Jornal GGN – O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) manteve um cofre no Banco do Brasil ao menos entre os anos de 2007 e 2009 para guarda de bens, como indicam extratos bancários apresentados pelo filho do presidente Jair Bolsonaro.
A revelação foi feita pelo jornal Valor Econômico. A existência do compartimento é indicada em extratos bancários apresentados pelo vereador em processo em que solicita indenização por prejuízos decorrentes de investimentos feitos por uma corretora – foi neste processo que Carlos Bolsonaro afirmou ter pago R$ 15,5 mil para cobrir perdas.
Em 14 dos 22 extratos apresentados, no período de maio de 2007 a fevereiro de 2009, existem referência a uma tarifa de aluguel de cofre, com custo mensal de R$ 115 até abril de 2008, quando o valor foi reajustado para R$ 123.
Pelas regras do BB vigentes na ocasião, os cofres particulares tinham como objetivo guardar papéis, moedas, documentos ou joias dos clientes. Os locatários dos cofres são obrigados a declarar o valor que é mantido no local ao assinar o termo de adesão, mas tal documento não consta do processo. Segundo a publicação, os valores eventualmente mantidos ali não foram declarados à Justiça Eleitoral em 2008, quando Carlos disputou a reeleição na Câmara Municipal do Rio.
O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga Carlos por suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara – investigadores acreditam que ele adotava um esquema semelhante ao da “rachadinha” existente no gabinete do agora senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio.
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