Doria e o mito do estado mínimo, comentário de edward Chaddad

O Estado tem que ser forte, é claro também democrático, insista-se, para ter condições de proteger a sociedade como um todo, lembrando que o SUS é uma conquista que não podemos concordar em ser extinto.

Por edward Chaddad
comentário no post Coronavírus desgasta Bolsonaro, e melhora imagem de Doria

De inicio, devo reconhecer que o governador João Dória está sendo corajoso e muito correto, enfrentando não só o presidente, mas poderosos interessados na produção e venda, inclusive até o desespero de autônomos, em barrar a “quarentena” necessária e altamente sábia, imposta pelo governo de nosso estado.

Está sendo uma ação voltada a defesa dos paulistas como um todo, seja rico, seja pobre, altamente relevante, pois coloca em primeiro lugar a saúde pública e não a economia.

No entanto, todo aquele que pretende que nossa sociedade seja mais homogênea esbarra no tal estado mínimo, que políticos, como o governador João Dória, pensa em efetivar, pelo menos é o que se percebia, diante de suas ações e pronunciamentos, antes da pandemia .

A pandemia, provocada pelo apavorante coronavírus, veio ensinar àqueles que defendem o estado mínimo, que ele, mesmo democrático, é um equívoco e nunca será a solução.

O Estado deve ser forte, para possibilitar educação, saúde e ação social, além, é claro, da segurança a todos os segmentos da sociedade.

Vejam que não é só recursos à saúde, que irão propiciar a defesa de todos os segmentos da sociedade, diante de doenças, mas, inclusive, a educação, que permite ao povo ter melhor compreensão do que ocorre e tomar as medidas necessárias, para a não propagação da doença. Temos que ter uma educação critica, acima de tudo.

Inclusive, o povo tem que se alimentar, para que possam ter saúde, melhores condições de imunidade, que não permita a fácil transmissão do vírus, o que nos mostra que as ações sociais são importantes. E até a segurança, como já está acontecendo, para evitar as aglomerações e práticas inadequadas, vedadas pelas medidas governamentais, no enfrentamento da pandemia.

Assim, Estado mínimo não irá dar proteção aos poderosos, se não há o mesmo tratamento para as classes menos favorecidos. O Estado tem que ser forte, é claro também democrático, insista-se, para ter condições de proteger a sociedade como um todo, lembrando que o SUS é uma conquista que não podemos concordar em ser extinto.

Gostei da atitude de Dória diante desta crise, principalmente o enfrentamento diante do presidente. Teve, inclusive, sensibilidade, o que é muito bom para um governante.

Quem sabe, agora, talvez, reveja seu modo de pensar sobre o estado mínimo, que não pode ser efetivado, combatendo, também, e principalmente os pensamentos do ministro Guedes, que pretende em privatizar a saúde e a educação, todas as nossas estatais, além de vender os ativos soberanos brasileiros, que nos garante como um país e não um colônia, como a alienação, v. gratia, da Petrobrás.

No início do neoliberalismos FHC vendeu a Vale, por preço de banana, quando dava ao ano, um lucro equivalente a 2/3 do preço da venda. Hoje estamos colhendo os infortúnios do lucro acima de tudo, onde, não tomando medidas de prevenção e exploração mineradora, a Vale acabou por efetivar o maior desastre humanitário e ecológico em toda a história de nosso País.

O Estado tem que ser forte e ter condições de exercer a sua soberania diante do mundo e das empresas multinacionais que atuam em nosso País, protegendo nossa população, como um todo, levando-a ao desenvolvimento educacional e na saúde, transformando-a em uma civilização e não em pobres e ignorantes, escravos do elitismo econômico.

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. Prezado Edward

    Creio que essa pandemia veio para por um freio no neoliberalismo que solapa a sociedade em prol de uma minoria que desgraça a humanidade.

    Abração

    Mário Mendonça

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