Dissecando as palavras mortas de Montenegro de 2009 e sua profecia-panfleto

Há um ano atrás, Carlos Augusto Montenegro, presidente do maior instituto de pesquisas de opinião pública do Brasil e um dos mais tradicionais, tanto que, ao longo do tempo virou sinônimo de popularidade, afirmava, categoricamente: “LULA NÃO FARÁ SEU SUCESSOR”. Enumerava uma série de razões para justificar seu vaticínio, nenhuma delas baseadas em observações científicas, todas especulativas e de viés político-partidário, ou seja: torcida descarada e tentativa de influência favorável para um dos lados, o seu lado escolhido.

Montenegro, arriscando-se a destruir a credibilidade e prestígio de seu bem maior, aventurou-se a ir muito mais longe, profetizou a extinção do PT, segundo os termos que escolheu para ajuizar seus desejos.

Um ano após fazemos aqui a dissecação das palavras mortas de Montenegro, destacando alguns trechos dessa entrevista panfletária e do jogo combinado entre “compadres”:

Veja: O que os acontecimentos da semana passada revelaram sobre o PT?
Montenegro: Que o partido deu um passo a mais na direção de seu fim. O PT passou vinte anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história. Ali acabou o diferencial. Ali acabou o charme. Todas as suas lideranças foram destruí-das(sic). Estrelas como José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci se apagaram. Eu não diria que o partido está extinto, mas está caminhando para isso.

Veja: Mas por trás do apoio ao PMDB e ao senador Sarney não está exatamente um projeto de poder do PT?
Montenegro: É um projeto de poder do presidente Lula. O desempenho eleitoral do PT depois do mensalão foi um vexame. Em 2006, com exceção da Bahia, o partido só venceu em estados inexpressivos. Nas eleições municipais de 2008, entre as 100 maiores cidades, perdeu em quase todas. Lula sempre foi contra a reeleição e só resolveu disputá-la para tentar salvar o PT. Sua reeleição foi um plebiscito para decidir se deveria continuar governando mais quatro anos ou não. Mas tudo indica que agora ele não fará o sucessor justamente por causa da mesmice na qual o PT mergulhou.

Notas dissecadas: Nestas duas questões sobre o PT, Montenegro mostra claramente seu papel político nessa entrevista e a Veja empresta seu púlpito para que fale qualquer bobagem para atingir o partido, desmoralizá-lo, para  confeccionar a certidão de óbito.
Veja não confronta a opinião de Montenegro, não questiona a possibilidade dessas opiniões se tratarem apenas de opiniões.  A má de fé de Montenegro e da Veja escondem que o PT, ao contrário do que afirmou o profeta do Ibope, elegeu a maior número de prefeitos de sua história em 2008 e que em 2006, mesmo sob fogo cruzado da mídia, especialmente da Veja e do JN da Globo, conseguiu eleger a segunda maior bancada do Congresso, fato não ventilado pela reportagem da revista…Hoje, um ano após a previsão de sua “extinção”, existem várias análises político-eleitorais apontando que o PT poderá fazer a maior bancada de deputados federais e senadores de sua história.

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Redação

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