Cortes do governo devem chegar a R$ 23,4 bilhões

Jornal GGN – Os ministros da Fazenda e do Planejamento apresentaram a revisão das receitas e despesas para este ano e prometeram contingenciar R$ 23,408 bilhões das despesas discricionárias (não obrigatórias). O valor corresponde a 0,4% do PIB. O ministro Valdir Simão disse que o contingenciamento não será linear e apesar de o corte de verbas atingir todos os ministérios, o governo vai preservar projetos estruturantes.

Do Valor Econômico

Governo fará corte de R$ 23,4 bilhões nas despesas deste ano

Por Leandra Peres, Edna Simão e Ribamar Oliveira

Brasília – O governo fará um contingenciamento de R$ 23,408 bilhões nas despesas discricionárias de 2016, equivalente a 0,4% do PIB. A revisão das receitas, apresentada pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, prevê uma queda de R$ 16,6 bilhões em relação ao que estava previsto na lei orçamentária aprovada pelo Congresso. Já as despesas foram reestimadas e terão uma queda de R$ 13,6 bilhões também em relação à LOA.

O ministro do Planejamento, Valdir Simão, explicou que o contingenciamento não será linear e o governo irá preservar projetos estruturantes, apesar de todos os ministérios sofrerem reduções de verbas.

O contingenciamento será dividido em R$ 15,2 bilhões nas despesas previstas no Orçamento e outros R$ 8,1 bilhões em emendas parlamentares.

O desempenho do PIB estimado pelo governo para esse ano foi revisto para uma queda de 2,9%. Já a inflação usada para estimar as despesas e receitas orçamentárias foi de 7,10%.

O ministro Simão explicou que o governo fará um corte em relação às despesas que foram empenhadas no ano passado. As despesas discricionárias de 2015 foram de R$ 256,8 bilhões e o autorizado para esse ano é de R$ 233 bilhões.

“As despesas discricionárias estão voltando aos níveis de 2009. Temos uma redução bastante forte em 2015, que continua em 2016”, afirmou Simão.

Bolsa Família

A estratégia do governo para o PAC, mesmo havendo cortado parte dos recursos para o programa, é reduzir o valor de restos a pagar das obras. Segundo o ministro Valdir Simão, o programa terá um limite para empenho de R$ 26,4 bilhões esse ano e pagamentos de R$ 30,7 bilhões.

Entre as áreas prioritárias estão a transposição do São Francisco, Bolsa Família, e o satélite geoestacionário. Os gastos com Saúde continuarão acima do limite constitucional exigido, enquanto Educação e Desenvolvimento Social terão recursos acima dos que foram pagos no ano passado.

Segundo Simão, R$ 139 bilhões do Orçamento deste ano são despesas contingenciáveis, enquanto o limite fixado pelo governo é de R$ 115 bilhões.

Redação

2 Comentários

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  1. Cortes do governo devem chegar a R$ 23,4 bilhões

    No Brasil velho de guerra tudo é contingenciável, exceto as transferências bilionárias para o andar de cima. Estamos passando por uma crise econômica mas o BC ainda não se deu conta disso e seguimos com os juros criminosos a sugar o Tesouro.  Os Swaps brindam alegremente as especulações nacionais e estrangeiras e tudo se passa como normal e necessário.

    O desemprego aumenta penalizando o povo sempre espoliado mas seguimos contingenciando como manda o figurino neoliberal. Perseguimos o grau de investimento reduzindo o tamanho economico do país e vamos ficando cada vez mais longe do objetivo.

    Serão necessários mais esforços, apertar mais o povo – a sempre lembrada “lição de casa”- , promovendo o que o notório Armínio Fraga recomendou: algum desemprego tem que haver.  Isto, facilita o aperto nas negociações salariais e reduz a influência dos sindicatos sempre bolivarianos – o bicho papão do comunismo caiu em descrédito e então se inventa o bolivarianismo.

    A PETROBRAS não pode se financiar no BNDES, ao que  dizem, entretanto empresas não nacionais ali recebem bons financiamentos a juros favorecidos para remeter o montante para suas matrizes no exterior.

    Imagino que tudo se deve ao neorepublicanismo vigente.

  2. contingenciar os juros

    contingenciar os juros aumentaria em trocentos por cento a desconfiança do

    mercado e da grande mídia, seria um pecado capital, irrevesível para o  governo….

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