Falta de respiradores preocupa mais que leitos de UTI, diz Uip

"Estamos discutindo se dá para fazer algum acordo com a China. Hoje, para comprar aparelho, vamos ter que competir com a toda Europa"

Jornal GGN – Enquanto Eduardo Bolsonaro abre uma crise diplomática com a China, acusando o País asiático de ter sido o responsável por criar e difundir pelo mundo o coronavírus, o Estado de São Paulo já tem ciência de que poderá ter problemas de falta de respiradores em UTI, e estuda importar os equipamentos justamente dos chineses.

A informação foi repassada à Folha de S. Paulo pelo ex-secretário de Saúde e coordenador do grupo de enfrentamento ao coronavírus no Estado, David Uip.

Na edição desta quinta (19), ele informou que o Estado dispõe no momento de aproximadamente 8,6 mil leitos, e fará gestão daqueles que já estão ocupados.

Há hospitais recém inaugurados, em São Bernardo do Campo, Bauru, Caraguatatuba, por exemplo, que podem criar leitos rapidamente, se for necessário.

O gargalo está na infraestrutura que uma UTI demanda no caso da COVID-19, sendo o respirador a principal questão.

“O que mais me preocupa são aparelhos respiradores e tudo o que precisa compor uma UTI. Estamos discutindo se dá para fazer algum acordo com a China. Hoje, para comprar aparelho, vamos ter que competir com a toda Europa.”

Ainda de acordo com Uip, o Ministério da Saúde também está ciente da situação. “Essa foi uma das missões que o ministro Mandetta me deu ontem, ver o que temos aqui em São Paulo e se os fabricantes [nacionais] podem ajudar.”

O médico afirmou também que os hospitais públicos já começaram a receber casos de coronavírus. “Já chegou. Ontem, o HC [Hospital das Clínicas da USP] tinha um doente internado. Vai começar por esses dois hospitais, o HC e o Emilio Ribas.”

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Redação

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