Em decisão unânime, CAE aprova Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central

Entre os questionamentos dos senadores estavam a postura sobre o reajuste da taxa Selic no combate à inflação e a independência da autarquia

Crédito: Marcos Oliveira/ Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central por unanimidade. Galípolo agora precisa ser aprovado pelo Senado no Plenário, para assumir a autarquia entre 1° de janeiro de 2025 e 31 de dezembro de 2028. 

Na avaliação de Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE, o indicado de Lula respondeu às perguntas de forma equilibrada. Ser economista também favoreceu o candidato, pois representa a tranquilidade de que a instituição será bem conduzida.

Uma das perguntas que Galípolo teve de responder foi sobre o reajuste da taxa Selic para conter a inflação.

“Não se controla mais inflação, em política monetária, pela quantidade de moeda que foi impressa pelo governo, mas sim pela taxa de juros, que tem o papel de desempenhar justamente essa função. Ela fornece uma remuneração sem riscos, ou seja, sem risco de crédito, para que os bancos reduzam o quanto eles vão jogar de liquidez no sistema e, assim, você reduz a facilidade que você teria para consumir, tomar crédito ou mesmo investir numa intenção de controlar o ímpeto do crescimento econômico ao observar o equilíbrio harmonioso entre oferta e demanda”, afirmou o economista. 

Ao senador Marcos Pontes (PL-SP), Galípolo teve de explicar ainda que a “taxa básica de juros é uma das principais formas que o Banco Central usa para retirar ou colocar mais moeda na economia e, assim, controlar a inflação”.

Sobre a autonomia do Banco Central, o provável novo presidente teve de garantir a Jorge Seif (PL-SC) que nunca sentiu qualquer pressão por parte do governo, além de reafirmar o compromisso de seguir o mandato legal e institucional da autarquia. Galípolo ressaltou ainda que suas decisões serão técnicas, baseadas no interesse da população.

*Com informações da Agência Senado.

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1 Comentário

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  1. Quando o presidente Lula indicou Gabriel Galípolo para presidir o BACEN, e comentário feito neste jornal, cheguei a imaganiar que o governo tinha chance de dividir o controle do banco, com o mercado financeiro. Com as duas últimas decisões do COPOM, perdi a esperança que tal pudesse acontecer, mas torço para estar errado. Com a aprovação pelo senado do novo presidente do BACEN, cheguei a conclusão, que tudo continua como dantes, no quartel do Abrantes. Ou seja: As instituições escolhem os dirtores, mas quem continua com a chave do cofre, é o mercado.Os leões da usura, so querem tirar a sua parte do bolo econômico, cujo montante está definido no orçamento anual da união Assim, continua a rotina na nossa USUROCRACIA, Cujos interesses não se coadunam com os do país, que embora promova eleições regularmente, está longe de ser minimamente uma democracia. Parte da população elege quem manda, mas não manda nem em sua casa.

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