Governo Dilma: uma questão de diretriz, por Frederick Cunha

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Eu diria que o problema do governo Dilma é o mesmo de grande parte da classe política: falta de diretrizes claras para qual direção quer seguir. O governo Lula tinha esta diretriz e manteve o curso do desenvolvimento visando um horizonte. Mas a Dilma se perdeu ao tentar atacar todos os atrasos do país de uma tacada só em um tempo muito curto.

Isso gerou dois pontos de atrito com a sociedade. O primeiro é com relação ao ritmo rápido de várias transformações, que precisam ser digeridas e introjectadas pelos diferentes agentes e classes sociais. Tendo as tais diretrizes bem definidas, esses agentes podem se adaptar com mais tranquilidade e parcimônia às mudanças promovidas pelo governo.

A segunda é com relação à alteração do perfil do eleitorado. Três movimentos paralelos que corriam contra o PT se encontraram em um mesmo ponto e passaram a caminhar conjuntamente: a consolidação do PT como partido da situação, o aparecimento de eleitores jovens que não conheceram o país antes do PT no poder e o crescimento da classe média no Brasil. 

Os jovens naturalmente tendem a se rebelar contra os modelos autoritários vigentes. Na atualidade, estes modelos são o PT, porque muitos dos eleitores jovens começam a entrar no jogo político em um momento em que não conheceram outras formas de autoridade no país que não fosse o PT. Um jovem de 20 anos se habituou a conviver com o PT no poder federal desde seus 8 anos de idade.

Ao mesmo tempo, não deve ter lembrança de outras épocas com taxas de desemprego maiores e problemas de saúde, segurança e transporte mais graves. A única situação que eles conhecem é a do presente e eles querem de tudo mais e melhor. Principalmente, porque se acostumaram com um país com um grau razoável de condições sociais, em comparação com o Brasil de outrora.

Sendo assim, por um lado temos transformações que geram conflito com a parte da sociedade mais velha, habituada com determinadas condições sociais e que resiste às transformações rápidas. Por outro lado, gera atrito com os jovens ao não indicar claramente as mudanças que está promovendo.

Ao traçar algumas poucas e claras diretrizes para o paíse dizer quais os objetivos que pretende atingir em alguns anos, o governo de Dilma pode diminuir a ansiedade de ambas as parcelas sociais. Um exemplo a ser seguido é o de Haddad na prefeitura de São Paulo. Com o foco no transporte público e com a divulgação plena das suas metas, a população pode entender e acompanhar o ritmo das mudanças e se adaptar melhor às transformações promovidas.

Todas as demais transformações em outras áreas, como a de iluminação pública, criação de parques e tal, viram como um bônus promovido pelo governo.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

15 Comentários

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  1. Não temos um mito fundador…

    … e o PT precisa apontar o horizonte que deseja atingir.

    Que tal o Brasil Escandinavo do Paulo Nogueira? Um Estado de Bem Estar social, com a alegria e o calor brasileiros de brinde? Uma Social Democracia que combine formas diretas e indiretas de participação popular?

    O PT precisa de um slogan, um mote, algo de fácil memorização, que resuma seu programa político!

     

  2. Não há planejamento neste

    Não há planejamento neste governo assimo como não havia no do antecessor e no do FHC, Itamar, Sarney e por aí vai até retroceder à época dos militares.

    Praticamente deixou de ser moda realizar grandes projeções para o desenvolvimento do Estado e não é exclusividade deste sulamericano. Até meados do século passado havia gente interessada no assunto, muitos estiveram envolvidos com os governos Getuílio e Jucelino.

    Não é difícil encontrar motivos e fatos históricos a respeito do tema que comprovam essas observações. Apenas não tenho tempo e memória para falar só sobre isso.

    A diferença é que em países com capitalismo mais maduro e elevados níveis de bem-estar não há a mesma necessidade de se formular grandes planos para o futuro na teoria, no tempo e no espaço. Isso porque não possuem grandes desníveis de qualidade de vida na população, grandes problemas urbanos, problemas com defasagem tecnológica, produtividade do trabalhador e por aí afora.

    A preocupação deles é com a prevenção de intempéries cada vez mais trágicas e fatais, imigrações massivas, conflitos armados em suas vizinhanças. Claro que há necessidade de se planejar cenários como estes… 

    Mas no nosso caso é bem diferente. Nas regiões metropolitanas sobram situações penosas, ausência de serviços, faltam recursos para setores básicos e essenciais como saúde e educação, o nivel médio de informação do povo é baixo (há situações de extrema vulgaridade), altíssima a força da inércia, da falta de exemplos de cultura cívica.

    Então devido a quantidade e gravidade dos problemas é apenas equivocado falar em algum tipo de conjunto de diretrizes tomadas recentemente. 

    Não existe isso. Existe é um grande programa de combate a fome que durante um tempo foi tido como panacéia geral da nação, outro programinha aqui, outro alí… E só.

    Muito mais que da época dos tucanos? Sim, sem dúvida. Porém, insuficiente.

  3. Diretrizes?

    1) Educação

    LEI Nº 13.005, DE 2014
    Art. 1o  É aprovado o Plano Nacional de Educação – PNE, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo,

    2) Transportes Públicos: Competência dos Estados e Municípios. O Governo federal já disponibilizou gordas verbas para projetos de locomoção.      http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/motos/legislacao-e-fiscalizacao/politica-nacional-de-mobilidade-urbana-pnmu-do-governo-federal-lei-12-587-12-pretende-estimular-transporte-coletivo-publico-nas-cidades.aspx

    projetos

    3) … consolidação do PT como partido da situação, o aparecimento de eleitores jovens que não conheceram o país antes do PT no poder e o crescimento da classe média no Brasil

    Isso é não é problema de diretrizes. É cultural. É de desinformação dada pelo enviesamento do nosso jornalismo

    1. Diretrizes…

      Assis, eu entendo o seu ponto-de-vista e em parte compartilho com ele. Mas não discuto o que o governo de Dilma faz ou deixa de fazer. Apenas discuto a abrangência e o foco dos problemas mirados pelo atual governo para serem combatidos, que vai da Reforma Política à Reforma Tributária, passando por ataque à taxa SELIC, uso dos royalties do petróleo e muito mais. Talvez se o governo de Dilma se comprometesse em resolver bem um único problema, com metas claras e bem definidas, a opinião pública virasse a seu favor. Volto a afirmar que o governo do prefeito Haddad, com o foco prioritário nos transportes, é o exemplo a ser seguido. O feito de conseguir melhorar a sua imagem, no meio das eleições e de uma onda anti-PT em São Paulo, pode ser um indicador. A minha sugestão é que a presidente deveria concentrar seus esforços na Educação, tendo o arcabouço do Bolsa-Família como suporte e agindo mais diretamente na melhoria das escolas fundamentais, em parceria com os municípios.

      1. Governar um país de 8,5

        Governar um país de 8,5 milhões de Km2 e 220 milhões de habitantes, quinta economia mundial, me parece só um pouquinho mais complicado que uma prefeitura de uma cidade, mesmo que essa seja São Paulo. Não dá para usar o exemplo de Haddad, seja porque seu governo está no início (primeira metade ainda para concluir), seja porque os exemplos históricos mostram que não basta ao petismo em São Paulo fazer um bom governo (como Luiz Erundina fez o melhor governo em São Paulo pós-redemocratização ou Marta Suplicy esteve próxima disso) para fazer o sucessor ou se reeleger.

        O que deve ser claro é que a batalha ideológica é enorme e, se isso não é reconhecido por parte dos petistas (somente na época de eleições eles se lembram disso), o é o tempo todo pelos grupos de direita donos de poder de fato. Eles têm travado essa batalha e ganhado, com o silêncio do petismo, que, inclusive os financia, via grande mídia e pagamento dos juros da dívida pública com os mais altos juros do planeta. Lula, ao que parece, prepara mais uma rodada de traições aos seus eleitores, articulando a ida de henrique meirelles para o ministério da fazenda. No fundo, o que me parece é que, quanto mais o psdb se esforça para se tornar uma oposição nos moldes venezuelanos, mais liberado fica o petismo para fazer qualquer coisa que seja, pois sabem que, no mundo crível, não há alternativas a eles nos marcos do capitalismo existente.  

        1. “Não dá para usar o exemplo

          “Não dá para usar o exemplo de Haddad, seja porque seu governo está no início (primeira metade ainda para concluir)”:

          A proposito, Sergio, tem mais de um ano que eu nao vejo nada no blog a respeito dos famosos engarrafamentos de centenas de quilometros de Sao Paulo.

          Haddad tem mais no bolso do que aparenta.  Que ele nem sequer pense em levar essa paulistada pra Brasilia porque vai ser o fim do Brasil.  Eles nunca fizeram outra coisa.

      2. royalties do

        royalties do petróleo,

        Lei define 75% para educação e 25% para saúde  LEI Nº 12.858, de 2013.

        reforma política

        Travado,  Dilma já se manifestou que sem a participação popular sairá um remendo do congresso.

        reforma tributária

        Quase duas décadas no legislativo

        Educação

        O PT fez para a educação algo grandioso. São 422 novas escolas inauguradas  + R$ 14bi do Pronatec. Foram 18 universidades federais fora os “campi”. De 2004 a 2013, o total de artigos científicos publicados no Brasil aumentou 137%

        Suas ideias são ótimas, mas a imprensa não informa as realizações do governo. Basta citar as manifestações de junho de 2013, as propostas apresentadas e como a imprensa conseguiu direcioná-las para um ato contra Dilma

  4. poderia desenvolver
    Lindo texto e tema.
    os tres pontos sao verdadeiros.
    as conjuncoes num determinado tempo.
    a solucao como o governo do PT fosse a unica prefeirura fora do ambito federal.
    o governo de minas pode ser outro exemplo futuro.
    mesmo assim seria simplificar e generalizar o Brasil, os governos estaduais e as prefeituras como um unico plano.
    precisa sim ter metas e objetivod.

    Tudo tem que ter dialogo, participacao, movimento. Acao e construir uma agenda para objetivos de cada situacao.

    Olhar os jovens de 20 anos nao como um problema mais a solucao por justamente esta fora e ter outra visao e ideias do podet e dos objetivos politicos, para nossa sorte eles movem, sao sempre a seguencia e nao erros.
    estudantes.

  5. Frederick, cadastre-se no blog

    seus comentários serão publicados rapidamente o que permitirá um debate  mais rápido

    Adorei o seu post, mas o problema não é falta de diretriz.

    O que ocorre é que os jornalões escondem as realizações, propostas e planos do atual governo

    Não sei de onde você tirou que a prioridade de Haddad  são os transportes.  Haddad tem várias frentes e a que me parece sua preocupação maior é humanizar a cidade, mais especificamente o centro

    Haddad é também bombardeado. Por exemplo, enquanto grandes cidades tiveram os seus IPTU aumentados na mesma proporção que o prefeito de SP queria,  Haddad foi impedido pela imprensa e sua influência na justiça

    Obras em cidades é mais difícil de enconder

    Os corredores, é pouco para ser bandeira

  6. Diretriz para a economia urgente

    Vamos estender o prazo de validade do tripé, manter sob aparelhos o sistema que impede a redução da dívida, destroi a competitividade da industria, inviabiliza desonerações fiscais, premia a especulação, transfere renda  e empregos para fora, desnacionaliza nossa economia, estrangula o balanço de pagamentos?

     

     

  7. o debate é bom, mas acho


    o debate é bom, mas acho paradoxal

    dizer que um governo que tem doze anos de promoção

    social e inclusão de boa parte da popuilação brasileira

    não tem diretriz….

    que governo tem essa firme  linha que regulou e regula o traçado do caminho?

    a pauta foi dada desde 2003.

    segue e espero que siga nessa linha….

    o problema é que os pauteiros midiáticos e da oposição

    parece que têm um poder incomensurável.

    cotidianamente não seguem as normas inclusive

    legais, com golpismos frequentes.

    diretriz é informação.

    mas a oposição quer atalhos golpistas.

    quer a via-crucis.

    vivemos o grande sertão veredas

    das tentativas  de retrocessos com bandos

    de desvairados em busca do encontro dos vários

    nomes do capeta citados por rosa.

     

     

     

  8. A diretriz de Dilma seria,

    A diretriz de Dilma seria, então, a reforma política.

     

    Sinto falta da Dilma falando 10 minutinhos, todos os dias, na tv. Acho que Dilma precisa urgentemente de uma voz na mídia. A democratização dos meios de comunicação também seria outra diretriz fundamental.

  9. Qualquer bem informado sabe

    Qualquer bem informado sabe que Lula já deu não só as diretrizes para o Brasil e para os próximo 100 anos, são  logo as melhores possíveis. Foi por isso que Dilma nem precisou lançar  programa, pois não teria como apresentar o que não fosse pior

  10. Tenho que concordar com o

    Tenho que concordar com o Assis Ribeiro. Existem diversas iniciativas absolutamente maravilhosas do governo que são simplesmente omitidas da discussão pública. Como sabemos, é a grande mídia que estabelece essa agenda. A população simplesmente não fica sabendo. O Brasil está completamente em obras e isso não é levado em conta. Sou testemunha ocular de que o Centro do Rio de Janeiro esta´sofrendo talvez uma das maiores intervenções urbanas de sua história, talvez maior até, não sei dizer, do que as que geraram o Aterro do Flamengo e a Av. Presidente Vargas, tudo financiado pelo governo federal… e nada. A educação, dentro do que é possível realizar no âmbito federal, está sofrendo o que se pode chamar de revolução. Tenho vários amigos pobres que jamais tiveram acesso ao ensino e agora a família inteira está na faculdade, pai, mãe e filhos. Tudo isso é omitido pela grande mídia. Não bastasse isso, tudo que é ruim que venha da oposição, principalmente do PSDB, é igualmente omitido, por pior que seja. Claramente está faltando ao governo criar um canal de comunicação paralelo mas de grande alcance. O que falta não são diretrizes, mas a divulgação ampla das que existem…

  11. É sem sentido falar que uma técnica pecou pela falta de diretriz

     

    Frederick Cunha,

    Não me leve a mal, mas achei seu texto um tanto infantil. Pontuar a crítica ao governo de Dilma Rousseff e se prender a questão de diretriz só não parece texto de criança porque pessoas aparentemente mais velhas fazem há muito esta crítica como é o caso de Chico Pedro.

    Uma crítica perfeita a Dilma Rousseff e que deveria ter sido transformada em post é a que Marco Antonio Castello Branco fez junto ao post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/para-entender-o-desgaste-do-governo-dilma

    No comentário que ele enviou quinta-feira, 26/06/2014 às 02:45, Marco Antonio Castello Branco disse o seguinte:

    – – – – – – – – –

    Penso que a origem primeira das dificuldades do governo da Presidente Dilma reside na ideologia que ela abraçou e que propaga a supremacia da racionalidade técnica sobre a política como instrumento de construção de um projeto coletivo. Em torno dessa ideologia construiu-se a crença ingênua de que um dia a administração das coisas poderá substituir o governo dos homens.

    Isso contribui para que mesmo num país jovem como o Brasil, no qual o exercício da representatividade democrática ainda se encontra na adolescência, surjam sinais de esgotamento da democracia representativa e de tentativas de democracia direta. Dilma sanciona o desencanto dos brasileiros com a política ao demonstrar seu desprezo pelos políticos. Não está a seu alcance fazer o novo ordenamento legal das instituições políticas e o sistema eleitoral. Mas nada impede a Presidente de se cercar de deputados, senadores e homens de partido que melhor representam a prática da política no nosso país. Eles existem tanto na base do governo como na oposição. Ao não reconhecê-los e ao desprezá-los Dilma se alinha e sanciona o jogo maniqueista e moralizante da mídia, que, afinal, fará dela e de seu governo sua derradeira vítima.

    São provavelmente sintomas desse fenômeno de crise da representatividade, a celebridade mediática alcançada pelos desvios de conduta de parlamentares, e os debates entre a moral e a política que não cessam de surgir na opinião pública, o que, vale aqui salientar, não é nenhum privilégio da sociedade brasileira.

    Faço aqui recurso ao pensador francês Julien Freund, cujas decepções íntimas causadas pela realidade da prática política o levaram a estudar o que é a essência da política, ou seja, a descobrir o que se esconde atrás do véu hipócrita de certas concepções moralizantes. Não se tratava para ele de subtrair a política do julgamento moral, nem de isolar esses dois conceitos um do outro, mas simplesmente de reconhecer que eles não são idênticos, pois a moral e a política não visam os mesmos objetivos.

    Apesar de ser desejável que o homem político seja também um homem de bem, ele pode também não o ser, pois tem a seu encargo a comunidade política, independentemente da sua qualidade moral. Julien Freund chama a atenção de que reside na identificação da moral com a política uma das fontes primárias da intolerância, do despotismo, das ditaduras, e dos tribunais populares.

    Apesar de estar consciente que não existe uma política moral, mas que se pode construir uma moral política, Julien Freund nos recomenda apelar para a vigilância e para a lucidez. Uma lucidez que sabe que ela não será jamais capaz de eliminar a morte, a violência, a maldade e a corrupção dos homens; uma vigilância que conclama a construir muralhas sólidas, um regime de governo e um conjunto de leis que evitem os exageros.

    Dilma parece ter assumido no íntimo de suas convicções o julgamento moral da política e porisso despreza todos políticos. Tem faltado a ela a lucidez de que governar os homens é mais valioso do que gerenciar planos, programas e obras”.

    – – – – – – –

    Crítica tão boa que eu cheguei a pensar que tratasse de algum intelectual de escol do PSDB que estivesse minando com o argumento certeiro a candidatura da presidenta Dilma Rousseff. Depois da eleição descobri que se tratava gente da equipe de governo de Fernando Pimentel. E como a dizer que eu tenho um pouco das idéias do PSDB é uma crítica com a qual eu concordo tendo feito apenas uma ou outra ressalva em comentário que enviei quinta-feira, 26/06/2014 às 22:56 para Luis Nassif junto ao post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” de quinta-feira, 26/06/2014 às 12:51, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/pequeno-manual-de-como-discutir-politica-nas-redes-sociais

    Se você adotar essa crítica do Marco Antonio Castello Branco como modelo você talvez não fique em uma crítica tão rastaquera que chega ao ponto de considerar que o governo da Dilma Rousseff não teve diretriz enquanto o governo de Lula teve. Talvez você pudesse elogiar o governo de Lula comparativamente ao de Dilma Rousseff dizendo exatamente que Lula não ficou muito preso a uma ou outra diretriz como ficou a presidenta Dilma Rousseff.

    Alias veja a respeito da extrema racionalidade do governo da presidenta Dilma Rousseff o que eu escrevi para junto do comentário de Assis Ribeiro enviado quinta-feira, 30/10/2014 às 11:55 junto ao post “Dilma e a superação da síndrome das medidas heroicas” de quinta-feira, 30/10/2014 às 11:26, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/dilma-e-a-superacao-da-sindrome-das-medidas-heroicas

    Em meu comentário enviado quinta-feira, 30/10/2014 às 14:13, eu destaco como acertou quem lá no final de 2010 fez a previsão de que o governo da presidenta Dilma Rousseff comparado com o de Lula se destacaria como um governo “mais ponderado e equilibrado” e marcado “pela determinação e pelo rigor técnico” necessário para “construir uma sociedade mais igualitária”. Enfim, a questão de diretriz só faz sentido se expresso por criança que não sabe o significado da palavra. O que evidentemente não é o seu caso mas acabou deixando transparecer.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 05/11/2014

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