O ex-chefe do Departamento de Operações (DOP) da Polícia Miliar do Distrito Federal (PMDF), coronel Jorge Eduardo Naime, é suspeito de usar a estrutura da corporação para transportar R$ 1 milhão em espécie de São Paulo para Brasília, em 12 de junho de 2021, de acordo com uma denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR). As informações são do G1.
Naime está preso desde o dia 7 de fevereiro, por suspeito omissão nas operações contra a invasão dos Poderes, no dia 8 de Janeiro, em Brasília. Ontem (18), o coronel e outros seis oficiais foram alvos de uma operação da PGR e da Polícia Federal (PF), a partir da investigação sobre os atos golpistas.
De acordo com a denúncia apresentada pela PGR, Naime mantinha “relações econômicas aparentemente ilícitas com um indivíduo identificado como Sérgio Assis” e há indícios de que ele “tenha se utilizado da estrutura da Polícia Militar do Distrito Federal para promover ‘escolta’ no transporte de valores, bem como elementos da provável origem espúria dos recursos, além de potencial lavagem de dinheiro“.
Ainda, de acordo com a PGR, o transporte teria sido feito “sem declaração correspondente e de forma não oficial“, para dificultar a origem do dinheiro ilícito, da localização da propriedade e da própria movimentação dos valores, segundo o G1.
Entre as suspeitas está o desvio de recursos da Associação dos Oficiais da PMDF, da qual Naime era presidente. No ano passado, ele teria firmado um contrato com Sérgio Assis no valor de 8,9 mil reais, mas recebia 8 mil reais de volta. A transação ocorria mensalmente.
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