Duas semanas após a conturbada aprovação da Medida Provisória (MP) dos Portos, o governo federal enfrenta novos problemas com duas MPs que considera prioritárias. Ambas têm sua tramitação atrelada a uma decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – uma desonera diversos setores da economia e a outra reduz as tarifas da energia elétrica.
As duas MPs foram aprovadas ontem pela Câmara dos Deputados, mas como caducam na terça-feira não terão o prazo mínimo de sete dias para tramitação no Senado prometido por Renan quando defendeu a aprovação da MP dos Portos. Na ocasião, a MP chegou ao Senado horas antes de perder a validade.
Após reunião com os líderes dos partidos, em que a oposição se manifestou contra um recuo de Renan, ele manteve o compromisso. “A única chance era um consenso. Sem isso, a regra está mantida”, disse.
No início da noite, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hofmann, disse a jornalistas que se a MP da tarifa de energia perder a validade o governo vai encontrar alguma saída para preservar a redução nas contas de luz, um dos baluartes da propaganda do governo Dilma.
Ficou evidente mais um desacerto da articulação política do governo. Desta vez, com um novo componente: foi um entrevero entre as ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) que impediu a Câmara de aprovar as MPs no prazo mínimo exigido pelo Senado.
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