No dia em que o governo Dilma lançou seu mais ambicioso programa social, a presidenta foi mais longe: tenta trazer para o senso comum a idéia de que a miséria não pode ser naturalizada e que combatê-la é possível, vencê-la também.
O Estado não conseguirá sem o rechaço de uma fracassada visão fatalista de que a pobreza extrema é inevitável nas sociedades contemporâneas e que, portanto, fazem parte da paisagem.
Dilma lança a ambição de uma sociedade sem miseráveis, em que a sociedade e os organismos do Estado em suas mais diferentes esferas de poder precisarão estar juntos para prevalecerem.
Não é um desafio qualquer, é um imenso desafio, que se conseguir o exuberante resultado de mobilizar todos os agentes envolvidos, já terá conseguido o maior dos resultados possíveis.
Não é fácil, nem, creio eu, seja possível seguindo este modelo econômico, baseado na acumulação de bens e de riquezas, extinguir a miséria com oportunidades plenas, mas acredito que a força motriz do Estado, quando empregando energias para combater as desigualdades mais profundas, aquelas que causam danos terríveis para gerações inteiras de famintos e desesperançados, o Estado esteja promovendo justiça social e passando uma clara mensagem para o conjunto da sociedade, especialmente para setores que pouco necessitam dele e que podem engajar-se no combate a esta mazela social, entendendo o bem comum como maior resultado, mesmo considerando desníveis que persistam de maneira mais suave.
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