem. Com menos ideologia, menos Fla-Flu, como voce diz. É sua mineirice, eu sei

    No entanto, a ideologia impõe-se com força total, mais uma vez, nessas eleições. E se as pessoas se incomodam com o discurso esquerda x direita, porque é “velho”, então falemos em intervencionismo x neoliberalismo. Está tudo aí escancarada na tal sabatina do CNI.

    Não sei como a tal gestão em Minas, elogiado por voce, funcionou. Anastasia talvez seja mesmo um competente administrador. Mas a candidatura Aécio signifca hoje tudo o que o neoliberalismo ortodoxo tem a “oferecer”. Todos esses itens que voce elencou exigem a presença de um estado atuante, mesmo com muita abertura para a participação de organizações não-estatais.

    Esse é o X da questão. Sem o ítem 5 ” o Estado não pode ter medo de regular. A regulação impede que interesses de parceiros privados acabem se apropriando das políticas públicas”, nenhum dos outros são possíveis.

    Aécio/Armínio que nas eleições representam a turma do Santander e da tal “Empiricus”, sem contar a turma da Alca, só leu esse parte aqui do seu ótimo post:

    “Mais do que nunca, é necessário o combate aos vícios atávicos do estado brasileiro, dos quais o mais anacrônico é o excesso de burocracia

  15. Para uns regular é socialismo…

    O problema nos dias de hoje é que parte da direita tupiniquim voltou aos anos 60 e está ansiosa com a ameaça de uma invasão soviética ou bolivariana…

    Vendo um didático debate entre Ciro Gomes, Rodrigo Constantino e um outro liberal que não me recordo o nome, pude perceber que a direita continua taxando qualquer presença do Estado como sinônimo de comunismo/socialismo… Tem uma parte cômica, em que o liberal fala que a França de hoje é socialista!! Acreditam piamente que o livre mercado soluciona TODOS os problemas da humanidade e o Estado é sempre o mau.

    Enfim, nada convence essa gente. Vc fala de regulação, coordenação estratégica, diminuir as externalidades negativas do mercado, projeto nacional, etc… E logo irão dizer que tudo não passa de estratégia de linguagem para implementar o Comunismo soviético-lulista no Brasil…

  16. Muda Brasil

    Eh disso que falamos nos canais de comunicação abertos ao cidadão todos os dias. E ai aparecem noticias como essa do aeroporto que o sobrinho fez nas terras do tio para uso proprio, dos tantos abusos na patria amada, que ficamos com a sensação de que esses politcos, esses mesmos que falam em mudança, novos tempos e quetais, não querem mudar nada. São os mesmo herdeiros de outrora; da politica café com leite, das velhas oligarquias, dos conchavos, das alianças, das privatizações feitas sob medidas para uns e outros, das colocações em orgãos publicos de parentes e amigos e um sem fim de privilégios nas tetas do estado brasileiro.

    A unica via alternativa à isso é obvio que é Dilma Rousseff, que à despeito das manifestações (em muito equivocadas), inaugurou ao meu ver um novo periodo na politica nacional. Ainda que com as amarras e dificuldades desse Brasil que luta com suas forças (poderosas) contra esse novo Brasil. 

    Aécio é o que ha de mais fisiologista em politica. Não vejo nada, absolutamente nada de novo no politico Aécio. Eduardo Campos flutua entre dois polos. Como precisa de apoios, vê-se obrigado (?) a aliar-se ao que de mais retrogrado existe. E na pratica, fez um governo em Pernambuco sem grande novidade. So não foi abaixo da média porque o GF investiu muito em seu estado. 

  17. O governo de “coalizão” está quase no teto da meta

    O governo do PT enfrenta a burguesia ideologicamente mas não estruturalmente. Bolsa Família, ProUni, Mais Médicos, cotas não afetam a grande banca, por isso os programas passam apenas com objeção ideológica.

    Já o combate à mídia golpista, juros, câmbio, desnacionalização de estruturas estratégicas ao país, abuso em telefonia, pedágios, transportes, carros, casas etc parece que não pode ser feito. Porque mexe no bolso dos graúdos.

    Esse modelo tem prazo de validade. O PT, como nada é eterno, um dia sairá do poder e temo que saia sem fazer uma fração destas ações tão necessárias ao país. Na última oportunidade de “vai ou racha”, há 50 anos atrás, veio a ditadura em resposta, e vejam, temos feridas até hoje.

    Além disso, o espectro mais à esquerda já está ganhando campo fértil com o aumento do autoritarismo, violência armada em manifestações, governabilidade desafinada com o povo, violação de direitos constitucionais comparáveis aos tempos da ditadura… E é esse espectro o termômetro que define um governo como uma centro-esquerda fiável, um centrão virulento a ser combatido ou coisa pior. Parece que estamos perto demais deste limite.

  18. Estas demandas só existem porque já mudamos muito

    Se não fossem os últimos dez anos, em vez de estar clamando por estas mudanças, com certeza ainda estaríamos no mesmo estágio da Argentina, debatendo dívidas, acordos com FMI e credores. Só que a partir do ponto em que nós estamos, é necessário um salto de qualidade GERAL, não apenas da presidência, de ministros. A coisa tem que ser total, passando por cada um e principalmente pela mídia, que ainda está no século XIX, trabalhando para os colonizadores e não para o país.

  19. Texto do fundo do baú e que vai ser usado por todos na campanha

     

    Luis Nassif,

    Não sei, mas o texto deste post “Brasil 2015: as responsabilidades da Presidência” de quinta-feira, 31/07/2014 às 06:00, e de sua autoria pareceu com algum texto de discurso de José Sarney, proferido em 1985, portanto, há quase 30 anos. Se se trata do discurso dele de posse, então não era dele, mas o de Tancredo Neves.

    De qualquer modo, o texto é muito bom e com algum floreio revelaria um ótimo redator de discurso presidencial.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 31/07/2014

    1. Nada a ver Cléver

      O texto talvez peque por não abordar dois aspectos fundamentais do governo, este se desenvolve em três ambiêntes e o Nassif só tratou do externo, o de superfície e o interno ficaram  de lado.

      Com isto dá para montar teorias operacionais que funcionam como mágica.

      O Universo conspirá com estas montagens sistemicas.

      Coisa de profissional é lógico.

  20. A influência de comentários

    A influência de comentários enganosos, tipo chupa-cabra da economia, são especuladores infiltrados nas redes sociais para enfraquecer a Administração Dilma.

    Pode ser que contaminem o ambiente do blog.

    Dilma não merece as versões terroristas.

    Cadê a militância do PT?

    1. estão com vergonha!!!

      Os militantes talvez ja estejam com vergonha de tentar defender o indefensavel, na área economica ta muito dificil tapar o sol com a peneira caro miguel.

      1. Presente!!  O que estamos

        Presente!!  O que estamos assistindo ultimamente é um absurdo nunca visto.  A midia junto com a “nossa” justiça, montaram um grande circo para destruir o partido que mais conquistas trouxe para os brasileiros.  O partido que mais obras realizou nesse país.  Das 50 maiores obras mundiais, 14 estão no Brasil.  quando que isso ocorreu??  

        Vergonha eu tenho de ignorantes como vc. 

        1. E que ainda vem expor suas

          E que ainda vem expor suas ignorâncias aqui. São de lascar mesmo ! Jamais ficaram sabendo do acordo entre o Obama e o rei da Arábia Saudita s/ petróleo.

  21. Para realizar taos feitos há
    Para realizar tais feitos há necessidade de uma consciência popular que hoje e nos próximos anos não vislumbro. Creio que somente através de referendos teríamos algum avanço (ou não dependendo da opção da população). Por exemplo o SUS é “esculachado” todos os dias, então por que não fazer um referendo para população optar pela continuidade ou não do SUS. Se a resposta for no sentido da manutenção do SUS: investimento maciço do Estado e cobrança por uma gestão eficiente, agora se a população escolher o não devera estar ciente das consequências disso. O que não pode é ter um sistema ambíguo que funciona em determinas áreas e regiões e em outras é uma lástima. Os referendos legitimariam ações do governo baseadas na vontade popular, mínimizando a influencia da oposição sem compromisso com o país.

  22. Quase off-topic…

    EStá bem, mas, já que é para falar de responsabilidade em todos os sentidos, que tal postar alguma coisa sobre a “cartinha” do Aécio admitindo que pousou no aeroporto de titio? O assunto foi enterrado no UOL e na Folha, mas isso não é motivo para o GGN agir como se nada houvesse acontecido. O candidato assinou e deu recibo de sua irresponsabilidade, embora tenha tergiversado o tempo todo. Nem uma notinha, seo Nassif?

    1. fala aí petista
      Que tal uma notinha referente a Petrobrás? Antes do PT era a décima maior empresa do mundo atualmente é a centésima…. é brincadeira não.

      1. Fale você tucano !!

        Aliás, pare de escrever ASNEIRAS e se informe !!

        Valor de empresa na bolsa é altamente especulativo, você esta citando uma posição de ranking relativa a um dia onde as ações estavam em baixa, no dia seguinte as ações sobem  e a empresa já é a décima novamente !!!

        Ao invés de arrotar essas asneiras, veja um ranking consistente baseado em informações operacionais e financeiras do mundo real , não especulativo…. Mesmo que o ranking não embase suas opiniões furadas, será bom para você e seu cerebro manipulado !! Pode ser que as amarras alienantes se afrouxem e vc comece a ter opiniões próprias…

         

        Finalizando… Mesmo no seu ranking especulativo, a melhor posição da Petrobras foi alcançada durante o governo Lula, do PT… e ai ?? O PT não era incompetente ??? Sabe onde estava a empresa durante o governo dos competentes tucanos ???? Muito pior que centésima !!!!

         

        http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-10-maiores-petroleiras-do-mundo-petrobras-e-a-nona

    2. Quem deve carta é Lula!

      Ele disse que se pronunciaria sobre o mensalão ao fim do processo. Já foram julgados e presos, cadê o mea culpa do Lula? Hein?

      1. Craro ! O PSDB num percisa

        Craro ! O PSDB num percisa ixpricar nadica di nada, né? Ele tem uma comunicação de 1ª , a velha mídia. Ah se o PT tivesse alguma  ao menos, mais isenta. E o dinheirão que tem, então !!!! Ou vc ainda não percebeu a quantidade de novos “leitores” e “colaboradores” do Nassif ?

  23. A administração pública

    A administração pública precisa se modernizar, mas para isso precisa-se de politicos modernos sem vícios do passado.

    Dentre os 513 deputados Federais e os 81 senadores quem teria condições de assumir esse posto ?

    Nassif tem alguma ideia ?

    Falaram no prefeito do RJ, o cara que mais meteu o pau no Lula na época do mensalão, mas já foi rifado pelo Requião na  entrevista que deu ao CGN pela sua insignificancia nacional com a pergunta “Quem é Edurado Paes ?”

    Acho que o novo no Brasil vai ter que partir de alguém velho, velho na politica, porque as raposas velhas na politica não darão espaço para o novo.

  24. Duas palavrinhas para resumir …

    … toda esse estado de coisas:

     

    fotografia x filme. 

     

    Fotografia: burocracia, cartórios, contrato, ideologia partidária, ….

     

    Filme: ação, dinamismo, apenas. 

     

    E olha que filmagem traz muito mais do que velhos retratos, geralmente poses feitas.

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