Conluio entre PGR suíço e Lava Jato pode ter consequências no Brasil

Expectativa é de que haja retardamento ou congelamento de investigações no Brasil e outros países, por causa da crise no Ministério Público suíço

Jornal GGN – O procurador-geral da Suíça Michael Lauber avalia que ações no Brasil e Malásia, “parceiros” em assuntos da Lava Jato, serão “afetadas” por conta da denúncia envolvendo encontros secretos com procuradores e autoridades de outros países, para alimentar investigações. É o que informa o jornalista Jamil Chade em sua coluna no UOL, nesta quinta (23).

Segundo Chade, a declaração de Lauber ocorreu há alguns dias, durante uma coletiva de imprensa. “Fontes em Berna e Genebra” acrescentaram ao correspondente que pode haver retardamento ou congelamento de investigações por causa da crise no Ministério Público suíço.

“Existem ainda cerca de 60 processos criminais abertos contra suspeitos de corrupção envolvendo Odebrecht, Petrobras e outras empresas e políticos brasileiros. Há uma semana, numa coletiva de imprensa, Lauber admitiu que o processo contra ele pode, de fato, retardar os trabalhos sobre a Lava Jato. ‘Tudo tem impacto, tudo’, disse. Para ele, existe a risco de que a situação em seu escritório seja visto como uma ‘crise institucional’ e que, portanto, seja usada por advogados”, anotou Chade.

Ontem, Luis Nassif comentou em vídeo [logo acima] e artigo [veja aqui] a situação do PGR suíço. Naquele País, a cooperação internacional para troca de provas e informações na Lava Jato, sem o devido trâmite legal, não vem sendo encarada com a naturalidade que recai sobre os procuradores brasileiros.

A equipe de Deltan Dallagnol até hoje não esclareceu a cooperação com os Estados Unidos para processar a Petrobras. Tudo indica que a parceria foi informal, à revelia da autoridade central, o Ministério da Justiça brasileiro.

Em um dos acordos com o Departamento de Justiça americano, a força-tarefa de Curitiba saiu com a promessa de gerir R$ 1,25 bilhão. O montante é metade da multa de R$ 2,5 bilhões que a Petrobras admitiu pagar às “autoridades brasileiras” para não ser processada em solo americano.

No artigo abaixo, Nassif comenta a promiscuidade nas relações de procuradores que atuaram na Lava Jato e depois saíram do Ministério Público, rumo a escritórios de advocacia especializados em compliance.

Leia mais: PGR suíço é acusado de conluio com a Lava Jato

 

Redação

4 Comentários

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  1. O REGIME ATUAL É REGIDO PELA MÁFIA DA DEDURaGEM ,
    Da delaçãO PREMIADA….
    é o que a gente tem como resposta ao colocar
    na procura do google os termos máfia da deduragem….

  2. Tá tudo contaminado e é no mundo inteiro. A quem apelar mais o apostolo Paulo já dizia não há um justo um justo se que e o Profeta Isaías também afirmava a justiça dos homens é como trapos de imundícias. (estes trapos de imundícias eram nada mais que trapos que as mulheres do seu tempo usavam para conter a menstruação)
    A justiça é isto ai.

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