Gerentes e líderes

Fui fazer checkup ontem de manhã e acabei não lendo o artigo do Renato Janine Ribeiro, na Folha. Embora ele me critique indiretamente (o jornalista econômico que dizia que FHC não tinha apetite gerencial), concordo quase integralmente com o que ele escreve, sobre o papel do líder político e do gerente.

As diferenças entre o que pensamos são nuances, mas que fazem a diferença.

Para Janine – um dos melhores intelectuais brasileiros – cabe ao líder o papel de consolidar alianças, compor maiorias etc. E ao gerentão, debaixo dele, gerenciar. Conclui que Lula e FHC são os grandes líderes políticos contemporâneos, e José Serra e Dilma Rousseff são gerentes.

Concordo com a classificação. Só que líderes compõem alianças visando objetivos e metas e não a governabilidade em si. E objetivos e metas são alcançados no dia a dia da administração, na construção sistemática do futuro, na repetição permanente dos princípios. Especialmente em um governo presidencialista, os sistemas de poder são difusos, entre os MInistérios. Quem decide é o presidente. Daí que um governo depende do pique do presidente.

É nesse ponto que faltava a FHC a gana da transformação. Era um presidente que se contentava com muito pouco, um mercadismo que andava de forma inercial (em direção ao barranco), as privatizações (consolidando uma nova hegemonia econômica entre aliados), a desregulamentação, o embrião de algumas políticas sociais e alguns ensaios de gestão interministerial – nas mãos de dois bons gerentes, Clóvis Carvalho e Pedro Parente, mas com pouquíssimo empenho do presidente.

Lembro-me quando foi criada a Câmara do Comércio Exterior. Quando foi assumida pelo Ministério do Desenvolvimento, indaguei do Ministro Sérgio Amaral como conseguiria cobrar Ministros, do mesmo nível hierárquico dele. Sua resposta é que tinha o porrete, a proximidade do presidente. Garanto que nunca usou, porque faltava a FHC o apetite para avançar nas mudanças. Não pensava grande, como lhe cobrou Sérgio Motta na última carta. É a isso que chamo de falta de apetite gerencial, não ao gerenciamento do governo em si.

Juscelino era um caos orçamentário e administrativo. Mas era um bólido, empurrando o governo com sua vontade. Getúlio Vargas foi o maior estadista do século (pelo conjunto de transformações pelas quais foi responsável). A consulta aos seus arquivos mostra um governante permanentemente às voltas com questões concretas, desde a montagem de alianças (e havia, mesmo no Estado Novo), até discussões para a implantação de indústrias, negociações diplomáticas, acordos financeiros.

FHC nunca teve esse ânimo. Lula passou a ter a partir do segundo semestre de 2006, quando esteve prestes a sofrer o impeachment. Desde então, ganhou  pique, ajudado pela implantação de modelos gerenciais e de acompanhamento mais eficientes, ainda que embrionários.

Mas concordo integralmente com Janine quanto à sucessão: ser gerente não é condição necessária, nem suficiente. E, até agora, não apareceram candidatos a sucessores à altura de FHC e Lula.

Abaixo, a íntegra do artigo.

Por arkx

como quase sempre, Renato Janine está equivocado.

liderança tem apenas a ver secundariamente (como consequência) com persuadir e seduzir, e menos ainda com conciliação.

liderança decorre de carisma! a sedução e a persuasão são decorrências naturais do carisma.

mas carisma apenas não é suficiente.

a liderança se forja não na capacidade de “ouvir”, ou mesmo de “saber o que as pessoas querem” (mais uma vez Renato Janine erra).

a liderança se impõe ao se saber o que as coisas querem, o que a situação quer, o que a conjuntura quer, o que o horizonte estratégico quer.

em outras palavras: um líder é quem sempre está a serviço. e não aquele que pelo seu carisma e poder de sedução coloca as pessoas a seu serviço e a serviço de uma causa que não é a delas (os liderados).

é por misto que Lula, em que pese seu enorme carisma e dom para a liderança, não é um grande líder. com toda sua popularidade Lula não se tornou o líder que o Brasil precisava que ele fosse. para isto, Lula deveria ter a qualidade fundamental que lhe falta: a humildade de se colocar a serviço.

TENDÊNCIAS/DEBATES

Líderes, gerentes ou chefes

RENATO JANINE RIBEIRO

FHC e Lula definiram um alto padrão para a função presidencial: o de líder. É o que torna difícil imaginar Dilma na Presidência

QUATRO MANDATOS sucessivos de governantes do calibre de Fernando Henrique e Lula foram definindo um alto padrão para a função presidencial: o de líder. Esse papel é referência e modelo para quem quiser o cargo em 2010. É o que torna difícil imaginar Dilma Rousseff na Presidência. Pode ser uma boa gerente de projetos, mas não é uma líder que mobilize as pessoas. Sabe ser dura e mandar. Mas a qualidade dos dois últimos presidentes é outra: persuadir, unir, em suma, liderar.

Vamos distinguir gerente, chefe e líder. Um jornalista econômico lamentava a falta de apetite gerencial de FHC. Não concordo. Gerente pode ser o governador de São Paulo, presidenciável constante, mas a quem talvez falte a fagulha da liderança.

Um presidente tem de ir além do seu partido, e não só porque vai costurar uma coalizão, mas porque precisa lidar com um país complexo e liderar, em última análise, o próprio Brasil.

Assim foi que FHC emplacou o Plano Real, as privatizações e a posse tranquila de Lula, e Lula viabilizou uma política social mais audaz e a inclusão da esquerda entre os atores políticos aceitos no país. Fossem gerentes…

Dilma presidenta seria, apesar de seus méritos, um enorme problema para o PT. Pouco do que ela diz ou faz corresponde aos valores históricos centrais do partido. Parece mais empenhada em aumentar a produção, em articular governo e empresários.

Isso deixa um vazio de valores. É como se o meio -o crescimento econômico- se tornasse fim. E os fins -múltiplos, mesmo contraditórios- que o PT propunha? Eles somem.

Imaginemos, em seu lugar, um chefe. Fernando Haddad disputa esse papel. É o único ministro importante que tem mídia constante e favorável, graças em parte a uma ótima assessoria. Defende uma causa nobre (educação), enquanto Dilma se dispõe, para ter energia no rio Madeira, a sacrificar bagres. Melhor educar que eliminar peixes. O plano de Haddad para a educação é bem concebido, embora reste ver se e quando será executado.

Mas um chefe não é um líder. Um chefe dá ordens, nomeia, demite. Um presidente, não. O único ministro que Lula demitiu diretamente -Cristovam Buarque, por celular- lhe custou caro. Melhor mandar um emissário pedir o cargo. Presidentes, se forem líderes, não mandam. Falam. Seduzem. Quem chefia um ministério pode querer que ele seja homogêneo. Já um presidente administra ministros em conflito e, além disso, precisa de pontes com a oposição.

Ouvi um político francês definir um líder: “Sua melhor qualidade é que ele descobre muito rapidamente o que as pessoas querem”. Esse é um dom: o líder dá menos do que as pessoas pedem, mas isso porque elas mesmas não sabem o que desejam. Tal capacidade de escutar nada tem a ver com gerenciar ou mandar. É estratégia, não tática; é persuasão, não ordem.

Não é disciplina, é conciliação.

O Brasil não terá governos de um partido só. Estamos fadados a ter maiorias de coalizão no Congresso. O presidente da República, embora poderoso (ainda bem, senão viraria refém dos parlamentares), precisa unir da esquerda do PT até Delfim Netto.

Daí que seja tão importante ele falar.

Delega a gestão a primeiros-ministros de fato, gerentes como Sérgio Motta, Dirceu, Dilma. Eles podem dizer grosserias: “masturbação mental” (Motta), “tiro no pé” (Dilma). O presidente deve se poupar.

O PT tem um líder a propor para 2010? Difícil. Uma hipótese é viabilizar Patrus Ananias, que vive uma espantosa discrição: afinal, ele tem a pasta do Bolsa Família; mas, mineiramente calado, não se queima.

Porém, a prioridade um do PT é: se este é o governo mais popular em várias décadas, por que dar a sucessão a outro partido? O PT proporá um nome de dentro, mas seu estoque é pequeno.

Por outro lado, como a prioridade dois -não do PT, mas de Lula- parece ser eleger o próprio Lula em 2014, poderia ser alguém que se contentasse com um mandato. Pois, hoje, elegemos governantes por oito anos, com um “recall” no meio. Talvez Dilma tope ficar um mandato só. Haddad, não.

Para ele, é melhor esperar do que se queimar como Medvedev brasileiro.

A alternativa é eleger alguém de oposição. O PT sairia do governo, recuperaria as raízes, Lula seria candidato natural em 2014. Mas quem a oposição tem? Serra, seu nome óbvio, lembra Dilma. Gerente, chefe, seu forte não é a persuasão. E como FHC era bom nisso! Ele e Lula, depois e ao contrário de Collor, souberam ir além de suas identidades imediatas. Mais uma vez: esse é o papel de um líder.

Por isso, Alckmin não servia. Estava longe desse perfil elevado. Serra, com esforço, talvez se torne líder.
Haddad tem tempo para isso, mas ainda não o é. Na oposição, quem hoje parece mais talhado para líder é Aécio -que tem seu primeiro-ministro, um ótimo vice, Antonio Anastasia.

Em suma, o Brasil colocou a política acima da gerência. Acho isso bom.

Custa alguma coisa deixar a gestão em segundo plano, mas custaria ainda mais gerir sem apoio político. Técnicos no poder funcionaram na ditadura. Na democracia, não bastam.

RENATO JANINE RIBEIRO, 59, é professor titular de ética e filosofia política na USP. Foi professor visitante na Universidade Columbia e diretor da Capes (2004-2008).

Luis Nassif

56 Comentários

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  1. Até quando aspessoas vão
    Até quando aspessoas vão depositar alguma esperança
    no Serra. Aqui no próprio blog já foi mostrado as fragilidades
    de seu governo em São Paulo. Gerente? o que foi aquele confronto de polícias??
    Serra foi contra FHC somente no grau de intensidade da política monetária. Foi completamente favorável ao desmonte do Estado – numa estratégia de simplesmente o mercado faz melhor-. Na ânsia mercadológica, destruiu setores fundamentais para o planejamento de uma nova trajetória de desenvolvimento economico do país.

  2. FHC nem isso foi

    Pegou o
    FHC nem isso foi

    Pegou o país em estado de graça, e o deixou em desgraça

    3 acordos com o FMI, 5 crises IMPORTADAS por nossas fraquezas, privatizações a amigos, resultados econômicos pífios (crescimento, desenvolvimento, emprego, inflação, desemprego, divida/carga, ctas externas e internas, programas sociais, sal.mínimo), deu golpe com a releição, e praticou inúmeros outros casuísmos (escutas no congresso, pasta rosa, o limite da responsabilidade) …enfim …um estrupício

    agora …e o menino Ciro, por onde anda?

    Ahhh se ele tiver ganhado só pouco de juízo ??!! …pra mim estaria sobre medida pros novos dias

  3. até mesmo porque ele tem a
    até mesmo porque ele tem a qualidade essencial aos grandes líderes: humildade!

    e Patrus teve agora com o Bolsa Família uma vitória não apenas política (dadas as qualidades intrínsecas do programa, não obstante sua perversa integração com uma política econômica neoliberal) como gerencial (já que foi Patrus quem viabilizou operacionalmente o programa).

    mas falta a Patrus a independência. é um homem de partido. não um homem de projetos. submete-se a disciplina partidária. ao invés de obedecer apenas a princípios inabaláveis (não que Patrus seja um leviano, nem minimamente algo do tipo. refiro-me a modos de se conceber e fazer política).

    o silêncio de Patrus me parece ser muito mais do que uma característica mineira, ou mesmo uma tática oportunista de quem não quer se queimar para se manter como alternativa de reserva.

    o silêncio de Patrus é o de quem tem muito a falar. mas desgraçadamente permanece mudo…
    .

  4. Concordo quase integralmente
    Concordo quase integralmente com o Janine. Acho que ele menosprezo um pouco o papel do gerente, mas está corretíssimo. Nassif, voc~e chamaroa JK e Getulio Vargas de gerentes?

    No presidencialismo brasileiro o chefe de estado tem que construir coalizões ou vai sofrer vetos o tempo todo. A qualidade política é sine qua non, a gerencial (ou empreendedora) pode fazê-lo grande.

    Dilma não possui isso, está escudada sob Lula, mas é claro que ter a caneta na mão facilita. Serra está demonstrando mais desenvoltura. Mas o craque nisso é o Aécio e o Janine esqueceu de mencionar.

    A sua avaliação do FHC peca por omissõese pela sua bronca com os mercadistas. Tenho críticas enormes ao governo dele, mas privatizações, agências reguladoras, início das políticas sociais é uma movimentação gigantesca no país que dependeu tanto de coalizão política como de capacidade gerencial.

    Ele não se esqueceu do Aécio, não, veja lá.

  5. Este post e o artigo do RJR
    Este post e o artigo do RJR foram a minha primeira leitura de hoje.
    Gosto desse tipo de análise desapaixonada, racional. Apreciação lúcida que foge do endeusamento ou da demonização.

    Sou ainda, por falta de melhor partido, um tucano que só votou uma vez no Lula. Quando ganhou o Collor, tinha votado em Covas e cravei Lula quando percebi que a vaca tinha ido pro brejo.

    Admiro FHC e mudei em relação a Lula. Porque ele tambem mudou. Surpreendeu positivamente ao se descolar dos radicais do PT.

    Mas, gerentão por gerentão, acho que o Serra reune mais condições.

  6. Getulio Vargas o maior
    Getulio Vargas o maior estadista do Século?????

    Pois é….
    Depois alguns se espantam com resultados de pesquisas que indicam os latino americanos pouco preocupados com a democracia, desde que o governo seja “bom”!

    Meu sonho ( agora já impossivel…) seria ver uma dobradinha “Medici/Maluf”.
    Ah, como seriamos todos felizes….

    PS- O ministro da fazenda, fácil adivinhar, seria o “competente” Delfim Neto.

  7. como quase sempre, Renato
    como quase sempre, Renato Janine está equivocado.

    liderança tem apenas a ver secundariamente (como consequência) com persuadir e seduzir, e menos ainda com conciliação.

    liderança decorre de carisma! a sedução e a persuasão são decorrências naturais do carisma.

    mas carisma apenas não é suficiente.

    a liderança se forja não na capacidade de “ouvir”, ou mesmo de “saber o que as pessoas querem” (mais uma vez Renato Janine erra).

    a liderança se impõe ao se saber o que as coisas querem, o que a situação quer, o que a conjuntura quer, o que o horizonte estratégico quer.

    em outras palavras: um líder é quem sempre está a serviço. e não aquele que pelo seu carisma e poder de sedução coloca as pessoas a seu serviço e a serviço de uma causa que não é a delas (os liderados).

    é por misto que Lula, em que pese seu enorme carisma e dom para a liderança, não é um grande líder. com toda sua popularidade Lula não se tornou o líder que o Brasil precisava que ele fosse. para isto, Lula deveria ter a qualidade fundamental que lhe falta: a humildade de se colocar a serviço.
    .

  8. (se possível, desconsiderar
    (se possível, desconsiderar comentário anterior. ficou incompleto.obrigado)

    se Dilma é a gestora, Patrus poderia (sim, poderia – condicional) ser o grande líder.

    até mesmo porque ele tem a qualidade essencial aos grandes líderes: humildade!

    e Patrus teve agora com o Bolsa Família uma vitória não apenas política (dadas as qualidades intrínsecas do programa, não obstante sua perversa integração com uma política econômica neoliberal) como gerencial (já que foi Patrus quem viabilizou operacionalmente o programa).

    mas falta a Patrus a independência. é um homem de partido. não um homem de projetos. submete-se a disciplina partidária. ao invés de obedecer apenas a princípios inabaláveis (não que Patrus seja um leviano, nem minimamente algo do tipo. refiro-me a modos de se conceber e fazer política).

    o silêncio de Patrus me parece ser muito mais do que uma característica mineira, ou mesmo uma tática oportunista de quem não quer se queimar para se manter como alternativa de reserva.

    o silêncio de Patrus é o de quem tem muito a falar. mas desgraçadamente permanece mudo…
    .

  9. Sempre me pareceu que a
    Sempre me pareceu que a “sorte” do Lula vinha do tesão dele de que as coisas acontecessem. Para o FHC, ser presidente era mais um ítem em seu vasto currículo.

  10. *** fora de pauta ***

    mas
    *** fora de pauta ***

    mas relacionado a LÍDERES

    Noticia importante

    Penso que a reeleição, indistinta e por tempo indeterminado, DESDE que sob regras proporcionais e democráticas (sem o uso do poder econômico por exemplo), é coisa aceitável a TODOS os poderes, TODOS

    Assim como acho aceitável, justo e necessário o OSTRACISMO, ostracismo ético, quando necessário

    ..mas veja a chamada de CAPA do JB …e o artigo interno daquele jornal do Estado de coisas chamado Rio de Janeiro

    “Roberto Jefferson prepara show”

    http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/01/15/e150120925.asp

    tudo bem que o cara NÃO foi apenado por nossas leis TORTAS

    tudo bem que o país devia tê-lo CAPADO já no programa POVO NA TV…depois junto com o Collor …e depois no mensalão, escândalo ARTIFICIAL, mentiroso, manipulado e exagerado que não gerou nenhum fruto positivo pro país (como reforma política e financiamento publico de campanha por ex)

    …mas já que as instituições não o fizeram …ao menos os homens de bem poderiam tê-lo esquecido, não?

  11. Ainda é cedo para saber se
    Ainda é cedo para saber se Dilma é só um “gerentão”; quanto a Serra, já sabemos tudo que ele é. A propósito, é só dar uma passada por Paulo Henrique Amorim, para ler um exemplo bem recente (http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=4010). Quanto a FHC, sei não, viu! Quando o ouço falar, me pergunto para onde foram tantos ditos estudos, tão inconsistente e superficial que é o discurso (http://www.youtube.com/watch?v=o0t2i5mv1cs http://www.youtube.com/watch?v=30O47FolIbI&feature=related).

  12. Juntando o seu post com um do
    Juntando o seu post com um do Balaio do Kotscho de uns dias atrás, a gente entende a afirmativa dele, Kotscho, de que o Lula ficaria feliz tanto com a eleição da Dilma quanto com a do Serra. Só que o Kotscho, que é um otimista, acha que seria pela civilidade na sucessão. Já eu acredito que o Lula ficaria muuuuuito feliz de ser sucedido por um “gerentão”. Efeito comparação, né?

    Abs

    2010 vai ser uma guerra.

  13. Ao Romanelli

    Meu caro, você
    Ao Romanelli

    Meu caro, você se esqueceu da principal herança de FHC, que está provocando muito mais estragos ao país do que todos os erros econômicos cometidos pelo tucano e do que a falta de apetite gerencial apontada pelo Nassif. Essa herança está se materializando no desmonte do funcionamento (mesmo que precário) da nossa justiça.

    a nomeação de Gilmar Mendes para o Supremo

    Essa sim é a verdadeira herança maldita, por que ainda não foi possível avaliar o tamanho do estrago que vão provocar as sucessivas decisões desse senhor na presidência do STF.

  14. Nassif:
    Concordo, como quase
    Nassif:
    Concordo, como quase sempre com suas ideias e aqui com suas teorias sobre o papel de um líder e de um gerente. Perfeito. Agora, graças a Deus “que FHC não tinha apetite gerencial”, senão já estamos falando inglês, a Petrobras transferido suas torneiras para os EUA e a Amazonia fazendo parte do território de outros países. Fui gestor de um projeto com financiamento externo, representando a comunidade interessada. Apesar de todo meu empenho, coragem em denunciar, o dinheiro foi totalmente desviado pelos políticos. No final, por mais incrível que possa parecer, achei que foi melhor eles levarem as verbas do que fazer o que pretendiam com ela.

  15. Nos clãs de gorilas, o
    Nos clãs de gorilas, o chamado macho alfa tem nas costas um pêlo prateado. Por isso é chamado de Costas Prateadas.
    Até há algum tempo atrás os estudiosos achavam que as coisas aconteciam na seguinte seqüência:
    Primeiro um macho jovem se sobressaia.
    Em seguida suas costas começavam a se pratear.
    E, finalmente, ele desafiava o velho líder e, se vencesse a luta, conquistava a posição de novo líder, novo macho alfa.
    Depois descobriram que não era bem assim:
    as costas do novo macho alfa não são prateadas inicialmente. Mas basta alguns meses na condição de líder, e pronto! Nascem os pêlos claros nas costas.
    Moral da história: o líder (ou a líder) assume esse papel e vai se adequando a ele. É no exercício do mandato que a investidura do líder se efetiva.
    Serra já provou que é um canalha, incompetente e pusilânime.
    Suas grande obras em São Paulo: a cratera do metrô e o PCC.
    Suas grandes decisões: 1)o preço da banana agora será por quilo e não por dúzia; 2) jornalistas que não lhe agradem são demitidos.

    Mil vezes Dilma!!

  16. Bom, sinceramente não vejo na
    Bom, sinceramente não vejo na administração atual o movimento de mudanças que FHC implementou. Não foi um presidente perfeito, mas não se deve tirar méritos e classificá-lo de acomodado ou derivados. FHC e seu ministro Bresser pereira fizeram uma reforma administrativa, por meio da emenda constitucional 19/1998, que contribui bastante para a idéia de eficiência na Administração pública. O mesmo FHC em 2000 conseguiu aprovar a Lei de responsabilidade fiscal, outro rumo norteador da Administração. A questão das agências reguladoras também marca novos paradigmas para a administração. Acho difícil crer que FHC passava longe dessas mudanças implementadas por seus ministros e que refletem atualmente na Administração Pública.

    FHC entrou cercado pelo melhor quadro técnico da época. Sua falta de vontade abortou inúmeras experiências. A própria reforma administrativa, do Bresser, ficou pela metade quando ele foi afastado.

  17. Uma boa discussão a partir do
    Uma boa discussão a partir do artigo do Renato Janine. O que faz de um homem ou mulher uma liderança? Uma facilidade em estar com o público, fazer rir, ter humor, estar à vontade, contar casos, humanizar o ato de governar, simbolizar uma aspiração, não ter respostas prontas, saber ouvir, reunir aqueles que se opõem, criar condições para o debate e a divergência, representar um ideal. Apesar de todas as dificuldades que o Governo Lula enfrenta, ele alcança uma aprovação de 80%. E essa é a grande questão para os especialistas. Os homens de marketing acham que constroem lideranças, mas não. É preciso representar a mudança em determinado momento da história, mesmo que nem sempre seja possível, mas o líder sabe onde quer chegar, ele transmite confiança e otimismo. Isso não dá para disfarçar, está presente ou não.
    As alternativas são sempre as mesmas e se encontram entre aqueles que conseguem mais visibilidade nacionalmente. O PT tem lideranças em outros Estados que agregam, que simbolizam, como por exemplo: Marcelo Deda, Marina Silva, Olívio Dutra, Jacques Wagner e outros. O Ministro Patrus, pelo desempenho do Bolsa Família e seu perfil ético teria todo o potencial , mas preserva-se. O Ministro Haddad, à frente do Ministério da Educação também. Apesar de estarem à frente de dois Ministérios importantes procuram ser discretos, talvez em respeito ao Presidente. O Ministro da Justiça Tarso Genro também é uma possibilidade, mas a sua área tem sido alvo de muita turbulência. Enfim, há muitos outros, não necessariamente no eixo S. Paulo, RJ e MG.

  18. Nassif, creio que o Janine
    Nassif, creio que o Janine fez um exercício intelectual para comparar Lula e FHC. São incomparáveis. Um, o FHC dizia que governar o Brasil era fácil, bastava usar o gogó. Aos opositores, lançava a sua jactância chamando-os de “neo-bobos”. Dizia, por fim, ” que era mais inteligente do que vaidoso”. Não tinha e não tem perfil de líder político, menos o de Gerente. Aliás, gerenciar não se resume a dar ordens. Essas, as ordens, precisam ser negociadas. À época de FHC, a Ruth Escobar dizia abertamente: ” o Brasil é um país fenomenal. Pode escolher entre um mecãnico e o Príncipe dos Sociólogos. Mal escolheram o Príncipe, daí 1998 e 2002. Por onde esteve o FHC na campanha do Serra e Alckmin? Escondido. A sua aparição “tirava” votos dos candidatos tucanos. Líder, FHC só em Higienópolis, talvez. Lula tem efetiva liderança. Tem a marca de sindicalista. Conciliador. Senso crítico e de oportunidade de bem escolher seus auxiliares.
    Carlos Antonio

  19. Acho que não preciso ler o
    Acho que não preciso ler o artigo em questão, pois seu comentário já é bastante conclusivo. No mundo hipotético que só na minha cabeça existe e indo para o lado do ganha/perde, eu estou imaginando os 4 citados lendo este seu comentáro. Quem ganha: FHC; você salvou o FHC. É como ele estivesse com um corda no pescoço pulando numa ponte e alguém vai lá e o segura. Outro que ganha: Lula; apesar de você ter falado muito pouco, porém seu comentário reside no estritamente técnico. Outro vencedor: Dilma; você já promoveu a Dilma a gerente, pois ela ainda não tem esperiência em cargos majoritários. O grande perdedor: Serra; voce colocou o Serra no seu devido lugar. Você o rebaixou da categoria de “presidente virutal” a um alcaide gerente de quinta categoria e tem mais: com F.H.C ressusticado e saido das cinzas ele vai querer brilhar novamente e vai ofuscar quem? o Serra; pois ultimamente ambos não estão nada “amigos” ultimamente.

    Você ainda não tem candidato para 2010, admita.

  20. se Dilma é a gestora, Patrus
    se Dilma é a gestora, Patrus poderia (sim, poderia – condicional) ser o grande líder.

    até mesmo porque ele tem a qualidade essencial aos grandes líderes: humildade!

    e Patrus teve agora com o Bolsa Família uma vitória não apenas política (dadas as qualidades intrínsecas do programa, não obstante sua perversa integração com uma política econômica neoliberal) como gerencial (já que foi Patrus quem viabilizou operacionalmente o programa).

    mas falta a Patrus a independência. é um homem de partido. não um homem de projetos. submete-se a disciplina partidária. ao invés de obedecer apenas a princípios inabaláveis (não que Patrus seja um leviano, nem minimamente algo do tipo. refiro-me a modos de se conceber e fazer política).

    o silêncio de Patrus me parece ser muito mais do que uma característica mineira, ou mesmo uma tática oportunista de quem não quer se queimar para se manter como alternativa de reserva.

    o silêncio de Patrus é o de quem tem muito a falar. mas desgraçadamente permanece mudo…

    liderança tem apenas a ver secundariamente (como consequência) com persuadir e seduzir, e menos ainda com conciliação.

    liderança decorre de carisma! a sedução e a persuasão são decorrências naturais do carisma.

    mas carisma apenas não é suficiente.

    a liderança se forja não na capacidade de “ouvir”, ou mesmo de “saber o que as pessoas querem”.

    a liderança se impõe ao se saber o que as coisas querem, o que a situação quer, o que a conjuntura quer, o que o horizonte estratégico quer.

    em outras palavras: um líder é quem sempre está a serviço. e não aquele que pelo seu carisma e poder de sedução coloca as pessoas a seu serviço e a serviço de uma causa que não é a delas (os liderados).

    é por misto que Lula, em que pese seu enorme carisma e dom para a liderança, não é um grande líder. com toda sua popularidade Lula não se tornou o líder que o Brasil precisava que ele fosse.

    para isto, Lula deveria ter a qualidade fundamental que lhe falta: a humildade de se colocar a serviço.
    .

  21. Não sei se entendi muito bem
    Não sei se entendi muito bem essa história de líder. FHC comprou o segundo mandato, comprou alianças. Lula, acho que em menor medida, fez o mesmo. Isso é liderança ou é só governabilidade?
    Mas Lula administra melhor. Hoje o Brasil é mais bem administrado, daí vem a popularidade do Lula. As pessoas querem ter a sensação de estão sendo bem cuidadas, que o Brasil está sendo bem cuidado. Todos nós gostamos do Brasil. O Brasil precisa sim de um gerente, precisa continuar a ser bem cuidado. O Serra governa São Paulo sem oposição. Não admite oposição, persegue opositores (políticos, jornalistas), querem que ele seja líder? Gerente?
    Aécio? Se eu disser o que tenho ouvido dele o comentário não passa, então deixa pra lá.
    Só sobrou a Dilma. É uma gerente competente. O Brasil precisa dela.

  22. Acho que tanto Serra quanto
    Acho que tanto Serra quanto Dilma podem ser boas surpresas como líderes políticos, papel que realmente nunca desempenharam.

    Fernando Henrique nunca assumiu esse papel, excetuado o período do Real, em que foi um bom Tiradentes com o pescoço do Itamar. No início do seu governo, terceirizou a desagradável tarefa de fazer política para painho e filhinho Magalhães; depois a vaca foi pro brejo.

    Lula, concordo que surpreendeu positivamente no pós-Dirceu; mas só na hora do desastre ameaça livrar-se da canga financista. Ou seja, vem falhando no essencial.

    Gostaria que alguma alma caridosa explicasse o seguinte trecho do Janine:

    “[Haddad] Defende uma causa nobre (educação), enquanto Dilma se dispõe, para ter energia no rio Madeira, a sacrificar bagres. Melhor educar que eliminar peixes”.

    É isso, literalmente, ou me escapou alguma sutileza maior?

  23. Em taba de índio é
    Em taba de índio é assim:

    Chefe – pensa no mês e dá pancada se precisar;

    Gerente – pensa no ano, dá pancada em chefe se precisar e fala manso para índios, antes de dar pancada;

    Líder – pensa para tempo quando filho fica grande, dá pancada em gerente mas fala manso para todo mundo (índio e chefe).

    Índio acha que Contador que inventou balanço de empresa, copiou de taba de indio:

    balanço também tem tres departamentos:

    ativo e passivo curto prazo – toda obrigação para póximo mês,
    médio prazo – toda obrigação para fim de ano,
    longo prazo – toda obrigação para outros anos.

    Logo Índio pensa:

    ativo / passivo curto prazo é coisa de chefe,
    médio prazo é para gerente e longo prazo é para líder.

    Empresa que não segue essa norma quebra . Igual tribo.

  24. arkx,
    esse é o ideal:
    “a
    arkx,
    esse é o ideal:
    “a liderança se impõe ao se saber o que as coisas querem, o que a situação quer, o que a conjuntura quer, o que o horizonte estratégico quer.”
    Seduzir, persuadir, sem conciliação, para uma intervenção sobre determinada conjuntura, a partir de um horizonte estratégico.
    Como escreveu Janine, que parece que acreditava no que você escreveu, mas desistiu: precisamos ter maioria parlamentar para governar. E o nosso Congresso, hein? E o nosso Supremo, hein?

  25. (repeteco: deu problema do
    (repeteco: deu problema do meu computador e nao sei se chegou)

    “Fui fazer checkup ontem de manhã e acabei não lendo o artigo do Renato Janine Ribeiro, na Folha”: bom, da proxima vez deixe o importante pra fazer e o desimportante pra mais tarde! Nao dava pra adiar o medico?

    Re seus paragrafos 4 e 5: nao sei se estou sozinho mas acho um disparate colocar um presidente cercado de milionarios e sacripantas mediaticos ao lado de Lula. Ofensivo!

    (Maaaaaassss.. nao foi so no Brasil que aconteceu. Bush nao saberia a definicao de “cidadao nao-milionario”, por exemplo. Deu no que deu…)

  26. Você diz que, “até agora, não
    Você diz que, “até agora, não apareceram candidatos a sucessores à altura de FHC e Lula.”

    Há um trecho da peça “A vida de Galileu” em que Bertold Brecht escreve: “Infeliz a nação que não tem heróis… Não. Infeliz a nação que precisa de heróis.”

    Sejam bem-vindos, pois, burocratas sem charme, atormentados pelas demandas do povo, impedidos de ignorar como em “A exceção e a regra” (também de Brecht) que, “Ao teu lado alguém tem sede: fecha depressa os olhos!/ Tapa teu ouvido: alguém geme junto a ti!/ Detém o teu pé! pois te pedem ajuda!/ Ai de quem se deixa levar! Ele/ Dá de beber a um homem, e/ Quem bebe é um lobo.”

    Quem resume bem o caso é Orson Welles no filme “O terceiro homem”: “Na Itália, depois de trinta anos sobre os Borgias, onde eles tiveram guerras, terror e assassinatos, eles produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e a Renascença. Já na Suíça, onde eles tinham amor fraterno, quinhentos anos de democracia e paz, o que eles produziram? O relógio cuco”.

    Este holandês afirma: Viva o relógio cuco!!!

  27. Acho que o arkx está
    Acho que o arkx está equivocado. Talvez o Janine esteja certo.

    Estou tentando lembrar os conceitos utilizados no estudo de administração de empresas, mas já faz tempo e não tenho tempo de pesquisar.

    Ou o arkx define o que entende como liderança ou, se utilizar o termo sem definir, deverá utilizar o entendimento acadêmico sobre o que é liderança.

    Liderança não decorre SÒ de carisma! A liderança carismática é só um dos tipos de liderança que existem e mais fácil de ser encontrada em grupos religiosos pequenos do que em grandes organizações (até religiosas) e na política.

    Existem vários casos de líderes políticos importantes sem nenhum carisma. Por exemplo eu colocaria o Luís Carlos Prestes nesta categoria: um sujeito muito racional na vida e na política, mas um líder desde quando não era comunista. O problema é que no Brasil, mais do que no resto do mundo, ressaltam os carismáticos, mas estes, no geral, são muito poucos.

  28. Dois pontos (que já vi aqui,
    Dois pontos (que já vi aqui, mas não custa nada salientar): 1) tão importante quando governar para todos e saber a partir de que visão se governa (que setor da sociedade é hegemônico na visão de governo); e 2) vivemos sim uma crise de grandes lideranças, fruto de uma esfera pública construída com base em pessoas (então, vale o trator, não o ideólogo). O problema é saber como resolver isso?

  29. Eu acho que essa discussão
    Eu acho que essa discussão conceitual sobre liderança e gerência não foi o foco do artigo. Pode até gerar esse pertinente debate, mas o principal é que está aberta a temporada de caça à Dilma.
    Até 2010, vão surgir na mídia, vários profissionais de todo tipo, explicando por que a Dilma não pode ser presidente. O cientista político mostra isso de ponto de vista científico. Um ataque “uspiano” à candidatura Dilma.
    Para mim ela é uma incógnita. Já foi guerrilheira, e agora é ministra. Como alguém que já mudou até de identidade pode ser tão facilmente enquadrada em um único perfil?
    Quanto ao Serra, que tem muito mais quilometragem na política, ele diz que até pode se tornar um líder(acho que essa parte foi encomendado pelo Otavinho). Dos dois, quem tem mais potencial para mostrar uma nova faceta, é a Dilma. PS: Pela idade do articulista, e pelo artigo em si, tenho certeza de que foi aluno do FHC

  30. a diferenca fundamental entre
    a diferenca fundamental entre um lider e outro eh a quem ele lidera…FHC liderava um projeto de privatizacao que beneficiava a poucos…Lula representa um movimento social mais autentico nos ultimos tempos, e essa parece ser a diferenca dele inclusive com getulio vargas, pois an epoca deste os movimentos trabalhistas eram pelegos (hoje, embora a cut apoie vigorosamente lula, tem nocao de que nao eh governo…)…
    o lider une a pratica cotidiana a uma visao a longo prazo, estrategica: eh o que faz Lula, transmite esperanca (talvez isso explique a marca das frases Sem Medo de Ser Feliz e a Espepranca Venceu o Medo – inclusive do terrorismo do Pig).
    Concordo que 2010 sera mesmo uma guerra – se em 2006 houve tudo aquilo, imagine em 2010…Essa discussao sobre lideres eh importante, mas a questao fundamental a ser colocada eh a seguinte: quem vai me representar depoiis de 2010? Os interesses associados a fhc e aos demotucanos, ou outra alternativa que contemple a estrategia defendida pelo governo lula e os movimentos sociais e os interesses verdadeiramente brasileiros, da maioria do povo? Prefiro, claro, esta alternativa, mesmo porque a outra sera o medo e a demonizacao dos movimentos sociais etc etc…Como dizia o mino carta: fhc atrasou o brasil cem anos. Lula eh o unico que segura a barra e consegue um pacto razoavel para compatibilizar as contradicoes braisleiras num patamar mais civilizado…

  31. Talvez você tenha razão,
    Talvez você tenha razão, Nassif. Não conheci tão bem as questões internas do Governo FHC e não posso dizer até que ponto a pessoa do presidente ou seus auxiliares tocaram as reformas. Mas vejo a importância da Emenda n° 19/1998 para a Administração pública, assim como outras medidas pensadas pelo ex-ministro bresser pereira. Independente de ter sido iniciativa do ministro ou de fhc, acho que houve grandes avanços na questão administrativa.

  32. 2010 está se desenhando com o
    2010 está se desenhando com o divisor de água da história nacional. Pois será o primeiro ano que lideranças formadas no processo de redemocratização não estarão competindo. Serra é o ultimo representante, por isso, pensa ser seu lugar de direito a presidência. No entanto está caminhando demais para a direita, aparentemente a população está com uma tendência a escolher um presidente de centro-esquerda, somente uma hecatombe econômica tirará dará a possibilidade de Serra ser presidente.
    Acredito que país precisa de um gerente que continue o caminho iniciado por Lula. O Brasil tem a necessidade histórica de continuidade, isto nunca aconteceu no Brasil. Somente assim a miséria poderá ser retirada para sempre desta nação.

  33. george vidipo
    george vidipo 14:36

    brasileiro, confuso, trapaiado, estudou em escola publica do capão redondo e, pelo jeito, não era muito assíduo
    “O Brasil tem necessidade historica de continuidade”
    – Sim o Brasil para (sem acento é ruim, hein!) quando voce dorme.
    “Um gerente que continue o caminho iniciado po0r Lula”
    – Sim, no principio era o verbo. Depois apareceu Lula e “fiat lux”
    Vá pentear macacos!

  34. Estou esperando o Nassif
    Estou esperando o Nassif falar a respeito do Tarso Genro e o seu ultimo absurdo: asilo do italiano condenado.
    O Ministerio da Justiça já foi ocupado por muitos medíocres mas o Tarso é dose pra leão.
    O Lula é lider? Sei não. Não põe cabresdto nos seus gerentinhos.

    Se fosse motorista estaria multado por cegueira. É só procurar que encontrará dois posts lotados de comentários.

  35. Ivanisa,

    não sou nenhum
    Ivanisa,

    não sou nenhum ingênuo ou porra-louca prá achar que base parlamentar é desnecessário para governar!

    mas tudo é uma questão de enfoque. para um governo de mudanças, o principal deve ser o apoio popular: a organização de base, nos locais de moradia e trabalho, no melhor estilo dos tempos da criação do PT.

    outro ponto: não creio que nenhum processo de mudança seja possível sem ruptura! ainda mais no caso do Brasil, um país com fortíssima tradição autoritária e com imensas desigualdades sociais.

    o que uma proposta madura e consciente de ruptura deve encaminhar é a administração da ruptura, e nunca sua postergação.

    condições internacionais e cenário interno são favoráveis, pela primeira vez em nossa história, a uma mudança com apoio e conduzida pelas bases da sociedade.

    e por ruptura entenda-se, no Brasil, uma modernização pela base, ao contrário das anteriores (Getúlio, Jango e 64 – não esqueçamos que foi a ditadura militar a responsável pela industrialização pesada, telecomunicações e energia).

    não me refiro a rupturas de tipo socializante. e sim, finalmente, o Brasil ter um capitalismo “funcional”: um mercado regulado.

    não se espere que uma regulação e modernização do mercado no Brasil venha a ser obra dos atuais grandes empresários brasileiros. é preciso forjar uma nova mentalidade e um novo setor empresarial .

    note que falo o tempo todo de capitalismo empresarial moderno. algo perfeitamente cabível e viável dentro das condições objetivas da sociedade e da economia brasileira.

    sem arrogância e prepotência: é mais do que hora de fazer com que os capitalistas brasileiros enfim adotem e apliquem o próprio capitalismo.
    .

  36. Wandhkleysson,

    para me
    Wandhkleysson,

    para me explicar melhor:

    como escrevi anteriormente, para um grande líder o carisma é condição necessária, mas não suficiente.

    a principal característica do grande líder é sua dedicação inalterável em colocar-se a serviço dos liderados. e não o inverso, que é o mais comum: pelo carisma o líder seduz o liderados e os coloca a serviço de si próprio e de sua causa, que na maior parte das vezes não é compatível com os interesses dos liderados.

    líderes autênticos estão antenados com o espírito de sua época. e agem determinadamente. liderar é agir, tomar decisões, assumir responsabilidades.

    e sempre ser capaz de compreender os limites de seu contexto. não para se submeter a eles. mas para ser capaz de fazer com que eles possam ser superados.
    .

    Sua avaliação está muito boa, mas se esqueceu de incluir uma categoria acima: a de estadista. Aquele que tem uma visão do futuro do Estado e consegue colocá-la em prática graças à capacidade de apontar caminho, juntar vontades e mobilizar instituições. É mais do que líder. Collor, por exemplo tinha a visão de futuro, o carisma e não teve a habilidade política. FHC tinha a capacidade política, mas não a visão de futuro nem o carisma. Lula tem o carisma, a capacidade de montar pactos políticos, melhorou a visão de futuro, mas não a ponto de ser o estadista no sentido clássico.

  37. Liderar quem? para liderar,
    Liderar quem? para liderar, antes é necessário aglutinar entorno a propostas, projetos. A questão é: quem entre os possíveis ou reais candidatos, pode ser, além de um bom gerentão, um bom líder… entre Dilma e Serra, fico com a possibilidade que é Dilma, pois Serra, não só não lidera, como ao contrário, desaglutina… além de ter, na verdade, poucas e confusas propostas!

  38. O ponto fraco do articulista
    O ponto fraco do articulista é rodar, rodar para concluir que SOMENTE o Serra poderá vir a ser lider. Nem o Aecio. Mesmo lider, dependeria de ter a seu lado um Anastacia (?). Seu comentario dá de mil. Mas voce não escreve mais na Folha…

    Me dê um Anastazia e até eu viro presidenciável.

  39. “sem arrogância e
    “sem arrogância e prepotência: é mais do que hora de fazer com que os capitalistas brasileiros enfim adotem e apliquem o próprio capitalismo”: e se eles precisarem de sugestao pra onde aplicar lo ele podem me perguntar porque eu tou doido pra falar pra eles em excruciantes detalhes anatomicos.

  40. Hans, a citação do Orson
    Hans, a citação do Orson Welles é um equívoco. Na época em que a Itália produzia a Renascença, a Suíça não produzia cucos. Produzia excelentes mercenários e uma que outra heresia.

    Viva Leonardo da Vinci!

  41. Nassif,

    ‘E, até agora, não
    Nassif,

    ‘E, até agora, não apareceram candidatos a sucessores à altura de FHC e Lula.’

    Por isso mesmo fico descontente. Com essa estirpe de governantes, vamos de mal a pior, começando pelas pessoas ‘relevantes’ citadas.

  42. arkx,
    concordo . “o que uma
    arkx,
    concordo . “o que uma proposta madura e consciente de ruptura deve encaminhar é a administração da ruptura, e nunca sua postergação.

    condições internacionais e cenário interno são favoráveis, pela primeira vez em nossa história, a uma mudança com apoio e conduzida pelas bases da sociedade.”

    arkx, sabe em que discordo: não acho possível que as bases da sociedade concordem com a atual forma de financiamento de campanhas, que gera lavagem de dinheiro. Se para administrar a ruptura é preciso fechar os olhos para a evasão de divisas e os crimes financeiros, então não vamos a lugar nenhum. Por que as centrais sindicais não fazem um movimento para exigir do Supremo justiça no caso da Satiagraha e para que se vote definitivamente a reforma política? A composição do Senado que está sendo negociada, até o momento, aponta para um enorme retrocesso. O PSDB não consegue sair da companhia do DEM. Parte da esquerda não compõe com o PSDB. É um cabo de guerra entre centro-esquerda e esquerda para não expor as entranhas. Quem vai sair perdendo? A base da sociedade. Logo, é preciso, mais do que nunca, timing, sem revanchismo, alianças à esquerda sem ressentimentos.

  43. Nassif,

    agradeço por sua
    Nassif,

    agradeço por sua opinião sobre o meu comentário.

    penso que sua observação sobre o estadista é correta, pois sem a visão de futuro não há perspectiva em direção a um horizonte estratégico.

    mas como plasmar esta visão de futuro, a não ser por mergulhar fundo no espírito de nossa época?

    e dada a complexidade de nossa época, não seria esta uma tarefa que extrapola os limites de um só homem?

    qual Brasil desejamos vir a ser?

    qual futuro visualizamos para nós mesmos e nossos descendentes?

    que visão de futuro mobilizaria de modo irrevogável as energias dos brasileiros?

    o que nos tornaria um povo perdidamente apaixonado por um sonho de país e de sociedade, a ponto de fazer com que esta visão coletiva de futuro se torne também o projeto individual de cada um?

    tudo é incerto
    nada é inteiro
    isso é o que nós somos
    nevoeiro

    a hora é agora
    aqui nasce o futuro

    obrigado pela oportunidade de participar, aqui no seu Blog e também na Comunidade, do extraordinário processo de nascimento de uma nação.
    .

  44. Nassif, Lula foi uma grande
    Nassif, Lula foi uma grande surpresa – para muitos – como administrador. Dilma será outra grande surpresa como Líder politica, depois de eleita.
    Eu disse no dia 22/05/2006 , quando estava assistindo uma entrevista dela no Roda Viva que ela seria a proxima presidente do Brasil e continuo afirmando.
    Anote e confira.

  45. Sobre líderes e gerentes.
    A
    Sobre líderes e gerentes.
    A 9ª Vara da Justiça Federal de Brasília,acaba de determinar,que seja feita a exclusão dos nomes de alguns acusados(só acusados)da gestão anterior do governo Lula,e especificamente o ex-ministro Jose Dirceu,contra quem naa foi provado,que não fosse factóide,e isso deve ter deixado muitos oposicionistas preocupados com a incrível capacidade de reerguimento político deste líder nacional,cuja história,seja admirada ou criticada,tem um valor inegavelmente digno de ficar nos anais da nossa história.

  46. sesc vila nova,no
    sesc vila nova,no agio,putz,no auge do mensalão.deficiente capilar escancara as capas dos jornais,das semanais,dos telejornais.lulante,o óbvio,acuado.vaticino ao profº.heródoto…ele não ganha mais nem de síndico em são bernardo.tal camaleão cruzado com fênix,a esperança destempera,retempera,apesar dos pesares,dos czares,das cuecas,das cuícas,dos dólares,das dores à dore.mais um mandato,contra a corrente. a penar a pena,apenas,os clicks,os rent mouses da medieval,putz,mídia vil.a sucessora natural morde a lingua,a mingua,a prosa ,relax e glosa.ah loira do sex shop tour!estavas com nefasto na mente(estupra mas não mata)matastes a nascente sucessão.resta nos,o exemplo da latrinoamérica,nESPOSISMO,de peron,kirchner.eles nos nominam macaquitos,então…MARISA LETÌCIA 2010!!!!

  47. Para o surgimento de um líder
    Para o surgimento de um líder não é necessária uma causa?
    Qual é a causa, a bandeira, a luta do povo brasileiro?
    O que queremos?
    Veja só: nossas escolas e universidades são uma m… e damos de ombros a isso; o Gilmar Mendes manda no STF e damos de ombros; até o Protógenes, que tantos bandidos de grosso calibre prendeu, virou uma espécie de foragido. Igualmente, damos de ombros. O que queremos afinal, diacho?
    Não detenho as qualidades de líder, pois sou pessimista diante desse quadro.
    Não conseguimos decidir questões básicas como o sistema econômico. A CF diz que somos capitalistas, livre iniciativa, e tem gente que defende o socialismo. Erradicar a pobreza, é esse o projeto de País? Crescimento econômico, é isso que queremos? 5%, 7%? E a sustentabilidade, onde fica? Temos uma Igreja que ainda prega contra o uso da camisinha. Ainda não conseguimos prender banqueiros bandidos, industriais bandidos, nem mesmo italianos assassinos estamos prendendo, logo vem um Tarso da vida defender a liberdade de um cidadão criminoso, pondo em risco as relações diplomáticas com a Itália. Do jeito que a coisa vai, o Kaká terá mesmo que trocar o Milan pelo Manchester City.
    Desculpem o desabafo, mas não aguento mais ver todos discutindo o sexo dos anjos. Querem um candidato a presidente? eu proponho a Grazi Massafera…

  48. Antes que eu seja chamado de
    Antes que eu seja chamado de corporativista por defender a candidatura da Grazi a presidente, vou logo avisando. Sou conterrâneo dela, de Jacarezinho, do Norte Pioneiro do Paraná.

  49. LN, vc e muito benevolente
    LN, vc e muito benevolente com tucanos, especialmente FHC.
    Para quem tinha maioria absoluta, apoio incondicional do povo, das elites e da grande midia….ele foi um desastre, acho que muito pela arrogancia de intelectual e pela parceria com neobobos e chicago boys (isso para nao falar da minha supeita sobre a boa fe e fidedignidade dessa gente).
    Eu quase me filiei ao PSDB jovem quando fazia faculdade, hoje me envergonho disso.

  50. LN, me fale os grandes feitos
    LN, me fale os grandes feitos do economista e gerente Serra, queria saber (sinceramente)…nao vale no Min.da Saude, quem abriu a porteira dos genericos foi o Jatene, o Serra so continuou a coisa…assim ate eu.
    Ja ouvi de muita gente que foi aluno, que ele e arrogante, implacavel e colerico com seus assessores e subalternos.

  51. Filósofo da Tortura lança
    Filósofo da Tortura lança Ministro da Educação p/ presidente

    Lembram daquele professor-filósofo da USP que defendeu a tortura e castigos cruéis em 2007 (artigo “Razão e Sensibilidade”)? Pois bem: ele está apoiando o nome do ministro da educação para disputar a presidência do Brasil!!!

    No artigo “Líderes, gerentes ou chefes” (Folha de São Paulo, 15/01/2009), o professor-filósofo diz que Dilma Rousseff não é “lider”… diz que o governdor Serra não passa de um “gerente”… e aproveita para lançar a campanha do “chefe” Fernando Hadad: “É o único ministro importante que tem mídia constante e favorável, graças em parte a uma ótima assessoria”.

    Memória:
    “O Ministro da Educação Fernando Haddad disse, entre outras coisas, que não devemos nos envergonhar diante dos resultados onde colocam o Brasil nos últimos lugares”.
    Leia mais aqui: – Ministro sem vergonha…

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