A nudez explícita da diplomacia(?) americana via Wikileaks, o reconhecimento do Estado Palestino pelo Brasil, Argentino e Uruguai e a sinalização de alguns países europeus, Espanha, Portugal e França, da necessidade da nação palestina livre e soberana para 2012, são alguns fatos animadores e impressionantes neste final de ano para considerar.
As peças se movem em um cenário de nova ordem emergente e da queda , política, econômica e moral dos Estados Unidos, lenta e gradual, mas contínua.
O Estado Palestino terá, a meu ver, chances promissoras de se consolidar com a superação das premissas ideológicas e culturais do império americano, com seu desprestígio internacional e o recrudescimento das posições em blocos contrários aos interesses norte americanos no oriente médio e nas demais fronteiras de conflito mundiais.
O mundo dá provas, segundo a opinião pública mundial, de querer desembarcar nesta nova ordem, tendo o Estado Palestino, como pano de fundo dessa conjuntura que se anuncia. A emergência do protagonismo do sul também configura uma mudança significativa no movimento das peças deste jogo. Quando Brasil, Índia, África do Sul e China, somado a Rússia, começaram a tratar em bloco seus interesses comuns, nos campos políticos, comericiais e diplomáticos, outras vozes puderam ser ouvidas nas negociações multilaterais. Lula acertou ao privilegiar as relações comerciais e diplomáticas do Brasil pelo viés sul-sul, tanto por isso outro tanto por sua liderança no continente americano, pode ser considerado um dos grandes artifíces dessa nova construção global. Salvo reviravoltas e o velho jeito americano de resolver suas crises, este caminho pode-se consolidar o mais breve possível.
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