
O Ministério da Defesa solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um aumento no prazo de trabalho e a inclusão de mais nove militares no grupo que inspeciona o sistema das urnas eletrônicas.
O ofício assinado pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira foi enviado nesta quarta-feira (10) ao presidente do TSE, ministro Edson Fachin.
A ação ocorreu no mesmo dia em que o Exército se recusou a indicar um novo militar para substituir o coronel Ricardo Sant’Anna, que foi excluído da comissão de Fiscalização e Auditoria do Sistema Eletrônico de Votação pela divulgação de notícias falsas.
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Agora, Nogueira quer mais nove técnicos para fiscalizar o chamado código-fonte das urnas eletrônicas, que contém a programação com as instruções para que o sistema funcione.
A solicitação foi feita dez meses depois de o TSE ter aberto o código-fonte das urnas às entidades fiscalizadoras, como as Forças Armadas.
Fontes da pasta ouvidas pela coluna de Carla Araújo, do Uol, afirmaram que os novos nomes serão para um trabalho temporário que exigiria mais mão de obra técnica, já que são milhares de linhas de programação.
Além disso, o argumento da Defesa é que o TSE estaria restringindo o trabalho técnico e reclamaram que os militares não poderiam utilizar ferramentas que agilizariam o serviço.
Os militares indicados são:
- major Diego Bonato Langer (Força Aérea);
- capitão Davison Silva Santos (Força Aérea);
- primeiro-tenente Fernando Mascagna Bittencourt Lima (Marinha);
- primeiro-tenente Rafael Coffi Tonon (Marinha);
- primeiro-tenente Gabriel Heleno Gonçalves da Silva (Marinha);
- primeiro-tenente Lincoln de Queiroz Vieira (Exército);
- primeiro-tenente Gabriel Bozza (Exército);
- primeiro-tenente Yuri Rodrigues Fialho (Exército);
- primeiro-sargento David de Souza França (Força Aérea)
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