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Que a Folha de São Paulo é um veículo de ultra-direita, anti-Lula por definição, já não é nenhuma novidade.
O que me chamou a atenção é o senso de oportunidade do veículo para inserir críticas a Lula. Penso nos jornalistas que lá trabalham, no tamanho da coleira que os editores impõem a quem deseje trabalhar lá. Afinal, não acredito que 100% dos funcionários do referido veículo compactuem da mesma visão política dos donos da FSP. Mas, como todos os mortais, precisam manter o seu sustento. Deve ser um inferno.
Estava eu lendo uma entrevista com Miguel Falabella e Flavio Marinho, autores do seriado “A Vida Alheia”, da TV Globo, programa que tenho assistido com interesse sempre que posso. Eis que, no meio da entrevista, me deparo com esta pérola:
“FSP – O que vocês acham de quem diz que quem vota no Lula é ignorante?
FALABELLA – As pessoas sabem perfeitamente o que estão fazendo.
MARINHO – Hoje qualquer porteiro tá indo visitar a família de avião no Nordeste. O aeroporto é a nova rodoviária…
FALABELLA – E eu acho particularmente maravilhoso. A gente sente um crescimento. Infelizmente o crescimento cultural não está acompanhando.”
A pergunta foi totalmente fora de contexto, um autêntico enxerto. O melhor de tudo foram as respostas. O repórter mudou logo de assunto…
P.s.: no final, o entrevistador ainda faz um comentário (?!) crítico à TV Record. Eu, que não sou repórter, achei inapropriada, deselegante no mínimo, a postura do repórter (e olha que não discordo do teor da crítica, mas da sua pertinência). Sabendo da disputa férrea existente entre Folha e Record, fica fácil entender o “x” da questão.
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