Jornal GGN – “Achar que a cultura é carimbada por um campo político só é de uma ignorância atroz. Existem produtores culturais com os mais diferentes entendimentos políticos e todos serão afetados”, pondera Ivana Bentes, pesquisadora, ex-diretora da Escola de Comunicação da UFRJ e secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do extinto Ministério da Cultura.
O governo Bolsonaro iniciou uma verdadeira jornada de desmonte dos investimentos públicos para o setor. Começou com a desintegração do Ministério da Cultura e Esporte. A pasta responsável por essas políticas passou a ser o Ministério do Desenvolvimento Social. Mais recentemente, o governo anunciou que todos os contratos da Petrobras de incentivo à cultura serão revisados.
“É uma cruzada contra a diversidade de pensamento, já que a cultura é um campo de produção de multiplicidade. Então, esse grupo que ataca a cultura tem essa visão reducionista, com um viés ideológico tacanha, porque não entende a cultura como campo de riqueza humana, sociabilidade”, avaliou Ivana, em entrevista à Rede Brasil Atual.
A pesquisadora analisa a política como uma espécie de “revanchismo”. Ao anunciar a revisão dos contratos da Petrobras para a cultura, por exemplo, Bolsonaro citou inclusive projetos que não receberam patrocínio da petroleira como a exposição “Queer Museu” e a peça “Macaquinhos”.
O revanchismo apontado por Ivana é bem representado no exemplo do cineasta Kleber Mendonça Filho, o pernambucano que teve o novo longa Bacurau (2019) selecionado para a competição de um dos maiores eventos do cinema mundial, o festival de Cannes. Ele vem sendo perseguido pelo governo Bolsonaro que acusa a sua produção O Som ao Redor (2012) de supostas irregularidades na captação de recursos. A Secretaria Especial da Cultura negou seu último recurso para se defender a respeito do tema.
Kleber está entre o grupo de artistas que tem se posicionando abertamente contra o governo Bolsonaro. Em 2016, ele e a equipe de um dos seus filmes premiados, Aquarius (2016), fizeram protestos no festival de Cannes contra o golpe que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
“Parece um revanchismo, uma desinteligência, repito, atacar o campo cultural como se não tivesse importância. É um retrocesso enorme, não investir é não entender nada do mundo”, destaca Ivana lembrando da importância da cultura para o turismo. “A cultura vende o país para o exterior, é impossível pensar em turismo sem cultura. Tem uma quantidade gigantesca de ciclos econômicos envolvidos”.
De acordo com extinto MinC, a Cultura movimentava 4% do PIB até o agravamento de seu desmonte neste ano. O Banco Mundial calcula que a área seja responsável por 7% do PIB do planeta. O audiovisual cresceu expressivamente no Brasil na década passada. De 2009 para 2014, os investimentos federais foram de R$ 149,1 milhões para R$ 356 milhões. No mesmo período, o público nos cinemas cresceu 53%. São dados do Atlas Econômico da Cultura Brasileira, divulgados em 2017.
Falando em números da Petrobras, um dos maiores investidores históricos no setor, o freio já é notável e tende a reduzir drasticamente. Em 2011, no auge dos patrocínios culturais da estatal, foram R$ 153 milhões. No ano passado, o número caiu para R$ 38 milhões. Com os cortes anunciados, a escassez será total, os investimentos tendem a reduzir drasticamente.
Ivana calcula que os cortes do governo Bolsonaro são comparados a “um tiro no pé”. Entretanto, apesar do impacto negativo que irá gerar na produção cultural brasileira, “que sempre trabalhou na escassez”, o setor tem “grande mobilidade”, e irá prevalecer, não importa o modelo político vigente nos próximos anos.
“Temos um ministério da cultura paralelo, tem o Sesc, o IMS (Instituto Moreira Salles), Itaú Cultural, empresas privadas. Inclusive, elas tomaram o modelo das políticas públicas do MinC como diretriz. O MinC pautou a própria iniciativa privada, um avanço enorme. As políticas públicas municipais e estaduais também podem responder a essa brutalidade se articulando e organizando”, conclui.
*Com informações da Rede Brasil Atual. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
não tem nada a ver com um projeto de nação. eis:
0.“coração valente©” [breguice].
1.pátria educadora© [huá, huá, huá].
2″a copa das copas®”
3.“fica querida®”
4.“impeachment sem crime é golpe ©”
5.“foi golpe®”
6.“fora temer®”
7.“ocupa tudo©”
8.“lula livre®”
9.“eleição sem lula é fraude®” [kuá!, kuá!, kuá!].10.“o brasil feliz de novo ©”
11.“lula é haddad haddad é lula®”
12.“ele não®”.
13.“haddad agora é verde-amarelo©” [rsrsrs].
14.”luz para todos®” (kkkkk).
15.“controle dos médios”
(desejo profundo do petismo)
——
mais um recente clichezaço publicitário do petismo (religião) e, também, do pt, — estilo “skol© a cerveja que desce redondo”.
ei-lo:
16.”ninguém larga a mão de ninguém®”.
17.“skol®: a cerveja que desce redondo”.
____
é o tal de “me engana que eu compro”.
o petismo vive de ótimos e calculados mitos publicitários.
pt© é vigarista.
pt é ersatz.
é exatamente igualzinho a “skol®: a cerveja que desce redondo”.
me engana que eu compro: produtos disfarçados, embalagens mascaradas e rótulos mentirosos.
pt!