Existe alguma relação entre as imagens abaixo: a capa de Época desta semana e os gráficos das pesquisas eleitorais mais recentes?
Pode até parecer que não, mas há uma interrelação intrínseca entre a divulgação dos resultados das pesquisas eleitorais e o lançamento de matérias na imprensa.
A pesquisa Datafolha, ícone da resistência midiática a popularidade da candidatura governista, apresentando pela primeirva vez Dilma Roussef a frente de José Serra, resultou em uma imediata campanha política da Globo, via revista Época, confeccionando uma capa com o firme propósito de aterrorizar o eleitor ainda indeciso ou mesmo aqueles que ainda podem mudar seu voto.
A estratégia da Época e seus consortes parece ser a de lançar dúvidas e temores em um momento crucial da campanha: o início da propaganda no rádio e na TV. Servindo, claro, de material para ser explorado nas imagens da oposição na TV e em material impresso, fartamente distribuído pelas ruas.
Engana-se quem pensa que a revista acrescenta algo novo, qualquer informação relevante ou algum grande achado histórico, agora revelado. Nada disso é identificado, mas apenas informações requentadas, já amplamente divulgadas. Pior, a personagem da capa não foi sequer ouvida pela revista. Fatos que ela diz não ter mais o que acrescentar.
A capa tem objetivos claramente eleitorais e se configura em prova cabal da má fé de Época e Globo, que, não conseguindo alterar o cenário que se apresenta, tentam de todos os modos nivelar, por baixo, a disputa presidencial. Sórdido exemplo de que, insucesso de Bonner em tirar a vantagem de Dilma no JN, quem sabe uma revista pendurada em milhares de bancas de jornal de centenas de cidades a semana inteira, vinculada a propaganda eleitoral que se inicia na terça-feira, possa sutir algum efeito?
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