A neutralidade de Hartung

Por bruno_vix

Outra coisa que chama atenção a respeito do cenário eleitoral em terras espírito-santense é a abstenção do czar capixaba – Paulo Hartung – em apoiar algum candidato no pleito presidencial – se não me engano, o ES foi um dos últimos Estados da nação a “reverter” o quadro de liderança de José Serra nas pesquisas – o capixaba, em particular a classe média – ela de novo – parece estar perdido devido a este omissão de seu “grande líder”.

Acostumado a ditar as coisas por essas bandas, o Governador viu-se obrigado a desfazer todo cenário que já tinha preparado para o Estado. Seu vice, Ricardo Ferraço – colocado ali somente para calar o único opositor que fazia barulho ao governo, o pai do dito cujo – já era anunciado a sete ventos como o futuro Governador. Mas, se esqueceram de avisar ao Lula dessa patota. Haha. Aí que a coisa muda da figura “a” para figura “b”, como diriam os comentaristas de futebol.

Como todos sabem – menos os veículos de comunicação do Estado ?!?!! – esse recuo de PH foi imposto lá de Brasília, visto que, na mesma semana o PSB desistiu da disputado a presidência com o então pré-candidato Ciro Gomes, em troca o governo do Estado foi dado – como se concretizará hoje – a Renato Casagrande, senador do partido. E o Ferracinho Jr teve de engulir à seco, e subir ao palanque durante toda campanha com Casagrande, sendo então o ex-futuro-governador. Mas como já disse, isso é fato consumado e notório.

O que me intriga – há algo mais intrigante que política, ainda por cima em época de eleição?! – é a neutralidade de Hartung na corrida presidencial. Apesar da pernada em nível nacional que tomou, desfruta de grande popularidade e influência na cena política local. Sua adesão a qualquer candidato seria de grande valia ao capital político do mesmo – votos. E seu mandato se encerra dia 31 de dezembro. Teve de abdicar de concorrer ao Senado para dar a vez a seu ex-futuro-governador. Ficará desempregado?? Haha no sério.

Não irá me intrigar, certamente, quando nosso Rei for compor algum ministério que o será dado. E devido a sua abstenção no pleito presidencial, e por se tratar de membro do PMDB, poderá vir tanto do PT como PSDB. E que se danem as ideologias – se as tiver – e a sua própria base eleitoral, o negocio é ser vencedor, e a melhor maneira para ser um é estar do lado deles, seja ele quem for.

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